A B C D E
F G H I JK
L M N O P
Q R S T U
VXY Mogiana em MG
...
(1875-1979)
Alfa
Cons. Martim Francisco
Tujucuê
...

Tronco CM-1935
...
ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2007
...
 
Cia. Mogiana de Estradas de Ferro (1892-1971)
FEPASA (1971-1979)
CONSELHEIRO MARTIM FRANCISCO
Município de Mogi-Mirim, SP
Linha-tronco original - km 61,713   SP-1145
Altitude: 588 m   Inauguração: 06.12.1892
Uso atual: sede de subprefeitura (2014)   sem trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d
 
 
HISTORICO DA LINHA: A linha-tronco da Mogiana teve o primeiro trecho inaugurado em 1875, tendo chegado até o seu ponto final em 1886, na altura da estação de Entroncamento, que somente foi aberta ali em 1900. Inúmeras retificações foram feitas desde então, tornando o leito da linha atual diferente do original em praticamente toda a sua extensão. Em 1926, 1929, 1951, 1960, 1964, 1972, 1973 e 1979 foram feitas as modificações mais significativas, que tiraram velhas estações da linha e colocaram novas versões nos trechos retificados. A partir de 1971 a linha passou a ser parte da Fepasa. No final de 1997, os trens de passageiros deixaram de circular pela linha.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Conselheiro Martim Francisco foi inaugurada em 1892, segundo a Mogiana. As datas divergem, no entanto (ver caixa de 1892, abaixo). A estação tinha sido construída no ano anterior (1891), "entre Ressaca e Mogi-Mirim, no lugar chamado "Julião", a igual distância daqueles dois pontos, para facilitar o cruzamento dos trens" (cf. relat. Mogiana, 14/04/
1891
) e foi oferecida à Mogiana por um grupo de fazendeiros e o seu nome foi dado por indicação do Sr. Arthur Prado de Queiroz Telles, em consideração aos serviços prestados pelo Conselheiro à região e à ferrovia, segundo o jornal O Estado de S. Paulo em sua edição de 15/11/1891 (veja também caixa de 1891, abaixo).

Embora o nome do local de construção da estação fosse Julião (como relatado acima), outro nome foi inicialmente sugerido para ela, Palhares (ver caixa de 4/9/1891, abaixo).

Como a maioria das estações da região, ela servia principalmente para embarque de café, mas, com a decadência dessa cultura na região de Serra Negra durante os anos 1950, passou a ser o centro de embarque do gado de toda a região, porque tinha uma armazém especial para esse fim.

Também existia, ao lado da estação, uma ferraria muito famosa, utilizada pelos mesmos proprietários para o seu gado. A ferraria existiu até o final de 2008, quando fechou.

"Esse distrito de Mogi Mirim fez parte da minha infância por longas jornadas de férias. Meus tios possuíam uma chácara bem em frente essa estação, e não tive como não me emocionar ao ver as fotos. Eu andei no trem de passageiros em 1978, sentido Mogi Mirim, tinha apenas 5 anos de idade, brinquei na marquise da estação, nos corredores laterais e dentro da estação" (Danilo Puchetti, 1/4/2009).

Em 1979, a estação ficou fora dos trilhos, com a conclusão do trecho retificado Guedes-Mato Seco.

O prédio ainda existia em 2014, algo descaracterizado, principalmente do lado da fachada, servindo como sede para a sub-prefeitura de Martim Francisco, distrito de Mogi-Mirim. Pode-se chegar ao distrito, e à estação, vindo da estrada Mogi-Mirim-Itapira, por asfalto, dirigindo por uns cinco quilômetros.

1889
AO LADO:
O Conselheiro morreu em 1885 em São Paulo (A Provincia de S. Paulo, 2/3/1889).

1891
AO LADO:
Um dos nomes propostos para a nova estação foi o de Palhares (O Estado de S. Paulo, 4/9/1891).

1891
AO LADO:
O pedido para uma agencia postal na estação (O Estado de S. Paulo, 15/11/1891).

1892
AO LADO:
Em novembro de 1892, a estação ainda não havia sido aberta e se-lo-ia "em poucos dias". Nom fim, parece que foi aberta somente um ano depois (O Estado de S. Paulo, 5/11/1892).

1901
AO LADO:
Com dez anos de atraso, durge outro pedido para uma agencia postal na estação (O Estado de S. Paulo, 12/3/1901).

1916
AO LADO:
O pedido para a parada dos trens noturnos na estação em 1916 (O Estado de S. Paulo, 10/2/1916).

1916
AO LADO: ... e a negação da Mogiana (O Estado de S. Paulo, 25/2/1916).


1921 - AO LADO: Fuga de gado do curral da estação (O Estado de S. Paulo, 27/6/1921).

1924
AO LADO: Acidente próximo à estação (O Estado de S. Paulo, 8/1/1924).


ACIMA: A tempestade deixou a linha pendurada próximo ao pátio de Conselheiro Martim Francisco em fevereiro de 1957 e Antonio Adorno, morador próximo, conseguiu correr e avisar o trem que vinha de Mogi-Mirim que teve tempo suficiente para parar antes de desabar no precipício (A Noite Ilustrada, 6/2/1957).

ACIMA: Esquema do pátio de Conselheiro Martim Francisco em novembro de 1968 (Clique sobre a figura para ter maiores informações) (Acervo Museu da Companhia Paulista, Jundiaí, SP - Reprodução Caio Bourg).

(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Vanderlei Zago; Carlos Missaglia; Danilo Puchetti; Museu da Companhia Paulista, Jundiaí; O Estado de S. Paulo, 1891, 1892, 1916 e 1924; Cia. Mogiana: Relatórios anuais, 1874-1969; Diário da Manhã, Ribeirão Preto, 1979; IBGE, 1956; Mapas - acervo R. M. Giesbrecht)
     

A estação de C. M. Francisco, c. 1910. Foto do álbum da Mogiana

Ao lado, a estação de Cons. Martim Francisco, nos anos 1960. Acima, embarque de gado na estação, com o prédio ao fundo. Coleção Carlos Missaglia

A velha estação, em 03/02/1999. Foto Ralph M. Giesbrecht

A velha estação, em 03/02/1999. Foto Ralph M. Giesbrecht

A estação em 19/5/2007. Foto Ralph M. Giesbrecht

A estação em 19/5/2007. Foto Ralph M. Giesbrecht

A estação em 19/5/2007. Foto Ralph M. Giesbrecht

A estação em 19/5/2007. Foto Ralph M. Giesbrecht

A estação em 2014. Foto Vanderlei Zago
   
     
Atualização: 05.12.2020
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.