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Indice de estações
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Ramal de Estrela:
Corvo
Estrela
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: N/D
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RFFSA (1980-1996)
ESTRELA
Município de Estrela, RS
Ramal de Estrela - km 13,805 (2009)   RS-3014
  Inauguração: 05.1980
Uso atual: desconhecido   com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1977
 
HISTORICO DA LINHA: Com discrepância de datas, o ramal ferroviário de Corvo, no Tronco Sul, a Estrela, foi inaugurado em 1969, 1977, 1978 ou 1980 (ver texto)? Hoje é pouquíssimo utilizado.
 
A ESTAÇÃO: Em 1924, um porto em Estrela com escadaria para permitir o acesso de passageiros havia sido inaugurado e era considerado o mais belo porto fluvial do rio Taquari. Na época, a navegação aceitava passageiros, mas não havia ligação ferroviária. A estação (na verdade, o novo porto) de Estrela foi inaugurada em 1969 pelo vice-presidente da República, Adalberto Pereira dos Santos, e era parte de um entroncamento rodo-hidro-ferroviário, alimentado tanto pelo rio quanto pela ferrovia e pelas estradas. A primeira carga embarcada no porto de Estrela foi somente em 1978, apesar da inauguração anterior. Estrela historicamente já era porto fluvial havia muitos anos. A abertura e inauguração do ramal ferroviário de Corvo a Estrela só ocorreu mesmo em maio de 1980. O ramal foi construído pela RFFSA e pelo 1o Batalhão Ferroviário. O ramal ferroviário que hoje parte de Corvo tem cerca de 15 quilômetros e apenas a estação terminal de Estrela. (Nota do autor: há discrepância de datas, ainda não esclarecidas) Segundo Alfredo Rodrigues, em 2009: "A construção deste porto fez parte do 'Corredor de Exportação de Rio Grande'. Sua função seria integrar a Ferrovia do Trigo-Roca Sales-Passo Fundo ao porto do Rio Grande. O trem carregado com soja vindo das regiões produtoras do noroeste do RS pela Ferrovia do Trigo acessariam o porto de Estrela através do ramal do Corvo (hoje Colinas). Em Estrela a soja seria transferida para chatas que através do rio Taquari-Jacuí-Lagoa dos Patos e por fim Rio Grande seria exportada pelo TTS-Terminal Trigo Soja. O TTS também fazia parte do Corredor de Exportação. A linha férrea Rio Grande-Cacequi foi toda remodelada para atender ao aumento do fluxo de exportação. De início, até que funcionou: cheguei a ver muitas chatas carregando soja chegando a Rio Grande. Com o tempo diminuiu muito o movimento. Hoje ainda parte da soja vem por chatas mas o grosso do transporte é feito por trem e caminhão. Quando estive no porto de Estrela, confesso que fiquei decepcionado. Deu para perceber que os equipamentos utilizados no transbordo de grãos estavam sucateados e que a principal função do porto seria a retirada e transporte de areia para a construção civil que possivelmente via Taquari abastece a região metropolitana de Porto Alegre. Inclusive, vi chatas que foram construídas para o transporte de grãos adaptadas para o transporte de areia grossa". Segue uma descrição do porto de Estrela, segundo o Rede Notícias - Órgão da Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima nº 25, de novembro de 1977: "Inaugurado o Terminal de Estrela - De acentuada importância para a economia de todo o sul e do País em geral, o Terminal Rodo-ferroviário de Estrela, no Rio Grande do Sul, inaugurado pelo Vice-Presidente da República no dia 10 de novembro de 1977, é o mais moderno da América do Sul, constituíndo um entroncamento fundamental para o escoamento das grandes safras agrícolas e de

ACIMA e ABAIXO: Porto de Estrela em 2009. Nestes pontos, não se vê sinais da infraestrutura ferroviária no conjunto (Fotos Alfredo Rodrigues).
mercadorias rumo ao Corredor de Exportação de Rio Grande. Tem ele como principal objetivo dotar a bacia Taquari-Antas, uma das mais férteis do Estado, de um moderno sistema de transporte conjugado (intermodal), ou seja, permite a integração da rede hidroviária à malha rodoferroviária gaúcha. O TERMINAL: Situado na cidade de Estrela, ponto final do estirão navegável do Rio Taquari, o entroncamento é escoadouro principal da produção de soja e trigo do interior, servido por vias terrestres que para ele convergem. O conjunto caracteriza-se pelo terminal graneleiro, cais acostável e de carga em geral e obras de infraestrutura, tendo sido custeado pela Portobrás que através de convênio, nele investiu cerca de Cr$ 40 milhões. Promovendo a conexão entre os sistemas ferroviário, rodoviário e hidroviário do Rio Grande do Sul, servirá diretamente a uma área que abrange 17 municípios das chamadas regiões da
Encosta da Serra, Planalto Médio e Missões, o cais tem 550 m de extensão e calado mínimo de 3 m, a capacidade estática do silo é de 40.000 T e a do armazém graneleiro de 10.000 t. A produção do sistema de transbordo-grão atinge a 400t/h e de 140t/h no caso de farelo. A área total do terminal de carga geral é de 70.000 m², a do armazém geral de 2.260 m², ocupando o terminal graneleiro outros 68.575 m². LINHAS FÉRREAS: A pavimentação é de dois tipos: flexível (asfáltica) e articulada (blocos pré-moldados de concreto armado), o primeiro utilizado nas áreas de circulação de veículos rodoviários e faixa de operação ao longo da crista do talude e o segundo, empregado nas áreas de estacionamento e nos locais paralelos às vias férreas. A via férrea projetada de acesso à faixa portuária ao longo do talude do cais graneleiro e linhas de serviço do porto de carga geral totalizam 1.200 m de extensão, com raio mínimo de 110 m em bitola métrica. Ao ato inaugural compareceram, além do Vice-Presidente, General Adalberto Pereira dos Santos, o Governador Sinval Guazzelli, o Ministro Dyrceu Nogueira, dos Transportes, o Comandante-interino do III Exército, General Antonio Carlos de Andrada Serpa e o Presidente da Portobrás, Arno Markus, dentre outros". A estação, aliás, nem fica no porto: fica em algum local longe do rio, provavelmente no caminho da linha para o porto (ver fotos da estação ao pé da página).
(Fontes: Alfredo Rodrigues, 2009; www.flickr.com/photos/ana_mdmr; ALL, 2009; Rede Notícias: Órgão da Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima, 1977; Gino Ferri: História do Rio Taquari-Antas, 1991; Tte. Cel. Emanuel Marcos Cruz e Prado: 10o Batalhão de Engenharia de Construção, 4a edição, p. 136, 2005)
     

O entroncamento rodo-hidro-ferroviário de Estrela. Foto do livro de Gino Ferri, História do Rio Taquari-Antas, 1991, pág. 238

A estação em 2009. www.flickr.com/photos/
ana_mdmr

A estação em 2009. www.flickr.com/photos/
ana_mdmr
     
     
Atualização: 20.09.2009
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.