E. F. Leopoldina
(1913-1969)
Bitola: métrica.
Acima, a estação de Cachoeiro do Itapemirim, com um
trem da CVRD, em 1995. Hoje não tem mais trilhos (Foto Paulo
Thiengo). Abaixo, a estação de Coutinho, em 2005,
antigo entroncamento com o ramal do Castelo (Foto Marcos A. Farias).
Acima, estação de Guaguí, ainda operante, nos
anos 1950 (Acervo Wanderley Duck). Abaixo, estação
de Espera Feliz, nos anos 1970, ainda com trilhos - hoje já
não os tem mais. Aqui era o entroncamento do ramal Sul do
ES com a linha do Manhuaçu (Foto de autor desconhecido).
Acima, estação de Carangola, na linha do Manhuaçu,
em 2006 onde terminava a viagem do trem do ramal Sul do ES. Hoje
sem trilhos, serve de rodoviária (Foto Marcos A. Farias).
Abaixo, horário dos trens do ramal, em setembro de 1962 (Guia
Levi, 09/1962).
Veja
também:
Contato com o autor
Página inicial
Nota: As informações contidas nesta
página foram coletadas em fontes diversas, mas principalmente
por entrevistas e relatórios de pessoas que viveram a época.
Portanto é possível que existam informações
contraditórias e mesmo errôneas, porém muitas
vezes a verdade depende da época em que foi relatada. A ferrovia
em seus 150 anos de existência no Brasil se alterava constantemente,
o mesmo acontecendo com horários, composições
e trajetos (o autor).
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Este trem de passageiros, que existe
provavelmente desde 1913 (ano em que se terminou a ligação
entre as duas estações), e certamente pelo menos desde
1932 (ano mais antigo em que dele encontrei referências). O
trecho mais longo era percorrido no chamado ramal Sul do Espírito
Santo, da Leopoldina, que era o trecho entre as estações
de Cachoeiro do Itapemirim e Espera Feliz. Aí, o trem entrava
pela linha do Manhuaçu até Carangola. O trem acabou
em 1969, quando sobrou apenas um trem de passageiros correndo entre
Carangola e Guaçuí até 1972, quando também
acabou.
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Percurso:
Cachoeiro do Itapemirim a Carangola.
Origem da linha: O primeiro trecho do ramal Sul do Espírito
Santo foi aberto em 1887 (Cachoeiro-Rive) e terminado em 1913 (Rive-Espera
Feliz). De Espera Feliz, onde o ramal se juntava com a linha do Manhuaçu,
a Carangola, o trecho ficou pronto em 1911. Os trilhos foram arrancados
nos anos 1970, sobrando apenas um trecho entre Cachoeiro e Coutinho,
hoje utilizado por trens cargueiros.
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Como todo trem de passageiros regional,
que atendia às populações das pequenas cidades
que existiam ao longo de sua linha, o trem do ramal Sul do Espírito
Santo que ligava Cachoeiro do Itapemirim a Carangola não deixou
muitas histórias escritas nem muitas fotografias. O que existe
aqui
Acima,
uma raridade: uma fotografia do trem do ramal Sul do Espírito
Santo. Ela foi tirada entre as estações de Celina e
de Alegre, sentido Carangola, na "Volta da Ferradura". Data?
Provavelmente, anos 1960. A locomotiva que o puxa é provavelmente
uma vapor Garrat, e vêem-se pelo menos 4 carros e 1 carro-bagageiro
(Foto de autor desconhecido; acervo Marcos de A. Farias). "Eu
nasci em 1941 às margens da Estrada de Ferro Leopoldina, nas imediações
entre a Volta da Ferradura e a Caixa D'agua, no sentido Alegre - Celina,
mais ou menos 2 Km acima da Volta da Ferradura e uns 3 pra baixo do
túnel - parece-me que é exatamente onde a foto acima foi tirada. Creio
que esta foto em questão foi tirada dentro do sítio do meu avô, onde
nasci..." (Jorge Albertacci, 12/6/2011).
é o produto da
dedicação do autor deste site, mas muito mais ainda
de pessoas como Marcos A. Farias, de Celina, um bairro do município
de Alegre que sobreviveu à extinção do trem no
início dos anos 1970, que saiu com seu carro fotografando os
resquícios de toda a linha anos depois que esta acabou, e de
Paulo Thiengo, de Cachoeiro do Itapemirim, um
Acima,
o trem de passageiros, que não dá para ver muito bem,
junto à plataforma da estação de Alegre, nos
anos 1920 (Foto do livro As Ferrovias do Brasil, de Cornejo e Gerodetti,
2005, p.62). Abaixo, vista aérea da estação de
Guaçuí com o trem de passageiros à sua frente,
provavelmente anos 1960 (Acervo Wanderley Duck).
apaixonado por trens que fotografa e guarda tudo o que ouve sobre
trens na região. Nomes como A Volta da Ferradura, por
onde passa o trem na fotografia maior no topo, perdem-se no tempo
e têm de ser arrancadas da memória das pessoas que viveram
aquele tempo, um tempo em que este trem era o principal e praticamente
o único meio decente para se viajar naquela região que
engloba o Espírito Santo e uma pequena parte do território
de Minas Gerais. Marcos conta que há pessoas que se lembram
ainda de terem visto algumas locomotivas a diesel passar pelo ramal
antes de ele fechar - o que é provável, pois até
1969, época em que as locomotivas diesel já imperavam,
ainda havia movimento no trecho todo.
Acima,
uma das últimas locomotivas que passou por Celina, em 1968-69.
Notar a empatia da população com a máquina. (Acervo
Marcos A. Farias). Abaixo,túnel escavado na pedra, por onde
passava a composição, próximo a Celina, em foto
de 2005, em que os trilhos já são apenas saudade. (Foto
Marcos A. Farias).
Tudo acabou em 1972, foram-se os trilhos, demoliram-se estações
e paradas, mas sobraram pontes e túneis, estações
e pequenas paradas ainda de pé por todo o trecho como um fantasma
de um passado que não volta mais.
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