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E. F. Itapura-Corumbá
(1912-1917)
E. F. Noroeste do Brasil (1917-1975)
RFFSA (1975-1996) |
AQUIDAUANA
Município de Aquidauana, MS |
Linha-tronco - km 1022,779 (1959) |
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MS-1613 |
Altitude: 143 m |
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Inauguração: 21.12.1912 |
Uso atual: desconhecido (2016) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1964 |
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HISTORICO DA LINHA: A
E. F. Itapura a Corumbá foi aberta a partir de 1912, entrte
Jupiá e Agua Clara e entre Pedro Celestino e Porto Esperança,
deixando um trecho de mais de 200 km entre as duas linhas esperando
para ser terminado, o que ocorreu somente em outubro de 1914. A partir
daí, a linha estava completa até o rio Paraguai, ao
sul de Corumbá, em Porto Esperança; somente em 1952
a cidade de Corumbá seria alcançada pelos trilhos. Logo
depois da entrega da linha, em 1917, a ferrovia foi fundida com a
Noroeste do Brasil, que fazia o trecho inicial no Estado de São
Paulo, entre Bauru e Itapura. E em 1975, incorporada como uma divisão
da RFFSA, foi finalmente privatizada sendo entregue em concessão
para a Novoeste, em 1996. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Aquidauana foi inaugurada em 1912. Originalmente a linha
deveria ter chegado a Aquidauana correndo pela margem esquerda
(sul) do rio do mesmo nome; o estudo do engenheiro Guilherme Giesbrecht
entregue em 3/11/1909, feito em 43 dias locando 76 km de leito, mostrou
que esse seria o pior caminho. A linha, então, chega de Cachoeirão
a Aquidauana passando sempre pela margem direita do rio, cruzando-o
duas vezes, a primeira vez entre as estações de Palmeiras
e Cachoeirão e a segunda, logo após a estação
de Aquidauana.
Em 31 de julho de 1962, a Noroeste anuncia que instalará em
Aquidauana uma fábrica de tratamento de dormentes para tratar
300 mil unidades por ano.
Em agosto de 1964, foi inaugurado o prédio atual da estação.
Carros de passageiros da antiga RFFSA enferrujavam
nos pátios da estação em 2004.
A perspectiva de reativação do Trem do Pantanal entre
Campo Grande e Corumbá, a partir de 2005, pelo
Governo do MS e da Brasil Ferrovias / Novoeste, fez com que o jornal
O Estado de S. Paulo de 10/10/2004 publicasse uma reportagem
sobre a futura volta do trem. Ali fala sobre a situação
atual da estação de Aquidauana: "Aqui
os trilhos seguem por uma alameda arborizada, até a estação,
em bom estado e fechada. Dois meses atrás, ela abrigava a loja
de móveis de Wander Erani. A loja foi para um depósito
de carga vizinho. "A ferrovia pediu a estação",
diz Wander".
Em outubro de 2006, os desvios do pátio foram retirados (o
que o texto chama de "segunda linha"): "Os trilhos
da segunda linha férrea existente na estação ferroviária de Aquidauana,
a 135 quilômetros de Campo Grande, estão sendo retirados por operários
da empreiteira que presta serviço para a Nova Brasil Ferrovias. A
estrada de ferro foi responsável pelo surgimento e pelo progresso
do município. A atitude da concessionária revoltou o Sindicato dos
Ferroviários local. O sindicalista Manoel Vieira Neto afirma que o
desmanche da linha é grave porque todo o material é patrimônio público
que deveria ser conservado e não sucateado, criticou. Conforme o sindicato,
a situação se torna mais grave porque os trilhos serão fixados em
trechos em que a linha deteriorou-se por falta de substituição do
material.
Estão desmanchando aqui para colocar esses trilhos lá no Carandazal
(Pantanal) que tem um dos trechos mais críticos, com grande número
de acidentes por falta de conservação, assegurou Manoel, diretor regional
do sindicato. Mais de 500 metros de trilhos já estão soltos da estrutura
de madeira. Talas de junção e pregos (usados na fixação dos trilhos
nos dormentes) estão amontoados, prontos para serem transportados.
Três gôndolas, que seriam para o transporte do material, já estão
no pátio da estação. Para o sindicato, a retirada da linha vai inviabilizar
a remoção de dezenas de vagões e carros de passageiros que estão abandonados,
há 10 anos, na área retomada pela prefeitura.
No local, o município iniciou a limpeza para a construção de um centro
de convenções e um centro para comercializar produtos importados.
Resta saber como irão retirar os vagões uma vez que a linha foi desmanchada,
questiona Manoel. Atualmente, a estrada de ferro é administrada pela
ALL (América Latina Logística). A manutenção dos trilhos é feita por
empreiteiras. Restaram apenas 30 dos 430 funcionários que a Novoeste
mantinha em Aquidauana, para trabalhar na via permanente da RFFSA,
privatizada em 1996" (Correio do Estado, 10/2006).
Em novembro de 2008, carros de passageiros
continuam no pátio da estação abandonados.
No início de 2009, esses carros foram transferidos para a periferia
da cidade. Em 16 de outubro desse mesmo ano foram incendiados.
O trem turístico do Pantanal começou a operar em maio
de 2009 e acabou em 2015.
Em 5 de setembro de 2016, o antigo depósito da estação
sofreu um incêndio; estava servindo como depósito da
prefeitura local.
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1924
AO LADO: Bêbado pula do trem
(O Estado de S. Paulo, 17/11/1924).
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ACIMA: Em primeiro plano, o depósito
provisório de locomotivas em Aquidauana, em 1914. Ao fundo,
à direita, a estação (Acervo Ralph M. Giesbrecht).
ACIMA: Neste mapa de 2003, a posição de diversas
estações, inclusive a de Aquidauana, quando das tentativas
de instauração do Trem Turístico do Pantanal
(O Estado de S. Paulo, 16/8/2003).
ACIMA: (esquerda) Trem de passageiros, sentido
Bauru, no pátio de Aquidauana. (direita) Oficinas ferroviárias
de Aquidauana (Fotos Luiz Moraes, setembro de 1994). ABAIXO:
Incêndio em 5 de setembro de 2016 destrói parcialmente
o antigo depósito (O Pantaneiro, 6/9/2016).
(Fontes: José H. Bellorio; Willian
Ney Portela; Alberto del Bianco; Gelson Garcia; Guilherme Giesbrecht:
Currículo, 1947; O Pantaneiro, 2016; A Noite, 8/8/1964; Brazil
Ferrocarril, 1914; O Estado de S. Paulo, 1924, 1/8/1962 e 2003; Correio
do Estado, 2006; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960;
IBGE, 1959) |
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A estação de Aquidauana, em 1933. Foto José
H. Bellorio |
A inauguração da estação nova de
Aquidauana, em 1964. Foto cedida por José H. Bellorio |
A nova (atual) estação de Aquidauana, em 1964.
Foto José H. Bellorio |
A placa da estação, em julho de 1979. Acervo Alberto
del Bianco |
Carros enferrujando em Aquidauana, maio de 2004. Foto Gelson
Garcia |
A estação de Aquidauana ao fundo, maio de 2004.
Foto Gelson Garcia |
A estação restaurada em 2/8/2010. Foto Willian
Ney Portela |
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Atualização:
26.12.2021
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