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VXY Mogiana em MG
Indice de estações
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Rio do Antonio
Caculé
Palmeiras
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Linha do Sul - 1940
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: N/D
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V. F. F. Leste Brasileiro (1949-1975)
RFFSA (1975-1996)
CACULÉ
Município de Caculé, BA
Linha do Sul - km 714,257 (1960)   BA-3337
Altitude: 556 m   Inauguração: 1949
Uso atual: desconhecido   com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1949?
 
HISTORICO DA LINHA: A linha Sul, Mapele-Monte Azul, foi formada pela união das linhas de diversas ferrovias quase todas originadas no século 19, como a E. F. Central da Bahia, a E. F. Bahia ao São Francisco, a E. F. de Santo Amaro e a E. F. Centro-Oeste da Bahia, que, quando finalmente unidas sob o nome de Viação Férrea Federal do Leste Brasileiro (VFFLB) entre 1935 e 1939, tiveram suas linhas unidas e prolongadas de forma a, em 1951, ligarem Salvador e Mapele à localidade mineira de Monte Azul, ponta dos trilhos da E. F. Central do Brasil. Trens de passageiros passaram pelos seus diversos pedaços desde cada uma de suas origens até a linha completa, desaparecendo em 1979, quando somente faziam o trecho Iaçu-Monte Azul, no sul, e até o início dos anos 1980 entre Mapele e Candeias. Hoje a linha é utilizada apenas por trens cargueiros, que sofrem para passar pelo gargalo do rio Paraguassu.
 

A ESTAÇÃO: A estação de Caculé foi aberta em 1949. Se as datas de inauguração das estações deste trecho estiverem corretas no Guia Geral de 1960, ela ficou como ponta de linha por 2 anos.

As condições para a passagem da linha entre Monte Azul e Contendas não eram boas pela sua localização: tanto a cidade de Caculé como a de Rio do Antonio ficavam no lado oposto do rio do Antonio (que nomeava a segunda cidade citada) e para que a linha passasse junto às duas cidades seria necessária a construção de duas pontes em cada uma delas (veja caixa abaixo, de 1947).

A solução foi contornar a cidade. Mesmo assim, acreditava-se nos anos 1940 que Caculé estaria fadada a ter um futuro melhor do que outras cidades da região por causa justamente da ferrovia:

"a maior cidade da região é Caitité, que, entretanto, em breve, cederá lugar a Caculé por esta última ter sido beneficiada com a construção da via férrea, que ligará a Leste Brasileiro à Central do Brasil. Esta ferrovia cortará a parte sul da zona, subindo pelo rio do Antonio e passando pelas localidades de Rio do Antonio e Caculé, subindo pelo rio do Salto e daí buscando o saco do Onça, descendo para Urandi. Os trabalhos da estrada já se acham bem adiantados, estando pronto todo o movimento de terra e os primeiros dormentes empilhados em Caculé. Com a construção da estrada de ferro, verificou-se um movimento intenso de população, poucos, porém, se fixaram, Vieram quebrar o rotinismo da pacata vila destas localidades; devido a isso os preços subiram muito; houve o êxodo dos lavradores para o trabalho na estrada de ferro, pois os salários da estrada eram mais compensadores. O preço de um animal subiu muito; os produtos de lavoura tornaram-se escassos devido à falta de braços" (Prof. Alfredo José Porto Domingues, Revista Brasileira de Geografia, abril-junho de 1947, pp. 232-235).

A verdade é que as datas de abertura das estações desse trecho diferem muito nas diversas fontes. A estação foi construída fora da cidade na margem oposta ao rio que a contorna, o rio do Antonio. Mesmo assim, a cidade parecia estar já mais próxima à estação oito anos após sua inauguração, como pode ser visto na foto de 1957 (abaixo).


ACIMA: A cidade de Caculé em 1947, quando a linha estava sendo construída; Notar que, para não se fazer duas pontes sobre o rio do Antonio, que contorna a cidade, a ferrovia escolheu por contornar a cidade pelo lado oposto do rio. A estação foi provavelmente construída (não sei sua localização exata) próxima à estrada de rodagem que já tinha uma ponte sobre o citado rio - a sudoeste da cidade - como mostra o mapa (Revista Brasileira de Geografia, abril-junho de 1947, pp. 232-235).
ACIMA: Trem (de lastro?) chega a Caculé em 30/12/1947. Todos na estação, ou no que viria a ser o pátio da estação nessa data. Isso mostra o problema de se estabelecer uma data real para a inauguração das estações desse trecho (Autor desconhecido).

(Fontes: Roosevelt Reis, 2008; IBGE: Revista Brasileira de Geografia, 1947; IBGE: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, 1960; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guias Levi, 1932-79; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)

     

A estação, aparentemente em reforma, por volta de 1957. Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, do IBGE, vol. XXI, de 1960

A estação, data e autor desconhecido. Cessão Roosevelt Reis
 
     
     
     
Atualização: 11.12.2021
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.