E. F. Quissamã
(Município de Quissamã, RJ)

 

As ferrovias industrais, ou particulares, do Brasil - aqui classificando-as como sendo ferrovias que não eram de uso público, sendo utilizadas apenas dentro de empresas, indústrias, usinas e outras - foram pouquíssimo estudadas e pesquisadas no Brasil. Uma ou outra têm mais informação: seu patrimônio se esvaiu há décadas, vendido como sucata em grande maioria, sem que sua memória tenha sido resgatada. Por isso, o que se vê é um estudo com dados mínimos e colhidos em fontes diversas, nem sempre confiáveis (Ralph M. Giesbrecht).

Nome: E. F. Quissamã

Bitola: métrica (1 m) (1)

Extensão: n/d


Data de início das atividades: n/d

Desativação:
n/d


Propaganda do engenho em 1939 (Revista da Semana, nro. 40, 9/9/1939).

(1) segundo o livro Inventário das Locomotivas a Vapor do Brasil, Memória Ferroviária, de Regina Perez (Notícia & Cia., 2006), p. 193

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O Engenho Central de Quissamã foi o 1º desse tipo na América Latina. Inaugurado em 12 de setembro de 1877, foi o primeiro Engenho Central, em forma de cooperativa, estabelecido no Brasil e na América do Sul. Seu maquinário foi todo importado e montado pela Cia. de Fives Lille que construiu ramal ferroviário próprio que ligava as fazendas ao ramal da Leopoldina Railway, em Conde de Araruama. O conjunto era constituído por edifícios que formavam uma grande praça. O prédio da oficina possuía um relógio que hoje está na torre da Matriz. Foram seus fundadores os grandes fazendeiros da região, que desativaram seus engenheiros particulares. Entre eles, João José Carneiro da Silva, Barão de Monte Cedro, grande incentivador da criação dos engenhos centrais no país (http://www.quissama.rj.gov.br).

Da ferrovia sobraram pelo menos duas locomotivas, uma Arnold Jung (alemã) e uma Alco (americana), hoje largadas ao tempo em terras da Usina Quissamã, ambas 2-4-0 e de bitola métrica.



ACIMA: Locomotiva da usina, anos 1920 (Autor desconhecido - foto de catálogo desconhecido).