Trem da Estrada Real (Paraíba do Sul)
(Rio de Janeiro)

 

Prefeitura de Paraíba do Sul (2003-2009)

Bitola: métrica.


Acima, a estação de Cavaru, em 09/2003, cheia de gente para ver o trem que não passava havia anos (Foto Carlos Latuff).

Acima, a estação de Werneck, também cheia de gente, em 09/2003 (Foto Carlos Latuff).

Acima, o trem fora de operação ao lado da estação de Paraíba do Sul, em 01/2004 (Foto Jorge A. Ferreira).

Veja também:

Estações da Linha Auxiliar

Linha Auxiliar


Trem Azul (Miguel Pereira)

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Nota: As informações contidas nesta página foram coletadas em fontes diversas, mas principalmente por entrevistas e relatórios de pessoas que viveram a época. Portanto é possível que existam informações contraditórias e mesmo errôneas, porém muitas vezes a verdade depende da época em que foi relatada. A ferrovia em seus 150 anos de existência no Brasil se alterava constantemente, o mesmo acontecendo com horários, composições e trajetos (o autor).

Trem turístico - o seu pomposo nome oficial é Trem da Estrada Real - que correu no mês de setembro de 2003, operado pela Prefeitura de Paraíba do Sul, entre a estação dessa cidade e a de Cavaru (RJ). O trem correu no final do mês de setembro, parou, voltou a correr em novembro, foi suspenso em setembro de 2004 e depois somente retomado em maio de 2005. Estava em operação e assim permanecia em janeiro de 2009. Foi fechado, porém, no mesmo ano. Percurso: Paraíba do Sul a Cavaru (parte da antiga Linha Auxiliar da EFCB)
Origem das linhas:

O trecho é parte da linha aberta pela E. F. Melhoramentos em 1898, linha esta encampada pela E. F. Central do Brasil em 1903, sob o nome de Linha Auxiliar. Por volta de 1965 passou a ser operada pela Leopoldina, e em 1975 pela RFFSA. Nos anos 1990 foi abandonada. A concessão atual é da FCA, que não a utiliza.
Em setembro de 2005: A linha utiliza carros e locomotivas antigas; o acervo de material rodante é particular e emprestado para sua utilização. De acordo com o jornal Extra de 25/9/2005, a viagem, de duas horas e 40 minutos, percorre 30 quilômetros, passando pelas estações de Werneck e Cavaru, em meio a belas paisagens. A ponte giratória, construída sobre uma rua, foi adaptada de um vagão-plataforma que veio da MRS.

Em dezembro de 2007: A locomotiva, uma 0-4-2, possivelmente Baldwin, pois está tão modificada que quase nada poderia identificá-la, além da caldeira e dos domos. Esta máquina pertence à fazenda Mato Alto (nº 148). "Dos dois carros um era da Central do Brasil e o outro da RVPSC que veio inicialmente de Santa Catarina para Cruzeiro, SP. A locomotiva 103 que era para estar rodando com estes carros não está operando" (Helio Gazeta, dezembro de 2007).

A viagem, em dezembro de 2007: logo após uns 2 quilômetros da saída, no meio de um grande corte em pedra, em uma forte rampa, o trem fica parado uns 15 minutos para fazer vapor. Em cada uma das 3 paradas, o trem tem de ficar uns 20 minutos ou mais para fazer vapor. Na volta, por ser só descida, não há paradas. Para ir e voltar os 14 quilômetros, leva em média 3 horas e meia! Deveria haver 3 viagens por fim de semana, sendo uma no sábado a tarde e outras duas no domingo. A via está boa. "Reservamos as passagens com mais de um mês de antecedência. Queríamos fazer o passeio no sábado à tarde e no domingo pela manhã. Mesmo com a reserva, fomos informados pela Secretaria de Turismo da Prefeitura que não haveria viagens neste fim de semana. Após a tradicional choradeira, resolveram fazer a viagem de domingo pela manhã. A viagem aconteceu com nós dois, um casal de velhinhos que desceu no caminho e um funcionário da prefeitura que estava a serviço, somente" (Coaraci Camargo, dezembro de 2007).


Acima, fora de operação, a composição aparece acima em 01/2004 (Foto Jorge A. Ferreira). Abaixo, o trem chegando em Cavaru, em 09/2003 (Foto Carlos Latuff).

Abaixo, em Cavaru, o trem sendo girado no virador por Coaraci Camargo, em 16/12/2007. Notar que agora o que roda é a locomotiva Baldwin e não mais a 138 (Foto Nilce Balieiro).