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São Lourenço do Turvo
Itápolis
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ramal de Itápolis-1935
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2000
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C. E. F. do Dourado
(1915-1949)
Cia. Paulista de Estradas de Ferro (1949-1966) |
ITÁPOLIS
Município de Itápolis, SP |
Ramal de Itápolis - km 27,115
(1929) |
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SP-1398 |
Altitude: 501,000 m |
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Inauguração: 14.10.1915 |
Uso atual: demolida |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1918 (já demolido) |
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HISTORICO DA LINHA: O
ramal de Itápolis foi construído em 1915 a partir de Tabatinga, em
bitola de 0,60 metros. A autorização para o seu alargamento somente
foi conseguido em 1920, e a linha métrica acabou por ser aberta em
1922. Era um ramal curto, com apenas duas estações, mas altamente
rentável, visto que a estação de Itápolis respondia por mais de trinta
por cento do faturamento de cargas da E. F. Dourado. O ramal operou
até o final de 1966, quando foi suprimido. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Itápolis foi inaugurada em 1915, como uma dependência
dentro do armazém de cargas, para ser o terminal do ramal,
então construído com bitola de 0,60 m.
Até pelo menos 1911, quatro anos antes da inauguração
da estação, a cidade se chamava Pedras. Este
ramal, apesar de curto, tornou-se altamente rentável, com as
cargas movimentadas na estação respondendo por mais
de 30% do faturamento de cargas da ferrovia.
Somente em 01/08/1918 é que a estação definitiva,
"elegante", foi inaugurada, e apenas em 1922 a linha
de bitola métrica finalmente chegou até a estação.
Por muitos anos, permaneceram os planos da Dourado para fazer o prolongamento
do ramal até Novo Horizonte a partir de Itápolis,
sendo que, em 1923, o leito do prolongamento já estava pronto,
apenas aguardando a colocação de trilhos
e dormentes, e assim ficou por muito tempo, até que, em 1929,
houve a decisão de se continuar a linha para Novo Horizonte
por Ibitinga, e não mais por Itápolis.
A estação era considerada, no final da década
de 1920, como uma das três melhores e mais bonitas da Dourado,
ao lado das de Jaúdourado e de Dourado, o que,
na verdade, não podia ser considerado grande vantagem,
pois o restante das estações era considerado pela própria
Dourado como feias, mal conservadas e construídas com material
"ruim", em sua maioria.
Em 1949, a Paulista comprou a CEFD e passou a administrar a estação.
Em 16 de dezembro de 1966 (consta também que o fato teria ocorrido três
meses antes, em 16 de setembro), o ramal e a estação foram fechados
definitivamente. Nesse dia, o último trem de Itápolis
precisou voltar de ré até Tabatinga, porque a Cia. Paulista havia desmontado o depósito de locomotivas e o virador da estação
dois dias antes...
A estação, anos depois, foi demolida, e hoje nada resta dela, que
ficava na parte mais alta da cidade: o prédio do super-mercado Gimenes
ocupa o histórico espaço que um dia teve um movimento enorme de trens.
O ramal que ligava Itápolis a São Carlos
era realizado diariamente por uma composição mista, ou seja,
carga e passageiros, saindo com destino àquela cidade
às 6 horas da manhã e retornando por volta das 18 horas.
A estação, que ficava onde hoje é a praça Roberto Del Quercio,
estendia seus armazéns na Rua José Rossi, na quadra onde estão
localizados os carrinhos de lanches. Seus trilhos prosseguiam
até a confluência da Av. Dr. Eduardo Amaral Lyra. Nesta esquina
terminava o ramal. Além do transporte de passageiros, a composição
levava e trazia um grande volume de carga, carregando principalmente
café, que era nossa principal fonte de renda. Como em Itápolis
existiam grandes máquinas de beneficiar café, nosso produto
era de excelente qualidade e movimentava bastante os armazéns
da ferrovia. Quando havia um grande embarque, chegava até
a ser ponto de atração para as pessoas que para ali se dirigiam
para assistir ao trabalho dos carregadores. Uma das atrações
era ver o Luizão carregar de uma só vez 2 sacos de 60 quilos
na cabeça. À tarde, quando a composição chegava, o movimento
de carroças, charretes de aluguel, carros de praça à espera
de passageiros era grande, além de moleques que esperavam
a hora da manobra do trem para "pegar uma pindura"
nos vagões. Em 15 de setembro de 1966, Itápolis ouviu pela
última vez o apito da composição. Puxada pela locomotiva 608,
os dois carros de passageiros fizeram a viagem sem volta,
arrancando a antiga Douradense de Itápolis por ordem do então
governador Laudo Natel. Quando o trem se foi, apitando pela
última vez deixou uma saudade no coração dos itapolitanos.
O apito do chefe da estação autorizando a partida do trem
e a resposta do apito da locomotiva que partia sem volta será
para sempre lembrado (Transcrito com modificações
de reportagem do jornal O Itapolitano, março de 1994). |
1915
AO LADO:
Anúncio da inauguração da estação
(O Estado de S. Paulo, 11/10/1915). |
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1917
AO LADO: Trens mistos diários para a estação
(O Estado de S. Paulo, 10/1/1917). |
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1920
AO LADO: Revolta contra a CD na cidade, O que teria acontecido?
(O Estado de S. Paulo, 1/2/1920). |
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1938
AO LADO:
Na época, a linha era o fim da cidade. Terrenos
vagos do outro lado eram comuns (O Estado de S. Paulo, 3/12/1938).
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ACIMA: Estação de Itapolis, sem data (FB/Cidade das Pedras, cessão Domingos Carnesecca].
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1947
AO LADO:
Gado e café eram embarcados na estação
de Itápolis em 1947 (Folha da Manhã, 10/8/47).
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ACIMA: Mapa da cidade de Itápolis
nos anos 1960, mostrando o já erradicado leito do ramal de
Itápolis. CLIQUE SOBRE A FIGURA PARA VE-LA EM TAMANHO E
ÁREA MAIORES (IBGE).
ACIMA: Na estação
de Itápolis, o que deve ser o último trem que chegou a ela
em 1966. Já era Paulista, a Dourado era saudade (Acervo Museu
de Itápolis).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Alberto
Del Bianco; Sérgio Martire; Lucas Nori; Facebook/Cidade das Pedras; O Itapolitano, 1994;
O Estado de S. Paulo, 1915 e 1938; Folha da Manhã, 1947; C.
F. do Dourado: relatórios anuais, 1900-48; Mapa - acervo R.
M. Giesbrecht) |
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Plataforma da estação de Itápolis em 1919.
Foto cedida por Alberto Del Bianco |
Plataforma da estação de Itápolis em 1919.
Foto cedida por Alberto Del Bianco
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Fachada da estação de Itápolis, em 1920.
Foto do acervo de Celso Poli, cedida por Alberto del Bianco |
À esquerda: a estação em 1949. Foto cedida
por Sérgio Martire |
Plataforma da estação, sem data. Foto cedida por
Alberto Del Bianco |
A estação, sem data. Foto de José Sene,
Museu de Itápolis, cedida por Alberto Del Bianco |
Estação de Itápolis, sem data. Foto Francisco
Pereira, cedida por Alberto Del Bianco |
Em 1966, 16 de dezembro: o último trem deixa a estação.
Foto cedida por Alberto Del Bianco |
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Atualização:
03.09.2023
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