Cia. Paulista
de Estradas de Ferro (1891-1960)
Bitola: 60 cm
Acima,
em dezembro de 1931, a estação de Porto Ferreira,
inicial do ramal. Do lado direito, a locomotiva que partia para
São Paulo na linha principal. à esquerda, a locomotiva
do ramal de Santa Rita. (Acervo Museu de Porto Ferreira)
Acima,
o último trem de passageiros do ramal partindo de
Vassununga, estação terminal, em 1960. (Acervo Ralph
M. Giesbrecht). Abaixo, horários do Guia Levi, em 1948 (Guia
Levi, julho/1948)
Veja também:
Estação de Santa Rita
do Passa-Quatro
Contato
com o autor
Indice
Nota: As informações contidas nesta
página foram coletadas em fontes diversas, mas principalmente
por entrevistas e relatórios de pessoas que viveram a época.
Portanto é possível que existam informações
contraditórias e mesmo errôneas, porém muitas
vezes a verdade depende da época em que foi relatada. A ferrovia
em seus 150 anos de existência no Brasil se alterava constantemente,
o mesmo acontecendo com horários, composições
e trajetos (o autor).
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Trem de passageiros da Cia. Paulista
que existiu entre 1891 e 1960, enquanto existiu a linha de bitola
estreita ('bitolinha") que ligava as estações de
Porto Ferreira, no ramal de Descalvado, da mesma ferrovia, e de Vassununga,
na extremidade do ramal de Santa Rita, seu nome oficial, e que tinha
cerca de 48 quilômetros.
Mapa
da linha (em preto e tortuosa), que começava em Porto Ferreira,
junto ao rio Mogi-Guaçu, mas na margem oposta. (IBGE, 1958)
Percurso: Ramal
de Santa Rita (Porto Ferreira-Santa Rita)
Origem da linha: O ramal
de Santa Rita foi construído por fazendeiros da região
e vendido à Cia. Paulista poucos meses antes de iniciar as
atividades (1891). Ligava originalmente as estações
de Porto Ferreira à de Santa Rita do Passa-Quatro, mas foi
depois prolongado até Moema, depois Bento Carvalho (1913),
e finalmente até Vassununga (1928). Foi desativado totalmente
em 1960.
O trem misto de Santa Rita passando pela ponte sobre o rio Mogy, em
1936. Do livro "História e Estórias de Porto Ferreira",
Flavio da Silva Oliveira, 2005.
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Percurso:
Porto Ferreira - Vassununga (ramal de Santa Rita)
Origem da linha:
P. Ferreira-Sta Rita: 1891
Sta Rita-Bento Carvalho:1913
B. Carvalho- Vassununga: 1928
O primeiro trecho foi construído ainda pela E. F. Santa Rita,
comprada em 1891 pela Cia. Paulista. Existem dúvidas se a E.
F. Santa Rita teria operado a linha antes de ser vendida. A linha foi
desativada em outubro de 1960 e os trilhos retirados logo depois. |
Comentários: O
ramal de Santa Rita corria praticamente por toda a sua extensão
dentro do município de Santa Rita do Passa-Quatro, na margem
direita do rio Mogi-Guaçu, que cruzava logo que partia da estação
inicial de Porto Ferreira.
Acima, o trem de passageiros, sempre misto, em Porto Ferreira, em
1917 (Foto Filemon Peres).
Tinha diversas estações, todas na zona rural, com exceção
da central de Santa Rita. Chegava até a Usina Vassununga, usina
de açúcar, e transportava também seus funcionários.
"O fato que me recordo bem mesmo, foi que
O trem
de passageiros chega a Vassununga, com dois carros apenas, em 1959.
(Acervo José Airton Fontes, de São Carlos, cedida por Manoel A. Silva
Neto, de Araraquara, SP)
embarcamos num
trem de bitola bem estreita, com certeza 0,60 m. A locomotiva a vapor
era bem pequena, parecia de brinquedo. Os carros bem estreitos, só
tinham um banco para 2 pessoas de um lado só, e do outro lado
já era o corredor" (Moacir Machado, 06/2005). Hoje,
do ramal, apenas restam as estações de Procópio
Carvalho, habitada, e a de Santa Rita, um museu, bem como duas locomotivas
em mau estado, quee também atendiam ao ramal Descalvadense,
em Perus (São Paulo, SP).
Último
trem de passageiros do ramal partindo de Santa Rita, em 1960 (Acervo
Ralph M. Giesbrecht).
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