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Ramal Férreo
Campineiro (1893-1912)
Cia. Campineira de Tração, Luz e Força (1912-1950)
Cia. Paulista de Força e Luz (1950-1952)
E. F. Sorocabana (1952-1960) |
SOUZAS
(antiga ARRAIAL DOS SOUZAS)
Município de Campinas, SP |
Linha-tronco - km 15 (1938) |
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SP-4030 |
Altitude: - |
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Inauguração: 1893 |
Uso atual: demolida |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: A Cia. Ramal
Férreo Campineiro foi estabelecida em 1889, mas abriu seus
serviços à população, no trecho entre
a estação da Cia. Paulista e o bairro de Arraial dos
Souzas (Souzas) em 1893, com uma bitola de 60 cm. Dali prosseguiu
até a fazenda dos Laranjais, em 1894 (?) e ao bairro das Cabras.
Em 1912, a empresa foi arrematada pela Cia. Campineira de Tração,
Luz e Força, que tinha acabado de conseguir a autorização
para linhas de bondes elétricos em Campinas. Em 17 de dezembro
de 1917, foi aberta a linha com bondes elétricos até
Joaquim Egídio (ex-Laranjais). Em 1950 a empresa passou para
as mãos da CPFL para em 1952 ser entregue à Sorocabana.
Esta imediatamente extinguiu o transporte de mercadorias e carga.
Em 10 de fevereiro de 1960 os bondes de passageiros cessaram o tráfego
e a linha começou a ser arrancada logo depois. |
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A ESTAÇÃO: A estação de
Souzas foi inaugurada em 1893. O bairro se desenvolveu muito
com a ferrovia: em 1 de maio de 1909 foi inaugurada
a iluminação elétrica no povoado. A estação de
Sousas da Cia. do Ramal Férreo Campineiro sempre foi onde está
localizada no mapa em questão (abaixo) desde o tempo da tração a vapor
e bitola de 0,60cm, tendo funcionado até fins
de 1960, quando se encerraram os serviços. Antes disso, em 1939, o
nome havia sido alterado para Souzas (ato 1.084, de 3/4/1939).
Depois disto, a estação serviu de escola de 1963 (Ginásio Estadual
Dr. Manoel Alexandre Marcondes Machado) até 1972 e após
a conclusão das obras definitivas do atual prédio dessa escola foi
tudo transferido para o escola Thomas Alves em outro local,
ficando a estação vazia. Porém no mesmo ano ocorreu uma das enchentes
comum a Sousas e os desabrigados foram colocados no prédio
a após a remoção das pessoas o sub-prefeito do
distrito do qual não me recordo o nome disse "que estava cansado de
abrigar indigentes" demoliu a velha estação. Hoje no local há uma
imensa árvore daquelas "seringueiras falsas" na rua Dr. Antonio Prado,
antes da escola Thomas Alves. Já a parada da rua Maneco Rosa,
da qual há uma foto ao pé desta página, veio
do tempo da Cia. do Ramal Férreo Campineiro para desembarcar açúcar
a um antigo armazém que existia próximo à ponte e, quando chovia,
o bonde parava ali para as pessoas desembarcarem para não tomar chuva
já que a estação "seria demasiadamente longe" do centro de Sousas.
Esta, pela fotografia, era uma parada com bancos - não se sabe,
por exemplo, se a casa junto à ponte era da ferrovia, e o que
seria. Da tal fotografia, somente a ponte sobrevive até
hoje - nada mais sobrou.
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AO LADO: O progresso vai
chegando a Souzas e a ferrovia é um dos fatores do
desenvolvimento (O Estado de S. Paulo, 4/2/1916).
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AO LADO: Em 1948, a população
do bairro critica os bondes da linha (Folha da Manhã,
7/8/1948).
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ACIMA: Planta da vila de Souzas em 1939 (CLIQUE
SOBRE A FOTO PARA VÊ-LA EM TAMANHO MAIOR). A estação
está mais ou menos no centro do desenho, a oeste do rio (IGC
- Instituto Geografico e Cartografico, 1939).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa
local; Wanderley Duck; Henrique Anunziata; IGC - Instituto Geografico
e Cartografico, 1939; E. F. Sorocabana: Relatórios anuais,
1950-64; O Estado de S. Paulo: Há Um Século, 1/5/2009;
O Estado de S. Paulo, 1916; Guias Levi, 1932-65; Ramal Férreo
Campineiro: Relação oficial de estações,
1938) |
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A Parada da Rua Maneco Rosa em Souzas, em 1960, pouco antes
de sua desativação. Autor desconhecido |
A estação de Souzas depois de desativada. Autor
desconhecido |
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Atualização:
06.04.2016
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