LUGARES ESQUECIDOS...
(em algum lugar do Estado de São Paulo)

 

Conheça alguns desses lugares...


Casinha em vila ferroviária abandonada, entre Bento Quirino e Canaã, em São Simão. Foto Ralph M. Giesbrecht, 1999

Alcantis (Botucatu)
Americaninha (Tatuí)
Andrada e Silva (Avaré)
Campo Alegre (Brotas)
Cardoso de Almeida (Paraguassu)
Chimborazo (Cravinhos)
Cresciuma (Jardinópolis)
Curuputuba (Pindamonhangaba)
Fazenda Dumont (Dumont)
Fazenda Guatapará (Guatapará) - ATUALIZADO EM 29/08/2003
Gato Preto (Cajamar)
Guanabara (Jardinópolis) - ATUALIZADO EM 29/08/2003
Lobo (Itatinga)
Monte Alegre (Piracicaba)
Nova Louzã (Mogi-Guaçu)
Nova Paulicéia (Gavião Peixoto)
Paineiras (Araras)
Paraisolândia (Charqueada)
Pasto Velho (Areiópolis)
Rodrigues Alves (São Manuel)
Salto do Avanhandava (José Bonifácio)
Santa Rosa (Piracicaba)
São Bento (Araras)
Sussuí (Palmital)
Tamoio (Ibaté/Araraquara)

Estações Ferroviárias do Estado de São Paulo

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Luiz Gama, em Conchas. Foto Ralph M. Giesbrecht, 1998

LUGARES ESQUECIDOS são aqueles que, de alguma forma, foram esquecidos pelas pessoas, pelo tempo, pela vida. Podem também ser aqueles lugares que, embora muito agradáveis e bem vivos, não têm nenhum registro em livros, revistas ou na Internet...

O nome LUGARES ESQUECIDOS não pretende ser uma ofensa a ninguém. Pelo contrário, tenta manter viva a lembrança de pequenas vilas, bairros rurais e fazendas que podem tanto hoje ser locais com alguma atividade como totalmente abandonados.

Nas minhas peregrinações pelo interior, principalmente do Estado de São Paulo, à procura de material para os meus escritos que versam principalmente sobre ferrovias, encontrei vilas ferroviárias e fazendas em situações de todos os tipos: cidades-fantasma, colônias de fazenda prestes a serem demolidas e ter cana plantada por cima, edificações em ruínas. Quando se fala, hoje, que várias pessoas não têm casa para morar ou terras para cuidar, não é fácil para mim entender o motivo do abandono de pequenas construções que, com arquitetura na maioria das vezes muito simples, continuam a ser belas em suas ruínas.

Um dos maiores crimes contra a humanidade cometidos no século XX é pouco percebido e comentado: o êxodo rural. Em 1930, 70% da população brasileira vivia nas áreas rurais. Hoje, 2002, esse número caiu para cerca de 20%. Ninguém ganhou com isso: a pobreza e a violência extrema nos centros urbanos são uma consequência desse êxodo que incha as cidades. Mesmo cidades pequenas, com menos de 10 mil habitantes estão sofrendo hoje com esses tristes fenômenos. Os governos, tanto o federal, como os estaduais e municipais fazem questão de fingir que isso não existe e em alguns casos até incentivam a migração para centros com maior densidade populacional.

Não se pretende aqui discutir o que deve ou não ser feito. Apenas mostro aqui fotografias e relatos de alguns desses LUGARES ESQUECIDOS. Por eles se vê que em sua maioria são locais que um dia já tiveram muito mais vida e esperança. A história de cada um desses lugares se confunde em muitos casos. Vilas se confundem com fazendas, fazendas com outras fazendas, graças a nomes repetidos, a divisões por motivos de herança ou mesmo venda de propriedades. Cada história aqui relatada, curta ou longa, é passível de inúmeros erros e de situações que se mesclam com outras, tornando às vezes tudo muito nebuloso.

Enfim, que isto sirva para alguma coisa, tanto como resgate de memória como de uma situação atual, em que poucos realmente imaginam a real gravidade da situação.

Ralph Mennucci Giesbrecht
Santana de Parnaíba, SP

Autor dos sites: Estações Ferroviárias do Estado de São Paulo e Cronologia das Estradas de Ferro Paulistas

Autor dos livros: Sud Mennucci - Memórias de Piracicaba, Porto Ferreira, São Paulo... (1997) e Um dia o trem passou por aqui - a história e as estórias dos trens de passageiros no Estado de São Paulo e as saudades que eles deixaram (2001)

Autor de artigos para jornais e revistas de Ribeirão Preto, Santa Cruz das Palmeiras, Santa Cruz do Rio Pardo e outras, e também colaborador em sites sobre ferrovias e outros assuntos gerais