Ramal de Mercês
(Minas Gerais)

 

EFCB (1911-1969)

Bitola: métrica.



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Nota: As informações contidas nesta página foram coletadas em fontes diversas, mas principalmente por entrevistas e relatórios de pessoas que viveram a época. Portanto é possível que existam informações contraditórias e mesmo errôneas, porém muitas vezes a verdade depende da época em que foi relatada. A ferrovia em seus 150 anos de existência no Brasil se alterava constantemente, o mesmo acontecendo com horários, composições e trajetos (o autor).

ACIMA: Trem misto da Central no ramal de Mercês próximo à estação de Oliveira Fortes, em fevereiro de 1967, dois anos antes de sua desayivação (Marcelo Monachesi, acervo Jorge Alves Ferreira).

O ramal de Mercês foi aberto por uma empresa particular de nome E. F. João Gomes ao Rio Doce (João Gomes era o nome na época da estação de Santos Dumont, também chamada antigamente de Palmira). Em 1910 foi adquirida pela E. F. Central do Brasil, tornando-se um ramal de bitola métrica. O nome dado ao ramal no início foi ramal de Piranga: posteriormente, passou a ser conhecido como ramal de Mercês, já que ele nunca passou desta cidade e também jamais atingiu Piranga. Há dúvidas se esse ramal teria operado por algum tempo antes de ter sido comprado pela Central:

ACIMA: Horário do ramal de Mercês em fevereiro de 1963 (Guia Levi)

notícia de 1902 acusa a existência da E. F. de João Gomes, mas não entra em detalhes se estaria funcionando. A partida de Santos Dumont para Mercês deveria ser espetacular: o trem descia um desnível bastante próximo à cidade fazenco uma curva em espiral, que passava por cima e por baixo de pequenos viadutos, antes de partir para a primeira estação, Campo Alegre. O trem de passageiros acabou junto com o ramal, em fevereiro de 1969. Os trilhos foram retirados e hoje poucos são os sinais do antigo ramal, que teve pelo menos 58 anos de operação.