A ESTAÇÃO: A estação de Espírito Santo foi inaugurada em 1883 pela Conde D'Eu Railway Company Limited. Nos anos 1940, o nome foi alterado para Maguari, e, nos anos 1950, para Cruz do Espírito Santo.

Antigamente, em dias alternados, três a quatro locomotivas cruzavam a estação local que distava 800 metros da cidade.

O município de Cruz do Espírito Santo se destacou por muito tempo no cultivo da cana-de-açúcar, sendo este produto exportado através de sua estação.

Não sei a situação atual da estação. Em 2021, os trens da CBTU que saem de Cabedelo não chegam até a estação de Cruz do Espírito Santo, embora esta esteja no ramal.

É Rodrigo Henrique quem conta: "A estação realmente ficava distante da cidade de Cruz do Espírito Santo, sendo necessário cruzar o rio Paraíba (até hoje não existe Ponte) e andar por dentro dos canaviais pra alcançá-la , nessa época do ano o rio Paraíba se encontrava com a vazão baixa, permitindo atravessar o mesmo de carro, e as canas estavam sendo colhidas, o que permitiu uma melhor visualização da região.

Dada toda essa dificuldade para alcançar a estação a partir da cidade, eu acredito que a mesma servisse mais aos moradores e trabalhadores dos engenhos, do que aos habitantes da cidade de Cruz do Espírito Santo, inclusive há uma estrada de rodagem que passa ao lado da estação (essa placa enferrujada indicava uma passagem de nível) e que levava até uma pequena vila mais à frente (Rodrigo Henrique, 21/10/2021)".


ACIMA: Grande enchente em 1936 parou a ferrovia paraibana. Pelo menos nestas quatro cidades ouve inundações - CLIQUE SOBRE O TEXTO ACIMA PARA OBTER A REPORTAGEM INTEIRA (Correio do Estado, 3/7/1936).

ACIMA: mapa do município de Cruz do Espirito Santo, nos anos 1950. Realmente, pelo mapa, a estação e a linha estavam ao sul da cidade e fora dela, no ramal de Cabedelo, que corre para leste. Próximo a ele, ao norte, linhas de usinas. De quais delas? Vêem-se pelo menos duas linhas e mais pequenos ramais. No sentido sul-norte, a linha Recife-Natal. (Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, volume IV, 1958).

ACIMA: Plataforma da estação, com algumas casas de ex-ferroviários (Foto Rodrigo Henrique, 18/10/2021).

(Fontes: Jônatas Rodrigues, 05/2006; Guias Levi, 1932-1984; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Enciclopedia dos Municipios Brasileiros, volume IV, 1958; Estudo Descriptivo das Estradas de Ferro do Brazil, Cyro Deocleciano R. Pessoa Jr., 1886)