Ramal da Pedreira Vicente Mateus
(Município de São Paulo, SP)

 

As ferrovias industrais, ou particulares, do Brasil - aqui classificando-as como sendo ferrovias que não eram de uso público, sendo utilizadas apenas dentro de empresas, indústrias, usinas e outras - foram pouquíssimo estudadas e pesquisadas no Brasil. Uma ou outra têm mais informação: seu patrimônio se esvaiu há décadas, vendido como sucata em grande maioria, sem que sua memória tenha sido resgatada. Por isso, o que se vê é um estudo com dados mínimos e colhidos em fontes diversas, nem sempre confiáveis (Ralph M. Giesbrecht).

Nome: Ramal da Pedreira
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Bitola: 1,60 m


Extensão: 3 km
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Data de início das atividades: n/d

Desativação: final dos anos 1960

(1) Tecnicamente, era um ramal ferroviário. Nome oficial desconhecido.
(2) Mapa SARA BRASIL, 1930.

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Se este ramal pertencia à Central do Brasil ou à Pedreira de Vicente Mateus, fica a dúvida. O fato é que, segundo relatos de Luiz Garcia Bertotti, em janeiro de 2009, em 1967 ele ainda era (pouco usado) e no início dos anos 1970 já não havia nem vestígios dos trilhos e dormentes; a pedreira ainda existe. Servia antes para o transporte de pedra britada para a Central do Brasil, ou para clientes que se utilizavam da pedra recebendo-a pelo ramal da Central (hoje linha exclusiva da CPTM no trecho de Guaianazes).


ACIMA: Em azul, o ramal da Pedreira; em vermelho, a linha do bonde da fazenda Santa Etelvina. Em amarelo, o bonde para o cemitério do Lageado, de cuja existência real não se tem certeza. "O ramal da Pedreira (em azul, no mapa à direita) tinha bitola de 1,60 m e via singela não eletrificada. Para quem vinha da Roosevelt, ele partia da linha tronco num desvio à direita, pouco antes da estação e seguia paralelo ao ribeirão Guaratiba por algumas centenas de metros e depois chegava à Pedreira São Mateus, de propriedade da família do ex-presidente do Corinthians Vicente Mateus. Era usado para o transporte de pedra britada. De onde eu morava, no Jardim Helena, nada a ver com o que é servido pela Variante de Poá, era possível avistar um bom trecho da linha, que cruzava a Estrada Itaquera-Guaianases em uma passagem de nível sem cancela. Quando mudei de lá, em 1967, o ramal já era pouco usado e no início dos anos 1970 não havia mais nenhum vestígio dele: trilhos e dormentes tinham sumido. Hoje há ruas asfaltadas em alguns trechos do antigo leito; o resto virou mato" (Luiz Garcia Bertotti, janeiro de 2009). Quando ao desvio para lavagem de gado, não se conseguiu traçar a linha da época. A pedreira ainda existe (Av. Luis Mateus, 1.600). A última explosão que ouvimos foi em uma sexta-feira à tarde há mais ou menos 2 anos. (Foto da placa de propriedade de Vicente Mateus). Pesquisei um pouco no google maps, existe um córrego que atravessa a estação Guaianazes e passa pelas duas partes da pedreira (antiga e (nova em atividade)). Envio algumas fotos para consulta do que seria o ramal da pedreira. Existe também uma rua que sai da antiga estação de Guaianazes e termina na pedreira nova, onde o córrego existente segue até a Cidade Tiradentes, supostamente o bondinho da passagem funda (Julio Cesar da Silva, 5/7/2013). Veja abaixo.