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Alfa
Guaxupé
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Saída para o ramal de Passos: Guaranésia
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Saída para o ramal de Juréia: Coronel
Manoel Joaquim
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Saída para o ramal da Biguatinga: Japy
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ramal de Guaxupé - 1935
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2007
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Cia. Mogiana de
Estradas de Ferro (1904-1971)
FEPASA (1971-1992) |
GUAXUPÉ
Município de Guaxupé, MG |
Ramal de Guaxupé - km 44,497
(1938) |
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MG-1970 |
Altitude: 821 m |
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Inauguração: 15.05.1904 |
Uso atual: sede de repartições
municipais em reforma (2023) |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: anos 1930 |
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HISTORICO DA LINHA: Em
1903, a Mogiana iniciou as operações do ramal de Guaxupé, que saía
da estação de Ribeiro do Valle, no ramal de Mococa, e seguia até Guaxupé,
pouco após a divisa do Estado de Minas Gerais. Com a extinção do trecho
final do ramal de Mococa que ia desde Ribeiro do Valle até Canoas,
em 7/11/1966, o ramal de Guaxupé passou a ser o trecho que seguia
de Casa Branca até Guaxupé, desaparecendo o outro ramal. O trecho
entre Casa Branca e Guaxupé funcionou para trens de passageiros
e de carga até 1977, quando a queda de uma ponte entre S. J. Rio Pardo
e Ribeiro do Valle interditaram definitivamente a linha. Em 1986 o
trecho entre Casa Branca e S. J. Rio Pardo foi reativado por um curtíssimo
espaço de tempo. Por volta de 1992 os trilhos foram retirados. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Guaxupé foi inaugurada em 1904, como "ponto de distribuição
de ramais". Era a única estação do ramal em território mineiro.
Dela saíam os ramais de Biguatinga, Passos e Juréia,
todos dentro de Minas Gerais. O de Biguatinga e de Juréia
foram eliminados na primeira metade dos anos 1960. Quando a saída
dos trens era para Juréia ou para Biguatinga,
a saída era normal, sem manobras. Já para Passos,
a saída era de ré. O ramal de Passos se encontrava,
ao norte, com a estação de São Sebastião do Paraíso (ponto
final da E. F. São Paulo-Minas).
Pouco antes da abertura da linha, a Mogiana cogitou em 1900 de iniciar
o ramal na estação de Engenheiro Gomide, no município
de Mococa. Logo se mudou a sua saída para a estação
de Ribeiro do Valle, no município de São José
do Rio Pardo, que foi o que prevaleceu.
Há relatórios de 1940 que mostram que nessa época
a estação tinha um girador de locomotivas. Já
nos anos 1970 esse girador não mais existia, o que havia era
um triângulo de reversão (segundo Paulo
Cury e Coaraci Camargo).
"Em Guaxupé era necessaria uma manobra curiosa: o trem
vindo de Casa Branca entrava a direita em um triângulo de reversão,
pouco antes da estação, que ficava a uns 200 ou 300
metros dali. Na hora da partida, o trem saia de ré e voltava
para o triângulo, onde depois das chaves devidamente arranjadas,
seguia à esquerda para Guaranésia, Monte Santo, etc.
Para os trens vindos de Passos, a monobra era invertida. Isso ocorria
pois com a eliminação dos ramais de Juréia e
Biguatinga a estação ficou afastada da linha remanescente
(o ramal de Passos). Era curioso notar como a linha terminava poucos
metros além da estação. Também havia em
Guaxupé um depósito de locomotivas, onde as GL8 eram
abastecidas durante a parada. O depósito foi desativado em
1973 ou 1974.
No início dos anos 1970, corriam os seguintes trens nesse ramal:
o PP1/PP2 - Casa Branca-Passos e vice-versa, com baldeação
em Casa Branca; o NP1/NP2 - Casa Branca-Passos e v. versa (noturno)
sem baldeação em Casa Branca; e o LG1/LG2 - Campinas-Casa
Branca-Guaxupé (Litorina) sem baldeação
em Casa Branca" (Maurício Torres, 07/2003).
"Desde que a linha foi interditada perto de São José do Rio Pardo,
Guaxupé recebia trens cargueiros via São Sebastião do Paraíso e Guaranésia.
Nunca me esqueço, lá pelos idos de 1983, no dia em que vi uma composição
com 2 G-12 da Fepasa. A linha agüentou, pois
elas eram bem pesadas. Uma delas ainda tinha a velha cor azul da Fepasa.
Chegaram na estação trazendo cimento e adubo, e as duas ficaram manobrando
na estação. Traziam até 20 hoppers carregados e voltavam vazios para
Paraíso. A estação de Guaxupé, nesta época, tinha chefe e manobrista,
apesar de receber trens só ocasionalmente. Tinha também um monte de
desvios, depósito de locomotivas, outro de vagões e até o local aonde
ficavam os tanques de diesel. Tudo existe lá até hoje, bem como sua
caixa d'agua. A estação de Guaxupé na época era um depósito de carros
antigos da Mogiana, de carga e de passageiros, e nós sempre íamos
brincar neles. Havia carros Pullman, de correio, de carga, mas nenhuma
locomotiva. Também havia 3 vagões de cargas modernos, da Fepasa, um
ficou anos ao lado do depósito do Agrocampo e os outros dois no final
da estação. Continuou assim por um tempo, até que houve um período
que não houve atividade nenhuma vinda de Paraíso, isso até 1985/86,
quando o governador Montoro anunciou a reforma da linha entre Casa
Branca e Guaxupé.
A estação e a linha foram reformadas, os vagões antigos de madeira
da estação foram queimados e suas peças levadas para ferros-velhos.
Os trens que vinham de Paraíso acabaram de vez e nunca mais voltaram.
Esta linha existiu até o começo de 1992, me lembro bem porque uma
vez fui com um amigo por ela até Guaranésia. Nesta época, o movimento
passou a ser via Casa Branca. Em geral, eram 12 vagões carregados
de adubo puxados sempre pela mesma GL-8 da Fepasa, só que ela tinha
que deixar a metade em Itaiquara e voltar até lá pra buscar depois,
porque segundo os maquinistas ela não agüentava subir com todos um
aclive que existe lá... e lembro que uma vez esta máquina chegou com
os corrimãos amassados porque havia pegado uma camionete em Itaiquara.
A composição trazia adubo para Guaxupé e voltava vazia, parece que
iam levar café de volta, mas isso nunca aconteceu. A composição descarregava
na estação, onde os caminhões da cooperativa encostavam ao
lado... o engraçado é que nunca foram utilizados os desvios da Cooperativa
e da Exportadora (que existem até hoje, inclusive) para isso... o
curioso é que muito tempo depois que a linha foi extinta, a cooperativa
mandava café em conteineres de carreta para Casa Branca-velha, aonde
eram colocados no trem e despachados para Santos. Até que de repente
o movimento no ramal parou de vez...o último trem de cargas (o último
de todos) chegou em Guaxupé em março de 1988, para nunca mais voltar.
Até 1989/90, a estação mantinha funcionários da Fepasa... até que
ela foi desapropriada pela prefeitura, arrancaram os trilhos e acabou-se
tudo" (Rômulo Fávero, 01/2003).
Já, por outro lado, há gente que conta uma história
um pouco diferente sobre os trens que chegavam a Guaxupé:
"Nenhum dos trens de passageiros que se dirigiam a Guaxupé
ou Passos fazia baldeação em Casa Branca. O que acontecia
era que o carro breque é que era desocupado e retornava. Digo
isso porque trabalhei muito tempo na estação de Casa
Branca-nova que era o local onde os trens eram unidos ou separados.
Os carros de passageiros, o "b" e o "c" do PP1
vinham de campinas no "rabo " do R1, e o PP2, sua composição,
exceto o breque era engatada na trazeira do R2. Outra coisa: em Guaxupé,
segundo todas as pessoas com quem conversei, nunca teve virador, apenas
o triângulo de reversão. A antiga estação
está hoje (2005) sediando algumas secretarias municipais,
entre elas a da cultura, ocupando a antiga oficina das diesel, estando
em reforma o depósito de loco a vapor, onde funcionava o escritório
do engenheiro há um posto de saúde, no depósito
de cargas e na composição, local onde trabalhei muitas
vezes junto com meu pai, parte da secretária da cultura - um
teatro.
Na antiga chefia e no movimento, estão fechados e parecem desocupados.
Onde funcionava a cooperativa dos funcionários, ligado ao depósito
de cargas, hoje é o escritório do sindicato e do delegado
da UFAM. Finalmente, na ala de passageiros, uma espécie
de sala de espera toda aberta para a plataforma juntamente com o local
do bar e bagagem, hoje funciona um serviço de saúde
do trabalhador. Infelizmente o deposito de carros foi totalmente demolido,
sendo que lá foi construido um parque denominado 'Parque Mogiana'.
O desvio que ia até o depósito da cooperativa e do armazem
do frota, ambos na saída para Casa Branca tiveram tráfego
normal até 1969-70, quando foram interrompidos, e caminhões
passaram a levar o café diretamente para a estação.
Já o café que era transportado por caminhão,
até 1969 eram da Exportadora de Café Guaxupé,
de propriedade de Olavo Barbosa, cujos depósitos ficaram sem
acesso com a extinção do ramal da Juréia"
(Francisco Marques, 03/2005).
Em abril de 2023, um vídeo da Prefeitura de Guaxupé (Video do You-tube https://youtu.be/z3YBFqhTH04 enviado por Felipe Oriente) mostrava uma nova grande reforma
para revitalização interna e também restauro do exterior do prédio da ex-estação de Guaxupé, que continuará sendo ocupado por departamentos da Prefeitura.
ACIMA: Carimbo em selos (1906) de correspondência
que seguia de Dores de Guaxupé (nome da época) para
São José do Rio Pardo, por trem, para distribuição
(Acervo Márcio Protzner).
1912
AO LADO: Guaxupé tinha um escritório da
CM (O Estado de S. Paulo, 26/9/1916)
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1914
AO LADO: A locomotiva a vapor em Guaxupé, em 1914.
Notar a estação original e a caixa d'água
ao lado dela, em primeiro plano ao lado da locomotiva (Autor
desconhecido).
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1916
AO LADO: Com a transformação da estação
de Guaxupé em um grande pátio que tinha saída
para quatro linhas, a confusão se estabeleceu em 1916
(O Estado de S. Paulo, 29/2/1916).
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1916
AO LADO: Cinco meses mais tarde, o problema da plataforma
ains não havia sido resolvido (O Estado de S. Paulo,
12/5/1916).
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ACIMA: A estação de Guaxupé e sua
localização em 1939. Notar os 4 ramais que saíam
e chegavam dela: o que ia para São José do Rio Pardo
e Casa Branca (ramal de Guaxupé), para o sul; o que ia para
Muzambinho e Jureia (ramal de Jureia), para leste; o que ia para Guaranesia,
São Sebastião do Paraíso e Passos (ramal de Passos),
para o oeste; e o que ia para Biguatinga (ramal de Biguatinga), para
o norte, fazendo imediatamente uma curva em "S". (CLIQUE
SOBRE O MAPA PARA VER A ÁREA AMPLIADA) (Arquivo Publico
Mineiro).
ACIMA: Pátio de Guaxupé, sem data
(Autor desconhecido).
ACIMA: Pátio de Guaxupé nos anos 1950
(Foto: Aeroclube de Passos).
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1966
AO LADO: Em dezembro de 1966, o ramal Guaxupé-Jureia
já não existia, bem como o de Biguatinga; porém,
continuava o Guaxupé-Sao Sebastião do Paraíso-Passos,
porém, estava interditado por causa da destruição
de uma ponte entre Guaxupé e Guaranesia, logo no início
do ramal. Que se saiba, porém, apesar da demora, a
reconstrução foi feita e o ramal operou até
1976 (O Estado de S. Paulo, 9/12/1966).
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ACIMA:
Em 1970, locomotiva já
fora de uso na época no pátio da estação
de Guaxupé, numa magnífica fotografia (Foto Raul Romão).
ACIMA: Estação de Guaxupé
em 1993. Já não havia mais vestígios de
nenhuma das quatro linhas que ali se juntavam (Foto Carlos Roberto
de Almeida).
ACIMA: O dístico
em relevo (Foto Glaucio Henrique Chaves em 2015).
"A estação
de Guaxupé tinha uma sala de espera. Além disso,
tinha ao lado dessa sala um bar, depois o espaço destinado aos
passageiros que queriam ficar mais à vontade e respectiva
saída dos passageiros que chegavam, e mais à frente
um pouco a bagagem, ou seja, um cômodo/escritório
destinado aos despachos de encomenda" |
2009
AO LADO: Descrição
da estação, por Francisco Marques, em 15/1/2009.
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(Fontes: Ralph
M. Giesbrecht, pesquisas locais, 1999 e 2007; Mauricio Torres, 1985; Glaucio Henrique
Chaves, 2015; Francisco Marques; Elias Mora; Marcelo Mathias; Raul
Romão; Márcio Protzner; Rômulo Fávero; Paulo Cury; Coaraci Camargo;
Carlos Roberto de Almeida; Aeroclube
de Passos, MG; O Estado de S. Paulo, 1916 e 1966; Arquivo Publico
Mineiro; Cia. Mogiana: relatórios anuais, 1890-1969;
Cia. Mogiana: relação oficial de estações,
1937; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht; Enciclopedia dos Municipios Brasileiros, vol. XXV, 1959, p. 196)
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A estação original, em 1908. Foto do álbum
da Mogiana |
A estação com tropas, na revolução
de 32. Foto cedida por Elias Mora |
A estação nos anos 1950. Foto IBGE:? Enciclopedia dos Municipios Brasileiros, vol. XXV, 1959, p. 196 |
A estação, provavelmente anos 1970. Autor desconhecido |
A estação em 1985. Foto Mauricio Torres |
A estação, em 30/12/1999. Foto Ralph M. Giesbrecht
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A estação, em 30/12/1999. Foto Ralph M. Giesbrecht |
A estação em 2007. Foto Marcelo Mathias |
A estação em 2/10/2015. Foto Fernando Marietan |
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Atualização:
12.04.2023
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