Campo Grande - Ponta Porã
(Mato Grosso do Sul)

 

Noroeste (1953-1975)
RFFSA (1975-1996)

Bitola: métrica


Acima, estaçãoterminal de Ponta Porã, em 1986. Abaixo, estação de Indubrasil, em 1976, onde começa o ramal. (Fotos J. H. Bellorio).


Acima, uma das estações do ramal:Sidrolândia, em 2002, já desativada (Foto autor desconhecido). Abaixo, estação de Campo Grande, em 2000, de onde partia o trem para Ponta Porã (Foto Cesar Sacco)

Abaixo, horário dos trens do ramal, em 1965 (Guia Levi, outubro de 1965)

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Nota: As informações contidas nesta página foram coletadas em fontes diversas, mas principalmente por entrevistas e relatórios de pessoas que viveram a época. Portanto é possível que existam informações contraditórias e mesmo errôneas, porém muitas vezes a verdade depende da época em que foi relatada. A ferrovia em seus 150 anos de existência no Brasil se alterava constantemente, o mesmo acontecendo com horários, composições e trajetos (o autor).

O trem do ramal de Ponta Porã, que partia da estação de Campo Grande mas que percorria linha própria somente a partir da estação de Indubrasil (onde era seu quilômetro zero), começou a circular em 1953, quando toda a linha ficou pronta. Porém, já havia trens percorrendo trechos menores que foram sendo entregues, o primeiro em 1944 até Maracaju, o segundo até Dourados em 1949. Somente em 1/6/1996 este trem foi desativado, tendo sido ele um dos últimos trens de passageiros a deixar de funcionar no País.

Percurso: Campo Grande - Ponta Porã (ramal de Ponta Porã, saindo de Indubrasil)
Origem da linha:

Indubrasil - Maracaju - 1944
Maracaju - Dourados - 1949
Dourados - Ponta Porã - 1953
Abaixo, bilhete do trem do ramal. O de baixo prova que trafegaram automotrizes também pela linha (Acervo Hermes Y. Hinuy).

O trem Campo Grande-Ponta Porã funcionou de 1953 (ou 1944, nos trechos incompletos) atendendo às cidades do sul do esntão Estado do Mato Grosso, numa viagem que levava 9 horas. Foi descontinuado em junho de 1996, por causa da privatização da Malha Oeste, antiga Noroeste do Brasil, para uma concessionária que não tinha o menor interesse em mantê-los e que, por contrato, nem o poderia. As fotos abaixo mostram o trem no seu início, no seu auge e no seu triste final. "Com capacidade para transportar 200 pessoas nos 300 quilômetros do trecho, o que foi o último trem de passageiros explorado pela RFFSA circulava três vezes por semana em cada sentido e jamais transportava mais do que 60 pessoas. O público preferia os ônibus, que cumpriam o trajeto em quatro horas enquanto o trem demorava quinze". (Revista CNT. junho de 1996)

Acima, o trem inaugural chega a Maracaju com festas em 1944. A linha somente chegava, na época, até aí (Acervo Wanderley Duck). Abaixo, trem de passageiros em Ponta Porã, em 1971 (Foto José H. Bellorio)


Acima, trem de passageiros no ramal em 1991, local não identificado (Foto Jorge Ciawlowski)

Acima, no seu final, em 1996, a locomotiva que o tracionava, uma U-6B, nos trilhos já mal cuidados e cheios de mato. Abaixo, passageiros se despedem em Ponta Porã (Fotos da revista CNT, de junho de 1996)
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Acima, no seu final, em 1996, a partida do último trem que deixa Ponta Porã (Foto da revista CNT, de junho de 1996). Abaixo, o chefe do trem se despede numa das últimas viagens do trem Campo Grande-Ponta Porã (Foto O Estado de S. Paulo, 4/5/1996).