E. F. da Usina Serra Grande (Município de São José da Lage, AL) |
As ferrovias particulares brasileiras
- aqui classificando-as como sendo ferrovias que não eram
de uso público, sendo utilizadas apenas dentro de empresas,
indústrias, usinas e outras - foram pouquíssimo estudadas
e pesquisadas no Brasil. Uma ou outra têm mais informação:
seu patrimônio se esvaiu há décadas, vendido
como sucata em grande maioria, sem que sua memória tenha
sido resgatada. Por isso, o que se vê é um estudo com
dados mínimos e colhidos em fontes diversas, nem sempre confiáveis
(Ralph M. Giesbrecht).
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A
ferrovia foi usada regularmente pela última vez na safra de 2000, depois
disso houve apenas a pontinha da loco n° 7 na novela "A Indomada" antes
dela (uma vapor 2-6-2T SLM ex-Great Western) e mais duas (três?) locos
serem vendidas para um futuro projeto de trem turístico em Taubaté e
serem transferidas para a EFCJ em Pinda. As locos pequenas (n°s 1, 2,
5 e 6) eram usadas na usina; as locos grandes (n°s 4, 5, 7 e 8) eram
usadas para o serviço de linha. Todas em bitola métrica. Ainda
havia pelo menos 3 locomotivas diesel GE de 45 ton. A ferrovia teria fechado por questões de custo - tinham de manter a linha e o material o ano todo para somente trabalhar 3 meses - e logística - os pontos de corte ficaram distantes da via férrea. Sobraram 5 locomotivas, 3 Kerr-Stuart n°s 1, 2 e 4 e 2 GE 45-ton ex-Porto do Recife. A loco n° 2 foi posta no museu da usina e uma das outras duas vaporosas teria sido prometida para um museu na Inglaterra através dos esforços do diretor do Conselho Britânico em Recife; agora a usina está esperando que o museu se organize para repatriar a locomotiva. Na sexta-feira antes do ano novo de 2003 So pátio frontal da usina estava sendo preparado para a festa que haveria na véspera uma "última viagem" oficial com a loco n°4 e algumas galeras de cana, para o pessoal poder andar, com retorno previsto em tempo para uma salva de apitos junto com a sirene da usina e fogos de artifício. A usina era, em 2003, uma das poucas usinas no Brasil que ainda possuía vila operária com supermercado, padaria, correio, hospital, cartório, etc. dentro da propriedade, empregando 900 funcionários na parte industrial e 4000 na agrícola. Além disso, foi a última usina no Brasil a usar ferrovia para o transporte de cana. (Todas as informações: Nicholas Burmann, em janeiro de 2003) |
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