Ramal de Sertãozinho
(São Paulo)

 

Cia. Mogiana/Fepasa (1899-1976)

Bitola: métrica


Acima, a estação do Barracão, nos anos 1990, construída para ser o ponto de saída do ramal, em 1900. (Foto EF Brasil). Abaixo, a estação do Pontal, em foto de 1998, ponto final do ramal até 1970, quando os trens da Mogiana passaram a percorrer todo o trecho até Passagem (Foto Ralph M. Giesbrecht).


Acima, a estação de Francisco Schmidt, em 2001, onde o trem manobrava para entrar e sair (Foto Ralph M. Giesbrecht). Abaixo, horários do trem do ramal, em 1951 (Guia Levi, dezembro de 1951).

Veja também:

Estação de Sertãozinho

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Nota: As informações contidas nesta página foram coletadas em fontes diversas, mas principalmente por entrevistas e relatórios de pessoas que viveram a época. Portanto é possível que existam informações contraditórias e mesmo errôneas, porém muitas vezes a verdade depende da época em que foi relatada. A ferrovia em seus 150 anos de existência no Brasil se alterava constantemente, o mesmo acontecendo com horários, composições e trajetos (o autor).

Trem de passageiros operado pela Mogiana e depois pela Fepasa entre a estação de Ribeirão Preto e a cidade de Pontal, desde 1899 até 1976, pelo ramal de Sertãozinho. Em 1970, os trens de passageiros passaram a seguir até a estação de Passagem, na linha-tronco da Cia. Paulista, sem baldeação em Pontal.

Percurso: de Ribeirão Preto a Pontal, no ramal de Sertãozinho.
Origem da linha:

Ribeirão Preto-Sertãozinho - 1899
Sertãozinho-F. Schmidt - 1907
F. Schmidt-Pontal - 1914
Pontal-Passagem - 1903, este construído pela Cia. Paulista

O ramal, um trecho de 42 quilômetros entre as estações de Ribeirão Preto e de Pontal, tinha composições próprias. Na verdade, os trens partiam da estação de Ribeirão Preto, e, a partir de 1965, da estação de Ribeirão-nova e Barracão, ponto inicial da linha em si, era apenas uma estação de apoio. Em Francisco Schmidt, onde a linha somente chegou em 1907, o trem fazia uma manobra, entrando de frente e saindo de ré, pois a linha para Pontal, esta construída em 1914, saía alguns metros antes da estação. Pontal, por sua vez, era da Paulista; lá chegava o ramal de Pontal, que depois, com a compra da E. F. Morro Agudo, que dali saía, foi prolongado até essa cidade. Os trens da Mogiana, então, chegavam até Pontal apensa, onde havia baldeação caso o destino do passageiro fosse Morro Agudo ou Passagem, esta já na linha-tronco da Paulista, pelo menos a partir de 1930. Em 1970, a Mogiana passou a operar a linha toda, de Ribeirão a Passagem.

Na viagem inaugural da litorina, ela aparece aqui na frente da estação de Pontal, em 1939. (Foto Revista de Ribeirão Preto, 1939)
Em 1939, a Mogiana, em crise financeira, apresentou aos usuários uma litorina, automotriz, para 50 pessoas, feita em suas próprias oficinas, para correr no curto trecho a "grande velocidade". Eram movidas a gasolina. Não se sabe por quanto tempo elas rodaram, mas a intenção era concorrer com os ônibus que já começavam a fazer o percurso entre as cidades da região. As composições de passageiros levavam cerca de 1h50m para fazer o trecho.