Trem Militar de Quitaúna (São Paulo) |
E. F. Sorocabana
/ Fepasa (?-1977)
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Trem
para militares operado pela Sorocabana e depois pela Fepasa para transportar
os militares especialmente os sediados em Quitaúna. Começou
em data ignorada (antes de 1960). Acabou em 1977. Horários: Período de 1966 a 1972 (EFS): Sentido Julio Prestes (JP) a Itapevi (IV) - MT 1 saindo de JP as 05h50 com chegada em IV as 06h54 (Somente nos dias úteis); Sentido Itapevi a Julio Prestes MT 2 saindo de IV as 11h13 com chegada em JP as 12h20 (Somente as 4.ªs feiras e sábados) MT 4 saindo de IV as 16h11 com chegada em JP as 17h15 (Menos as 4.ªs, sábados e domingos) Período de 1972 a 1977 (FEPASA): Sentido Julio Prestes a Jandira (JD) MT 1 saindo de JP as 05h50 com chegada em JD as 06h46 (Diário) - Sentido Jandira a Julio Prestes MT 2 saindo de AB as 11h22 com chegada em JP as 12h35 (Somente as 4.ªs feiras e sábados) MT 4 saindo de IV as 16h43 com chegada em JP as 17h47 (Menos as 4.ªs e sábados) Observação: Amador Bueno = AB |
Percurso:
Julio Prestes-Jandira (1972). Origem das linhas: Sorocabana, 1928 (retificação, duplicação e posterior eletrificação da linha original) |
O trem militar foi a disponibilização
de uma faixa horária por sentido por dia para o transporte exclusivo
de militares. O embarque e desembarque era feito nas próprias estações
e ocorria pela primeira porta do primeiro carro - naquela ocasião
ainda não havia o impedimento para a livre circulação entre carros.
As portas entre carros permaneciam abertas o tempo todo. Normalmente
a composição que fazia o "militar" era composta por 9 carros (as composições
eram de 6 ou 9 carros). Poderia parecer, e parecia, estranho um trem
com 9 carros para transportar poucas pessoas. A explicação é bem simples:
como já existia uma escala pré-existente e baseada na demanda de passageiros,
o trem militar quando chegava na estação terminal, reiniciava a viagem
com outro prefixo para um horário em que a demanda era grande. A diferença
no horário do trem de volta para São Paulo era em função do horário
de expediente reduzido que havia nas diversas instalações militares
às quartas e sábados (meio expediente). O conceito de "segurança nacional"
era em função de que o trem na faixa horária disponibilizada era de
uso exclusivo dos militares. Imaginemos um ataque terrorista a um
trem transportando somente militares! Mas não havia nada de especial,
como escolta armada. Depois de 1977, o trem militar foi suprimido
e os militares que desejassem utilizar os trens, deveriam fazer como
qualquer cidadão. Entre meados de 1977 e final de 1978, não havia
condição alguma de manter um trem exclusivo para militares, devido
às obras de reforma da linha, a reduzida oferta de lugares
e a alta demanda. A partir de janeiro de 1979, com a entrada em operação
comercial dos novos trens franceses, a oferta de lugares aumentou
e sobrava lugares na maior parte do tempo. Ainda assim, o trem militar
não mais voltou. Assim, os militares devem viajar como qualquer outro
passageiro. Passa pelo bloqueio e aguarda na plataforma a chegado
do trem. Eventualmente, em ocasiões de grande aglomerações de militares,
a "Patrulha Volante" (PV) ou a "Policia do Exército" (PE) faz a segurança
nas estações. Um detalhe interessante, é que várias unidades militares
sediadas às margens da Sorocabana, tinham ramal de acesso. Na grande
São Paulo existiam ramais em Domingos de Morais (subsistência), Presidente
Altino (depósito), Quitaúna (quartéis) e Barueri (arsenal). Todos
foram desativados (Carlos R. Almeida, janeiro de 2008). |