O Ouro Verde
(São Paulo)

 

Fepasa (1990-1998)


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Nota: As informações contidas nesta página foram coletadas em fontes diversas, mas principalmente por entrevistas e relatórios de pessoas que viveram a época. Portanto é possível que existam informações contraditórias e mesmo errôneas, porém muitas vezes a verdade depende da época em que foi relatada. A ferrovia em seus 150 anos de existência no Brasil se alterava constantemente, o mesmo acontecendo com horários, composições e trajetos (o autor).

Trem de passageiros operado pela FEPASA a partir de 1990 até a extinção desse trem em 1998. Corria desde São Paulo até Presidente Epitácio e parava em poucas estações.

Na década de 1990 a FEPASA operou alguns trens com a denominação de "Expressos". O objetivo era encurtar o tempo de viagem. Não deu certo e o final é o que conhecemos: a supressão total dos trens de passageiros de longo percurso da empresa em 2001. Não deu certo devido à decadência do transporte a ponto de não mais inspirar confiança nos passageiros, a dura concorrência com as rodovias, gente trabalhando nos bastidores contra a ferrovia e, no caso específico dos "expressos", o sistema adotado, que espantou de vez os potenciais passageiros: pagamento integral das passagens, cota por estação mesmo que houvesse lugares disponíveis, poucas paradas e, principalmente, o tempo de percurso ainda continuava alto, apesar de tudo isto. Lembro de que um empregado comentou nessa viagem que se a diretoria quisesse, poderia encurtar o tempo de viagem total em pelo menos 3 a 4 horas. Mas a ordem era seguir do jeito programado. Em Boituva, por exemplo, o Expresso não parava. Com a rodoviária na porta, será que foi isso? O trem ia até Sorocaba com poucos passageiros, de lá em diante tinha muitos e muitos passageiros, na volta o mesmo quase todos desembarcavam em Sorocaba; chegávamos na Barra Funda com poucos passageiros. Uma vez chegamos em São Paulo com apenas 2. Nas vezes em que viajei no expresso, a quantidade de passageiros no trecho todo foi ínfima. Numa das vezes, em Mairinque, vários passageiros queriam embarcar, mas a cota da estação já estava vendida. E o trem estava praticamente vazio. O chefe do trem usou o bom senso e mandou que todos embarcassem. No dia da foto acima, não havia mais do que 50 passageiros entre a Barra Funda e Prudente. Triste, não? (dados fornecidos por Carlos Roberto de Almeida e Edu Silva em 2015).


ACIMA: Nesta imagem o interior de um carro de primeira classe, Budd 800, da antiga Sorocabana, em viagem para Presidente Prudente e 1992. Uma pena, somente 1 passageiro (Claro, nos demais carros havia mais passageiros). ABAIXO: Todos os trens da Sorocabana passavam por aqui - os trens da CPTM que passam nesta linha atualmente (2015) também. O problema é que a passagem mudou muito: esta foto de 1987 mostra a fábrica da Matarazzo, que ocupou a linha entre os atuais Viaduto Antartica e Pompeia, costeando a avenida Francisco Matarazzo, em São Paulo, recém-demolida. Permanecem hoje (2015) apenas as chaminés e a casa de máquinas - esta, à esquerda, à beira da avenida (Folheto SESC, 1997).