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Piraju
Cel. Francisco J. Leite
Sarutaiá
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: N/D
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Tramway Elétrico
Municipal de Piraju (1915-c.1934) |
CEL.
FRANCISCO JOAQUIM LEITE
Município de Sarutaiá?, SP |
Linha de Sarutaiá - km |
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SP-4453 |
Altitude: - |
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Inauguração: 15.08.1915 |
Uso atual: demolida? |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1915? |
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HISTORICO DA LINHA: O tramway
de Piraju, com cerca de 25 km, foi aberto ao tráfego em 1915 a partir
da estação ferroviária de Piarju, da Sorocabana
até a estação de bondes de Sarutaiá. Nela
trafegavam bondes elétricos da empresa americana Brill, que
também tinha vagões cargueiros durante o percurso, que
incluía uma ponte construída pelo filho do Presidente
americano Theodore Roosevelt, Kermit. Essa ponte ficava em nível
mais baixo que a cidade, no vale do rio Paranapanema, passando sobre
ele. Eduardo Guinle, da família controladora do porto de Santos,
foi o dono original da linha, que foi vendida em 1921 para Marcos
Rolim, um industriário regional, e em 1925 para a firma de eletricidade
da região, Companhia Luz e Força Santa Cruz - que era controlada pela
Corporação Votorantim de Sorocaba. Ambos os serviços de passageiros
e tráfico de carga em Piraju eram pesados e a CLFSC planejava comprar
vagões adicionais e estender a linha até Carlópolis no estado do Paraná.
Se construído teria sido a única estrada de ferro eletrificada interestadual
no Brasil (e teria envolvido uma ponte muito maior sobre o rio Itararé).
Um historiador local diz que o bonde fechou em 1931. O Guia Levi mostra
bondes ainda circulando da estação ferroviária até a cidade de Piraju
em sua edição de abril de 1937. Os registros da cidade declaram o
bonde oficialmente fechado em 2 de agosto de 1937. De qualquer modo,
1931 ou 1937, este foi o fechamento de bonde elétrico mais precoce
no Brasil. |
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A ESTAÇÃO: A estação de
bondes do Cel. Francisco J. Leite deve ter sido inaugurada
em 1915. Deve ter permanecido em pé e ativa até a extinção
dos bondes, entre 1931 e 1937. São muitas as dúvidas
com relação a ela. Pela fotografia tomada
abaixo, era um prédio de madeira.
Não se sabe se ainda
existe: é pouco provável. Em fevereiro de 1932, o Guia
Levi apontava a existência do bonde, mostrando oito estações
ou paradas para o transporte, em 25 km: além da estação
de Piraju da Sorocabana, havia a parada de Piraju-cidade,
a 10 min da Sorocabana e cerca de 3 km de distância. Ali o bonde
parava por 45 a 50 minutos, e depois prosseguia para as estações
ou paradas de: Neblina, km 6, a 10 min da estação
da cidade; Rubião Jr., km 10, a 20 min; Dona Maria,
km 14, a 40 min; Quilômetro 15, km 17, a 45 min; Santa
Maria, km 18, a 1 hora; Colonia, km 20, a 1h10; e finalmente Sarutaiá, km 25, a 1h20.
Veja que a estação de Cel. Francisco J. Leite não é citada - pelo menos não com o nome em que
ela aparece na fotografia.
No Guia Levi de maio de 1936, o bonde somente
fazia o percurso entre a estação da Sorocabana e a parada
de Piraju-cidade. Não seguia mais para Sarutaiá.
É possível que a interpretação de que
o bonde tenha cessado as operações em 1931 seja apenas
uma lembrança distorcida de um bonde que até fevereiro
de 1932 (pelo menos) seguia por todo o percurso e em 1936 já
fazia apenas um trecho curto até a estação do
centro da cidade de Piraju.
ACIMA: Na fazenda Santa Virgínia
passava o bonde de Piraju (Autor e data desconhecidos - coleção
Ernesto e Jaime Baptista).
(Fontes: Texto do "Histórico
da Linha": resumo de texto de Allen Morrison; Guias Levi, 1932-36;
coleção Ernesto e Jaime Baptista; Daisy de Morais: Arqueologia
da Arquitetura - Estação Ferroviária de Piraju
- Ensaio de Arqueologia da Arquitetura de Ramos de Azevedo, Ed. Habilis,
2007; IBGE, 1956; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht). |
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A estação, sem data e em foto de autor desconhecido |
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Atualização:
20.01.2019
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