A B C D E
F G H I JK
L M N O P
Q R S T U
VXY Mogiana em MG
Indice de estações
...
Nina Ribeiro
Americano
Bahia
...
ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: S/D
...

 
E. F. Bragança (1885-1965)
AMERICANO
Município de Santa Isabel do Pará, PA
E. F. Bragança - km 52,495 (1960)   PA-4144
Altitude: 44 m   Inauguração: 1885
Uso atual: Creche (2008)   sem trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d
 
 
HISTORICO DA LINHA: Em 1616, quando Francisco Caldeira Castelo Branco aportou em Belém, já lá encontrou comerciantes batavos e ingleses. Com a cidade já estabelecida, açorianos também ali se instalaram e com isso outros núcleos foram surgindo, como Souza do Caeté, a futura Bragança. Para prover o abastecimento da região, já existia a cidade de São Luiz, no Maranhão, mas as comunicações por mar, por terra e por via fluvial eram difíceis. Ao longo do caminho, formaram-se pequenos povoados, como Castanhal, Igarapé-Açu, Timboteua e Capanema. Somente no último quarto do século 19 é que o Governo Provincial resolveu-se pela construção de uma estrada de ferro na região, quando esta já tinha produção agrícola razoável, mas uma imensa dificuldade de escoamento. A ferrovia deveria ligar Belem a São Luiz. Em 1870 já havia negociações nesse sentido. Após várias demoras e desistências, a obra começou em meados de 1883. Em 24 de junho de 1884 foi inaugurado o trecho inicial até a colônia de Benevides e em 1885, a Apeú. O trecho seguinte até Jambu-Açu, a 105 km de Belém, foi completado em 1897. Até 1907, a ferrovia avançou mais 31 km e em 1908 chegou a Bragança, seu objetivo mais importante: a essa altura, São Luiz era já um sonho numa estrada que não atingia 300 km de extensão. A ferrovia, sempre deficitária, tentou-se arrendar em 1900, mas, como o desenvolvimento na região por ela percorrida compensava os prejuízos, resolveu-se por um empréstimo externo no valor de 650 mil libras esterlinas. Finalmente, em 1923, a ferrovia foi repassada para a União e o Estado tornou-se seu arrendatário até 1936. A partir daí, passou de vez para administração federal. Em 1965, em péssimas condições de operação, fechou de vez.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Americano parece ter sido aberta com o trecho Benevides a Itaqui, em 1885. Junto a ela se estabeleceram

ACIMA: Estação e atual distrito de Americano, em mapa mostrando a situação dos núcleos de colonização em 1908. A estação de Americano atendia às colonias de Araripe, aberta em 1886, e de Ferreira Pena, aberta em 1898 (Revista Brasileira de Geografia, jul-set 1961).
as colônias de Araripe (1886) e de Ferreira Pena (1898). A parada do trem em Americano era rápida, segundo relatos de época. Há também a história de que os primeiros colonos que vieram para a colônia Araripe, em 1886, e que se recusaram a desembarcar, alegando falta absoluta de providências para alojá-los condignamente. Este fato é relatado como tendo ocorrido na estação seguinte, Apeú, e não em Americano, onde estava a colônia. Em 1896, o quadro de estações e paradas da linha era este. A linha chegava até Castanhal e tinha oito estações. A de Belém era a 1a e a de Americano, a 6a. Havia ainda 16 paradas, tudo isso em 75 km de linha-tronco (Folha do Norte, 29/2/1896). A estação se desenvolveu e hoje, com o nome de Americano (era chamada também de Vila Americano), é um distrito do município de Santa Isabel do Pará. "Pedro me dizia que o trem passava devagar na frente de sua casa aqui em Americano e seu pai aproveitava para jogar as cargas para dentro do vagão (e ele para morcegar). A estação de Americano está intacta. Até a placa esmaltada com o nome do lugar está inteira. Agora é uma creche com o nome de Irmã Dulce. A plataforma foi fechada com uma parede e incorporada à creche" (José Maria Quadros de Alencar, Blog do Alencar, 23/01/2008).
(Fontes: José de Alencar; SEPOF; Folha do Norte, 29/2/1896; Revista Brasileira de Geografia, julho-setembro de 1961; Guia Geral de Estradas de Ferro do Brasil, 1960)
     

Estação de Americano em janeiro de 2008. Foto José de Alencar

Estação de Americano, com o distico, em janeiro de 2008. Foto José de Alencar
     
     
Atualização: 03.03.2014
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.