História da Estrada de Ferro Cataguases

(Texto enviado por Ricardo Quintero de Mattos)

Estrada de Ferro Cataguases (1895-1965) - Intermediando um contrato em causa publica, foi dada a concessão pelo Governo de Minas Gerais ao Sr. Carlos de Andrade, que se associou ao Sr. Cristiano Dias Lopes para juntos criarem uma empresa de sociedade anônima, e buscar junto a investidores do Rio de Janeiro a então Capital Federal, a quantia necessária para iniciar a construção da ferrovia. Eles não foram muito longe, diante das primeiras dificuldades venderam a concessão ao Banco Construção o primeiro de Cataguazes, fundado com este objetivo pelo português enraizado na terra dos Puris. Coronel João Duarte, que conhecia a fundo a matéria sobre ferrovia, pois seu primeiro trabalho foi na Leopoldina Railway. Ele escolheu o engenheiro Dr. Jacinto Adolfo de Aguiar Pantoja como responsável pela obra, que a concluiu em duas etapas: Da primeira Estação a estação de João pinheiro em Sant'Ana de Cataguases em 14/04/1895 e de Sereno a Santo Antonio de Muriaé hoje Mirai, em 31/12/1895. Em Sereno funcionava a chave que dividia os sub-ramais da Estrada. Ao mesmo tempo eram inauguradas todas as paradas e estações do trecho na seguinte forma: Estação inicial no Distrito sede Cataguases, a Parada de São Diniz, Estação de Sereno onde a linha bifurcava. Seguindo a vertente do Cágado a Estação de Costa Sena e a seguir a estação de João Pinheiro em Sant'Ana. Na vertente do Meia-Pataca vinha a seguir a Parada de Joaquim Vieira, na seqüência Estação da Glória, Parada de João Resende, Parada da Aldeia, Parada de Santa Tereza e Estação de Miray. O projeto inicial era primeiro chegar a Miray, acredito que por intervenção política foi alterada, priorizando-se o trecho que ia para Sant'Ana, já que o Presidente da Câmara O Sr. Cristiano Dias Lopes, renunciou e assumiu no lugar dele o Vereador eleito por Sant'Ana de Cataguases Dr. Antonio Cavalcante Sobral. A ferrovia batizada de "Estrada de Ferro Cataguases"e ambicionava chegar ao Distrito de Laranjal, o que já foi uma promessa não cumprida e que acabou virando uma coisa corriqueira até os dias de hoje. Por uma questão meramente estratégica de seus negócios, o Coronel vende o Banco Construtor e que e transferido para o Rio de Janeiro. A ferrovia de propriedade do banco teve o mesmo destino de posse. Os novos proprietários transformaram -na em uma Compania de sociedade anônima e passou a seguinte denominação Companhia Estrada de Ferro Cataguases, cujo seu presidente era o visconde de Assis Martins. Logo depois foi vendida outra vez, agora ao Banco da República do Brasil, autorizada a venda pelo Decreto 1562 de 27/12/1902. Ainda neste ano foi adquiria pela The Leopoldina Railway, sediada em Londres Inglaterra, e passou a ter denominação de Ramal. Funcionou até 1965, quando foi desativada Ricardo Quinteiro de Mattos