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VXY Mogiana em MG
Estações de Minas Gerais
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RMV - R. Delfim Moreira
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Itajubá
Quilômetro 4
Trotil
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: 2005
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Rede Mineira de Viação (c.1935-1961)
QUILÔMETRO 4 (PACATITO)
Município de Itajubá, MG
Ramal de Delfim Moreira - km 177,769 (1960)   MG-2020
X   Inauguração: c.1935
Uso atual: demolida   sem trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d (já demolida)
 
HISTORICO DA LINHA: O ramal de Delfim Moreira saía de Itajubá e foi aberto em 1928. Nos anos 30 havia planos de se prolongar a linha até o ramal de Piquete, que ficava próximo, mas no Estado de São Paulo e do outro lado da Serra da Mantiqueira. A ligação nunca saiu. O ramal foi extinto em 30/06/1961.
 
A ESTAÇÃO: A parada do Quilômetro 4, ou Pacatito, foi aberta por volta de 1935 e desativada em 1961. "No ramal de Delfim Moreira só viajei até o Biguá, onde tínhamos amigos. Ia com meu avô, que era da Administração Fazendária do Estado. A gente pegava o trem de manhã. O trem, saindo da estação de Itajubá, pegava para o lado esquerdo e depois, numa bifurcação, novamente à esquerda - o direito ia para Pouso Alegre. Passava por dentro da cidade, cortando várias ruas, e ia parar na Fábrica de Armas: estação Pacatito, lembro-me bem o nome. Alguns chamavam de Quilômetro 4. Depois, continuava margeando o Rio Sapucaí, subindo o rio, e parava numa outra estação que esqueci o nome (Trotil). O trem normalmente era misto e, na época da safra de marmelo, transportava muita fruta e também a polpa já processada, acondicionada em latas. Na frente da fábrica de

ACIMA: Composição da RMV na estação de Pacatito, ou Quilometro 4, foto sem data (Cedida por José Antonio de Oliveira Pires).
doces da Vera Cruz, como havia bastante espaço e não havia o trânsito de hoje, em época do Natal, a criançada se juntava para ver passar o Papai Noel da Fábrica de Armas (hoje Imbel) que ia da estação principal até à estação Pacatito sobre uma prancha aberta e distribuindo doces e balas. O nome Pacatito vem de uma antiga fazenda da região. A parada era apenas uma pequena plataforma com cobertura, mas tinha bilheteria e chefe. A linha cruzava toda a extensão pelo meio do bairro. De um lado ficava a indústria e suas instalações (inclusive clube e cinema). Do outro lado ficavam as casas dos oficiais e sub-oficiais do Exército. Os empregados da fábrica de armas eram civis, na maioria, e embarcavam lá para retornar à cidade. Ficava no final do bairro, no fim do terreno da fábrica. Mais tarde foi demolida e foi construída uma praça no local, onde os ônibus urbanos giravam para retornar à cidade. Com a extinção do ramal de Delfim Moreira, o leito da estrada de ferro tornou-se uma estradinha e mais tarde uma rua larga , para onde a cidade se expandiu - Bairro Santa Rosa e outros. O carregamento de armas era feito por ramais que saíam chaveados da linha principal e adentravam à fábrica
" (Francisco Seixas, maio de 2008/março de 2009).
(Fontes: José Antonio de Oliveira Pires; Francisco Seixas, 2008-9; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960)
     
   
     
     
Atualização: 10.04.2010
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