Avenida Brigadeiro Faria Lima
Bairro de Jardim Paulistano, SP
Início: av. Pedroso de Morais
Final: rua Nova Cidade

2010
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A avenida Brigadeiro Faria Lima é uma avenida paulistana que foi idealizada e concebida a partir do alargamento da maior parte da rua Iguatemi (que ainda tem um trecho original com esse nome e cerca de 500 metros) entre as ruas Amauri, na divisa do Jardim Paulistano com o Itaim, e a rua Teodoro Sampaio, em Pinheiros. As obras se iniciaram em 1967 e foram entregues por volta do ano de 1970. A partir daí começou-se uma intensa especulação imobiliária na nova avenida. Pouquíssimas construções que existiam anteriormente na rua Iguatemi ainda estão de pé - a maioria foi derrubada para dar lugar a edifícios de escritórios após 1970. Uma das poucas casas que sobraram é a casa do casal Fábio e Renata Prado, que se transformou na sede do Museu da Casa Brasileira. Com a morte do Brigadeiro Faria Lima em 1969, prefeito da cidade entre 1966 e 1970, a nova avenida, que chegou a manter por algum tempo o nome da rua Iguatemi (1), teve o seu nome dado em homenagem ao Brigadeiro, no início dos anos 1970.

Em 1994, a eterna promessa da Prefeitura de ligar as duas extremidades da avenida, em Pinheiros e no Itaim, à avenida Pedroso de Morais (na esquina com a rua Padre Carvalho) à avenida dos Bandeirantes começou a ser executada. A ligação com esta avenida acabou sendo modificada e não existe de forma direta. A avenida foi prolongada do lado do Itaim até a rua Nova Cidade e uma continuação sua foi também construída a partir deste ponto até a avenida República do Líbano passando basicamente pelo vale do córrego Uberaba e recebendo o nome de avenida Hélio Pellegrino. No ano 2000, a numeração da avenida, que seguia do Itaim para Pinheiros continuando a numeração existente da rua Iguatemi que sobrou, foi "acertada" (1): a nova numeração passou a ter o sentido inverso, começando do zero na avenida Pedroso de Moraes.

Em 1994, o trecho entre a rua Teodoro Sampaio - nessa época, a avenida já havia sido estendida em mais um pequeno pedaço, atingindo o largo da Batata, em Pinheiros, ou seja, a esquina da rua Cardeal Arcoverde com a Miguel Isasa - começou a ser alargado, usando-se para isso o leito já existente das ruas Miguel Isasa e Coropé. Inúmeras construções foram demolidas, principalmente as que ficavam no hoje lado ímpar da avenida. A mesma coisa ocorreu - em maior número de demolições, pois o trecho não tinha nenhuma rua que corresse no leito atual da avenida - no trecho entre a rua Amauri e Nova Cidade. A avenida foi literalmente traçada no meio de quarteirões inteiros de pequenas casas, como se um imenso rolo compressor fosse passando e derrubando tudo, inclusive uma escola que ficava no traçado, um edifício mais robusto, portanto.

Em 1997, tudo estava pronto. Em 2003, dois túneis foram construídos sob a avenida, nos cruzamentos das avenidas Cidade Jardim e Rebouças - este último, com uma boca na Rebouças e outra na Eusébio Matoso. A construção de edifícios imensos de escritórios, aceleradas após 1997 com os dois novos trechos (especialmente e por enquanto no trecho do Itaim), continua de forma desenfreada e totalmente sem qualquer planejamento de infraestrutura para serem sustentados.

A partir de 2005, o largo da Batata, hoje parte integrante da avenida, teve as obras da estação de metrô Faria Lima (que era para se chamar Largo da Batata, nome muito mais bonito, simpático, histórico e tradicional) iniciadas no triângulo formado pelas ruas dos Pinheiros, Teodoro Sampaio e Faria Lima, este também totalmente arrasado e já numa área extremamente deteriorada devido à existência do Mercado de Pinheiros e de um terminal de ônibus instalado ali após o alargamento da rua Iguatemi no início dos anos 1970. Esta estação foi inaugurada para testes no dia 29 de maio de 2010.

(1) Memórias do autor
(2) Con
(3)


Mapa de 1930. Trecho entre (Sara Brasil)

Mapa de 1930. T(Sara Brasil)

Foto aérea de 1933 mostra a rua Iguatemi cruzando no alto de leste a oeste. O terreno marcado é onde seria construída mais tarde (1949) a residência de Fábio Prado, hoje Museu da Casas Brasileira (LEMOS, Carlos A. C. e SAMPAIO, Maria Ruth Amaral: Renata e Fábio Predo, a Casa e a Cidade, Museu da Csa Brasileira, Governo do Estado de São Paulo, 2006).

Foto aérea de 1971 mostra a avenida vista do seu início no Itaim até Pinheiros, ao fundo (Revista VEJA).

Anúncio de 1972 mostra prédio no número 1766 (numeração antiga, hoje está no lado ímpar) sendo vendido no seu lançamento (Revista VEJA).

Anúncio de 1972 mostra o lançamento do edifício Barão de Rotschild no número 1815 (hoje o número é 1572, esquina com avenidas Rebouças e Eusébio Matoso) (Revista VEJA).

Foto de 1974. Tomada de antes da esquina da av. Rebouças e Eusébio Matoso no sentido do Itaim. Notar os poucos edufícios da época (acervo Edifício Barão de Rotschild, em primeiro plano).

Foto de 1995, quando das obras de alargamento da rua Coropé, sentido Itaim (Foto Ralph M. Giesbrecht).
 

 

 




   

Atualização: 29.05.2010