Estrada de Santo Amaro
Diversos bairros
Início: Largo do Piques
Final: largo 13 de Maio

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A Estrada de Santo Amaro - também chamada de estrada velha de Santo Amaro - existe pelo menos desde o século XVIII. Ligava o largo do Piques (atual Praça da Bandeira), no hoje centro velho do município de São Paulo, ao centro do município de Santo Amaro, criado por separação da vila de São Paulo em (1842) e em 1935 novamente incorporado ao município da Capital.

Não era, por certo, o único caminho entre as duas vilas: sabe-se que o Caminho do Carro para Santo Amaro também o fazia. Porém, o movimento maior acabou canalizado para a estrada sobre a qual esta página versa. Todo o seu percurso original ainda existe. Aos poucos, os nomes foram sendo alterados em determinados trechos da estrada. O primeiro trecho, entre o Piques e a atual avenida Paulista (então Alto do Caaguaçu), aos poucos e ainda no século XIX foi "promovido" a rua, mas mantendo o nome - rua de Santo Amaro. Da av. Paulista até onde hoje é a confluência da avenida São Gabriel
(1) com a rua Joaquim Floriano, no Itaim, a estrada foi batizada como Avenida Brigadeiro Luiz Antonio (2). Desse ponto até a divisa dos dois municípios, no córrego da Traição (hoje avenida dos Bandeirantes), a estrada passou a se chamar avenida Santo Amaro, parece-me que na época de seu alargamento, nos anos 1950. Dali em frente, o nome Adolfo Pinheiro (3) até seu final no largo Treze de Maio veio quase que certamente quando estava ainda totalmente em território santamarense.

Mais mudanças houve: o nome Avenida Santo Amaro, acabou sendo estendido em meados dos anos 1960
(4) para todo o trecho da Adolfo Pinheiro entre a Traição e a rua São Sebastião (onde está a estátua do Borba Gato) e dali até o encontro das ruas da Fonte e Nove de Julho (era avenida João Dias - a João Dias começa hoje ali, mas começava no local do Borba Gato) mesmo não sendo todo ele parte da estrada original.

Numeração: Em São Paulo, a numeração das casas e terrenos da estrada começava no largo do Piques e aumentava até a divisa municipal. Em Santo Amaro, seguia do largo Treze para o córrego da Traição. Com a unificação das cidades e posterior alteração de nomes de trechos, a numeração da avenida passou a seguir por dentro do trecho de Santo Amaro. Até este último momento, no entanto, a numeração da Adolfo Pinheiro continuou chegando até a Traição. E até hoje continua invertido até seu final na rua São Sebastião

Córregos
que atravessava: o Sapateiro, hoje sob o cruzamento com a avenida Juscelino Kubitscheck; o Uberaba, hoje sob o cruzamento com a avenida Helio Pellegrino; o da Traição, hoje sob a avenida dos Bandeirantes; o das Águas Espraiadas (hoje sob a avenida Roberto Marinho) e o do Cordeiro, hoje sob a avenida Vicente Rao).

(1) Em mapa de 1895 o trecho após a Avenida Paulista aparecia com o nome de Estrada do Caaguaçu. Em 1901 voltava a ser Estrada de Santo Amaro.
(2) O trecho inicial da Brigadeiro, largo São Francisco-Pérola Byington, não fazia parte da estrada de Santo Amaro. Parte dele se chamava rua da Santa Cruz e ligava o atual local da Praça Perola Byington cruzando o rio Itororó e chegando à atual rua Rodrigo Silva - ver Jules Martin: Planta da Capital do Estado de S. Paulo, 1890.
(3) Adolfo Pinheiro foi vereador na vila de Santo Amaro no século XIX.
(4) O "Guia de S. Paulo", de Modesto de Donato, de 1966, ainda mostrava a divisa do nome Santo Amaro-Adolfo Pinheiro no córrego da Traição - ainda não existia a avenida dos Bandeirantes, embora uma avenida seja mostrada ali no mapa.








 

 


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Veja também: Rua Santo Amaro; Avenida Brigadeiro Luiz Antonio; Avenida Santo Amaro; Avenida Adolfo Pinheiro


Atualização: 23.09.2010