Trem do Ramal de Dourados
(Presid. Prudente-Euclides da Cunha) (São Paulo) |
Sorocabana/Fepasa
(1958-1978) Veja
também: Contato
com o autor |
O trem
de passageiros do ramal de Dourados circulou entre 1958, quando foi
aberto o seu primeiro trecho, até 1978, quando foi desativado.
O ramal tinha este nome porque os planos da EFS eram de se alcançar
a cidade de Dourados, no Mato Grosso do Sul, no ramal de Ponta Porã,
da Noroeste do Brasil. A linha jamais passou de Euclides da Cunha,
ainda em território paulista, onde chegou em 1965. |
Percurso:
de Presidente Prudente (na linha-tronco da Sorocabana) a Euclides da
Cunha, no Pontal do Paranapanema, pelo ramal de Dourados. Origem da linha: 1957-P. Prudente - Engenheiro Murgel; 1960 - até Teodoro Sampaio; 1965 - até Euclides da Cunha. O ramal foi desativado para trens de passageiros em 30 de novembro de 1978, para cargas em 1980, e suprimido de vez em 1988. Já em março de 1978, somente existia um trem misto e que saía no final da tarde de Presidente Prudente (Guia Levi, março de 1978). |
"Foram incontáveis as vezes
em que viajei com minha irmã e minha mãe para Teodoro Sampaio, saindo
de Prudente ás 08:30 da manhã ou ás 19:00, se não me falha a memória.
O trenzinho tinha uma locomotiva Cooper, um carro de bagagens, um
restaurante e mais três de passageiros, que aos poucos foi diminuindo.
Lembro-me que meu coração se enchia de felicidade quando, o trem depois
da última parada antes de chegar em Teodoro - na estação de San Juan
- passava por um corte e que ao final deste, havia um rio batizado
de "Burrinho", e dali já se avistava a cidade. Em linha reta, aproximadamente
mais 5 km, chegávamos à estação. Ao lado desta, existia
uma serraria, que tocava seu apito exatamente ás 11:30, respondendo
ao do trem que se aproximava. Ao chegar, era preciso pegar uma das
duas peruas lotação, uma charrete ou um Jeep-táxi, que levava á cidade
que fica a uns 6 km da estação. A casa de meus avós
ficava próxima da cidade, mas em área totalmente cercada por plantações
de milho e mandioca e ao lado da estrada-avenida, na época ainda sem
asfalto, onde descíamos e andávamos uns 100 m para chegar ao quintal
dos meus" (Edivaldo A. do Nascimento, 01/2006). |
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