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Valinhos
Samambaia
Campinas
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Tronco CP-1935
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 1998
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Cia. Paulista de
Estradas de Ferro (1893-1971)
FEPASA (1971-1998) |
SAMAMBAIA
Município de Campinas, SP |
Linha-tronco - km 40,499 (1958) |
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SP-1413 |
Altitude: 717 m |
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Inauguração: 01.02.1893 |
Uso atual: demolida |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1938 (já demolido) |
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HISTORICO DA LINHA: A linha-tronco
da Cia. Paulista foi aberta com seu primeiro trecho, Jundiaí-Campinas,
em 1872. A partir daí, foi prolongada até Rio Claro, em 1876, e depois
continuou com a aquisição da E. F. Rio-Clarense, em 1892. Prosseguiu
por sua linha, depois de expandi-la para bitola larga, até São Carlos
(1922) e Rincão (1928). Com a compra da seção leste da São Paulo-Goiaz
(1927), expandiu a bitola larga por suas linhas, atravessando o rio
Mogi-Guaçu até Passagem, e cruzando-o de volta até Bebedouro (1929),
chegando finalmente a Colômbia, no rio Grande (1930), onde estacionou.
Em 1971, a FEPASA passou a controlar a linha. Trens de passageiros
trafegaram pela linha até março de 2001, nos últimos
anos apenas no trecho Campinas-Araraquara. |
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A ESTAÇÃO: Posto telegráfico
no início, aberta em 1893, Samambaia era uma pequena
parada que foi desativada em 1938, no km 37,424 da linha-tronco da
Cia. Paulista. Em 1938, a Paulista mudou o posto de lugar, avançando
3 km e construindo um novo prédio no km 40,499, desativando
o anterior, de forma a atender o chamado Distrito Industrial de Campinas,
onde existiam as fábricas da Swift, a Matarazzo
e um depósito de combustíveis, construindo,

ACIMA: Linha da Paulista e em segundo plano a fábrica
da Swift em 1942 (Revista Seleções, 12/1942). ABAIXO:
A curva da linha da Paulista, acima na fotografia do Google, mostra
que a antiga fábrica deu lugar ao supermercado Extra e seu
estacionamento (Google Maps, 2009).
também, uma linha de bitola mista entre as estações
de Campinas e de Samambaia, para que os trens da Mogiana
e da Sorocabana pudessem também ali chegar para carregamento
e entregas. Nos anos 1970, a estação foi desativada.
Em 1986, o prédio já estava abandonado, em ruínas e
restavam apenas algumas paredes e a plataforma, coberta pelo mato.
Mas era um local movimentado: Onde hoje existe por ali um supermercado,
havia uma passagem de nível. Na época, era chamada de Samambaia-velha,
em analogia à Samambaia-nova, que na verdade era apenas uma
cabine de

ACIMA: A saudosa V-8 6377 da Fepasa, ex-Paulista,
passa pela cabine de Samambaia-nova, nos anos 1990. ABAIXO: A LEW
puxando vagões ao lado dos galpões na linha de bitola
mista de Samambaia - linha que propiciava a chegada aos armazens dos
vagões da Mogiana de bitola estreita (a LEW da foto é
da larga). Foto sem data, talvez anos 1970-80. Os galpões já
foram demolidos, no local estão hoje o estacionamento do supermercado
Extra-Abolição (Fotos Vanderley Zago).
controle,
um pouco mais à frente, que operava sistemas de bloqueio. Ou seja:em
algum momento, uma terceira versão da estação
foi construída. Já havia então uma favela instalada
ao lado, e com a demolição da estação, alguns anos depois, a favela
invadiu o local, estando hoje dos dois lados da linha. Da estação
restaram a plataforma coberta de mato e duas colunas. "Foi
com muita emoção que vi em seu site pela primeira vez
uma foto da velha estação de Samambaia, próxima
a Campinas. Foi lá que meu bisavô e meu avô desembarcaram
ao chegar da Itália, há 101 anos. Tempos atrás
fui até o local para conhece-la, e encontrei a favela mencionada.
Há vestígios da plataforma em meio aos barracos, e só"
(Luiz Garcia Bertotti, 05/2002). "Morei em Barretos
entre 1961 e 1965 na casa 13 da Colonia Paulista. Meu pai era chefe
substituto na escala para Amoreira, Continental, Adolfo Pinto, Colombia
e Palmar. Muitas vezes o acompanhei neste trajeto. Em inicio de 1966
mudamos para Palmar, ele como chefe titular da estação. Em março de
1967 a estação de Palmar

ACIMA: A locomotiva elétrica "Vandeca"
passa em frente ao posto de Samambaia em 1969 (Foto Carlos Ronaldo
Lopes). ABAIXO: Linhas e desvios, com as respectivas indústrias
atendidas, em Samambaia (Acervo Vanderley Zago).
fechou, e mudamos temporariamente para Colina, onde eu estudava
no Ginásio Estadual Lamounier de Andrade. Em maio de 1967 mudamos
para Campinas, e meu passou a ser chefe da Cabine de Samambaia"
(Carlos Ronaldo Lopes, agosto de 2008). "Na chamada
Samambaia-nova, ou Samambaia-2, na verdade uma cabina de controle
que fica próxima ao local da antiga estação hoje
demolida, ainda dá para se ver os silos das antigas fábricas
que esta cabine atendia e o mais surpreendente: os desvios ainda estão
lá! Está servindo como guarita para o estacionamento
de uma empresa ou faculdade, não pude confirmar. Estava andando
nos trilhos procurando as ruínas de Samambaia quando me deparei
com ela. A sua entrada foi lacrada e uma entrada foi aberta nos fundos
que é atrás desse muro de blocos, ela estava pintada
e, duas semanas depois em que voltei para tirar as fotos ela estava
assim, toda pichada, uma pena. Ainda dá para ver o emblema
da Paulista" (C. A. Filetti, 11/2004). Enquanto isso,
a plataforma da centenária estação de Samambaia-velha,
aquela de 1893 e que também foi demolida, ainda existe no km
37.
(Fontes: Vanderley Zago; C. A. Filetti; Carlos
Ronaldo Lopes; Luiz Garcia Bertotti; Filemon Peres; Ricardo Koracsony;
Cia. Paulista: Album dos 50 anos, 1918; Cia. Paulista: Relatórios
oficiais, 1872-1969; FEPASA: Relatório de Instalações
Fixas, 1986; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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Em 1918, a estação original de 1893, no km 37,
ainda ativa. Foto Filemon Peres |

Em 1986, a estação de 1938, no km 40, já
em ruínas. Foto do Relatório de Instalações
Fixas da Fepasa, 1986 |
A cabina de controle próxima à já demolida
estação de Samambaia, em 2004. Foto C. A. Filetti |

Em 04/05/2005, o que sobrou de Samambaia-nova, no meio da favela:
uma plataforma coberta de mato e duas colunas. Foto C. A. Filetti |

Plataforma da estação de Samambaia-velha ainda
sobrevive até hoje no km 37, em 11/2008. Foto Ricardo
Koracsony |
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Atualização:
23.07.2015
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