E. F. Usina Santa Teresinha (Município de Água Preta, PE) |
As ferrovias particulares brasileiras
- aqui classificando-as como sendo ferrovias que não eram de
uso público, sendo utilizadas apenas dentro de empresas, indústrias,
usinas e outras - foram pouquíssimo estudadas e pesquisadas
no Brasil. Uma ou outra têm mais informação: seu
patrimônio se esvaiu há décadas, vendido como
sucata em grande maioria, sem que sua memória tenha sido resgatada.
Por isso, o que se vê é um estudo com dados mínimos
e colhidos em fontes diversas, nem sempre confiáveis (Ralph
M. Giesbrecht).
Nome: Estrada de Ferro da Usina Santa Teresinha Bitola: 1,00 m (1) Extensão: desconhecida Data de início das atividades: n/d Desativação: anos 1990? Proprietários identificados:
Usina Santa Teresinha |
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É
sempre interessante ressaltar que as ferrovias de usinas e engenhos
centrais tiveram, pelo menos para Pernambuco, uma importância
enorme desde o final do século XX até pelo menos meados
do século XX. Para que se tenha uma idéia, segundo
a Revista do Instituto Archeologico, Historico e Geographico Pernambucano,
vol. XXIV, jan-dez 1922, no
ano de 1922 as linhas da Great Western, que levavam para o interior
do estado, para Maceió e para João Pessoa e Natal, totalizavam
890 km em território pernambucano, enquanto as ferrovias particulares
das usinas atingiam 1.163 km, ou seja, 30% a mais. Era uma época
em que Pernambuco era o maior produtor e exportado de açúcar
do Brasil, possuindo mais de 2500 engenhos, sendo que 490 forneciam
cana às usinas dos Engenhos Centrais. A ferrovia da usina Santa Teresinha ficava no município de Água Preta, em Pernambuco. De acordo com Nicholas Burman, possuía pelo menos uma locomotiva a vapor tipo Jung 11500. Abaixo, algumas das locomotivas. Pelo que está escrito na reportagem da foto mais abaixo, de revista desconhecida, a ferrovia pode ter funcionado até os anos 1980 ou 1990. Não encontrei mapas da ferrovia e mesmo a localização da usina em Água Preta, nem mesmo no mapa do município publicado na Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, em 1958, do IBGE. |
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