E. F. Campos
do Jordão (1915-2005)
Bitola: métrica
Acima, a estação de Pindamonhangaba, da EFCJ, em 2002
(Foto Ricardo Koracsony). Abaixo, a de Eugenio Lefévre, nos
anos 1990 (Foto Wanderley Duck)
Acima, a estação de Emilio Ribas, que era a terminal
da linha, até os anos 1980 (Foto Ricardo Koracsony). Abaixo,
a estação de Capivari, ao lado, mas antes, da de Emilio
Ribas, em 2003, atual estação terminal. (Foto Dirceu
Baldo).
Antigo horário da EFCJ ao tempo em que eram trens de passageiros
regulares: 4 horários diários, sendo um somente até
Piracuama. Ano: 1957 (Guia Levi, janeiro de 1957)
Veja
também:
Contato
com o autor
Índice
Nota:
As informações contidas nesta página foram
coletadas em fontes diversas, mas principalmente por entrevistas
e relatórios de pessoas que viveram a época. Portanto
é possível que existam informações contraditórias
e mesmo errôneas, porém muitas vezes a verdade depende
da época em que foi relatada. A ferrovia em seus 150 anos
de existência no Brasil se alterava constantemente, o mesmo
acontecendo com horários, composições e trajetos
(o autor).
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Trem de passageiros que existe
desde 1915, primeiramente a vapor e a partir de 1924, elétrico,
transformando-se no início dos anos 1970 em trem turístico
apenas.
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Percurso:
de Pindamonhangaba a Campos do Jordão (Estação
de Emilio Ribas)
Origem da linha:
Pindamonhangaba-Emílio Ribas - 1915 |
O trenzinho
de Campos do Jordão, ou melhor, a litorina, como é chamado,
parte da estação de Pindamonhangaba - não da
velha estação da Central, esta desativada, mas da estação
que fica desde 1971 nos antigos escritórios da EFCJ, um prédio
de 1924. Desde essa época , anos 1970, até hoje só
funciona com turistas, que pagam a passagem de ida e volta para ficar
cerca de 4 horas em Campos e depois voltar no final da tarde. A automotriz
somente para em duas estações: a das Águas Claras
- aliás, para depois dela, bem na entrada do parque, onde há
um portão para a visita do
ACIMA:
Antigas automotriz em 1977 em Pindamonhangaba (Foto Earl Clark - www.tramz.com).
parque temático
- por uns 20 minutos e depois, na de Eugênio Lefévre,
na verdade a estação de Santo Antonio do Pinhal, onde
para por mais tempo e se compram plantas, camisetas, postais, tortas
e se conversa com o chefe da estação, um chefe como
nos velhos tempos. No fim, percorre o canteiro central da avenida
principal de Campos, passando por entre as casas, carros e hotéis
até parar na estação de Capivari - aliás,
esta estação nem um nome definido tem, tendo sido construída
lá por 1984, quando se abandonou o uso da estação
de 1924, muito mais bonita e hoje fechada, situada uns 100 metros
depois, a de Emílio Ribas. Não se pode entrar nela para
se admirar os afrescos de época que ali existem, nem a velha
bilheteria. Por que será? De qualquer forma, é uma maravilha
passar pelos campos situados a mais de 1700 metros de altura, ou parar
na estação Tanaka para comprar, na volta, os pinhões
da japonesa que vai lá especialmente para vendê-los.
As outras estações da serra e da cidade não funcionam
para a automotriz: só para os bondes, que ainda existem, e
mesmo assim, até a de São Cristóvão, onde
existe um jogo de trilhos para retorno do bonde. Se tiver sorte, ainda
se encontra com
Acima,
automotriz em Pindamonhangaba, em 14/01/1999. Abaixo, automotriz com
pintura nova, também em Pindamonhangaba, em 23/04/2005 (Fotos
Ralph M. Giesbrecht)
outras litorinas, que partem de Campos até Eugênio Lefévre,
ou de Pinda para esta, de forma a fazer o meio-caminho. A paisagem
é linda, e muda da planície para a serra quase que de
repente, onde, da planície que segue de Pinda a Piracuama,
muda para a floresta úmida da serra além das Águas
Claras, onde se pode ver a curva em que o trem ainda vai passar, os
altos picos da montanha e por fim, o sobe e desce dos campos da montanha,
até chegar à cidade. Enfim: turístico ou não,
é um milagre que o trenzinho para Campos de Jordão -
está bem, é uma litorina, uma automotriz - ainda exista.
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