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VXY Mogiana em MG
Indice de estações
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Eng. Renato Braga
Marinhos
Coronel Eurico
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Linha do Paraopeba - 1931
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: S/D
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E. F. Central do Brasil (1919-1975)
RFFSA (1975-1996)
MARINHOS
Município de Brumadinho, MG
Linha do Paraopeba - km 554,092 (1928)   MG-1211
Altitude: 837 m   Inauguração: 16.06.1919
Uso atual: abandonada (2022)   com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1919
 
 
HISTORICO DA LINHA: A linha do Paraopeba, assim chamada porque durante boa parte de sua extensão acompanha o rio do mesmo nome, foi construída em bitola larga, provavelmente para aliviar o tráfego de trens entre o Rio de Janeiro e Belo Horizonte que até sua abertura tinha de passar pela zona de mineração da Linha do Centro, até General Carneiro, onde saía a linha para a capital mineira. Além disso, até então havia baldeação para bitola métrica em Burnier, o que dificultava as operações principalmente dos trens de passageiros entre as duas capitais. A linha do Paraopeba, saindo da estação de Joaquim Murtinho, foi aberta até a estação de João Ribeiro em 1914 e até Belo Horizonte em 1917. Dali a General Carneiro foi mantida a bitola de métrica no trecho já existente. Com isso se estabelecia a ligação direta sem baldeações entre o Rio e Belo Horizonte. O trem de passageiros trafegou por ali até 1979, quando, depois de uma ou duas tentativas rápidas de reativação, foi extinto. O movimento de cargueiros continua intenso até hoje, com a concessionária MRS, até a estação do Barreiro, próxima a BH, e depois com a FCA até General Carneiro, agora sim com bitola mista, métrica e larga.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Marinhos foi inaugurada em 1919. O olcal desenvolveu-se a partir da abertura desta estação, mas, com o fim dos trens, o prédio foi abandonado à própria corte.

Em 1982, a vila ficava às margens do córrego do Sapé, com umas 30 casas. Há ali também uma capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição.

"Aqui a depredação é total, levaram portas, janelas, forro, telhado e piso. O que restou foi o esqueleto do prédio, de 1919, conforme mostrado numa pequena inscrição sobre a porta principal. (Gutierrez L. Coelho, 08/2004).

"Desde quando era menino e descia com a minha mãe nesta estação em direção a casa dos meus avós, eu sinto a presença e a importância da estação de Marinhos. É a memória de um povo, das pessoas, é mais do que um amontoado de tijolos e cimento, é a história das pessoas, e como estamos perdendo respeito por isso ultimamente. Quando começamos a trabalhar com a situação, em 1998, a estação já estava sem telhado e as paredes do fundo já haviam caído. De lá para cá, ela tem insistido a sobreviver.

(...) O convênio foi assinado, o prédio já pertence à Prefeitura de Brumadinho, conseguimos através de meio políticos, uma verba de R$ 50.000,00 com a secretaria de transportes, agora só falta a Prefeitura entregar a documentação até dia 20 de junho: esta data tem motivo em função das leis eleitorais. (...) Nós acreditamos que a estação não irá aguentar porque o trânsito de minério está correndo 24 horas e intenso, a cada dia um pedaço cai e as trincas aumentam, estamos desesperados e muito cansados
" (Frederico Alexandre Costa Alves, 25/7/2006).


A estação foi tombada (pela prefeitura) de Brumadinho, onde está o prédio, em 2004 e a edificação estava sendo restaurada em 2009. A foto de 2013, ao pé da página, parece mostrar que infelizmente a reforma parou. Colocaram um novo telhado, mas o resto... Em 2022, a situação permanecia a mesma.

ACIMA: Estação de Marinhos em abril de 2017 (Foto Michael Silva).
1940
AO LADO:
Descarrilamento em Marinhos (escrito como Marinha) (O Estado de S. Paulo, 24/1/1940).

ACIMA: Próximo à estação de Marinhos, o velho túnel hoje não é mais usado: uma variante com corte passa a seu lado (Foto Pedro Paulo Rezende, 15/11/2011).
ACIMA: Em abril de 2012, a estação de Marinhos está ali, sozinha e largada (Foto Edson Ferraz).

ACIMA: Lateral da estação em 2022 (Foto Edson da Rocha Ferreira em 4/12/2022).

(Fontes: Gutierrez L. Coelho; Kerley A. C. Oliveira; Edson Ferraz; Frederico Alexandre Costa Alves; Pedro Paulo Rezende; J. Emilio Buzelin; Jonathan Sobral; Décio Lima Jardim e Marcio Cunha Jardim: História e Riquezas do Município de Brumadinho, Prefeitura Municipal de Brumadinho, 1982; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guia Levi, 1932-80; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

A estação de Marinhos em 1965. Cessão Jonathan Sobral

A estação em 12/1999. Foto José Emílio Buzelin

A estação em 12/1999. Foto Gutierrez L. Coelho

A estação em 20/08/2004. Foto Pedro Paulo Rezende

A estação em 27/10/2013. Foto Gutierrez L. Coelho

A estação de Marinhos continua "lacrada" com tijolos das entradas e abandonada em 4/12/2022. Foto Edson da Rocha Ferreira.
     
Atualização: 12.12.2022
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.