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VXY Mogiana em MG
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Santa Adelaide
Parada Rocha
Morro do Alto
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ramal de Itararé-1935

IBGE-1960
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: S/D
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E. F. Sorocabana (?-1971)
FEPASA (1971-1998)
PARADA ROCHA
Município de Itapetininga, SP
Ramal de Itararé - km ?   SP-4420
    Inauguração: 1907
Uso atual: demolida   com trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d
 
HISTORICO DA LINHA: O ramal de Itararé começou a ser construído em 1888, partindo da estação de Boituva, mas somente em 1895 chegou a Itapetininga, com extensão de 65 km. Somente em 1905 as obras foram retomadas, e em abril de 1909, a estrada chegou finalmente a Itararé. Sempre crescendo em importância por causa de sua ligação com o sul, o ramal passou a sair da estação nova de Santo Antonio - hoje Iperó - em 1928, aproveitando as obras de retificação e duplicação da linha-tronco, diminuindo o trecho em 23 km. Em 1951, a linha foi eletrificada até Morro do Alto. Em 1960, até Itapetininga e não passou daí. Em 1978, o tráfego de passageiros no ramal foi extinto. Em 1973 foi construído, de Itapeva, um ramal para Apiaí, e desse, outro para Pinhalzinho, que encontrava a nova linha que vinha da região de Curitiba. O trecho a partir de Itapeva acabou desativado depois que o trecho paranaense até Jaguariaíva foi suprimido, nos anos 1990. Entretanto, em 22/12/1997, o trem de passageiros, voltou a funcionar, desta vez entre Sorocaba e Apiaí. O trem, com algumas interrupções, funcionou até fevereiro de 2001. O trecho entre Itapeva e Itararé teve os trilhos arrancados em 2001. Hoje, apenas algumas estações ainda funcionam como escritórios sob a administração da ALL.
 
A ESTAÇÃO: "A Parada Rocha ficava entre as estações de Santa Adelaide e Morro do Alto no Km 177; o nome da parada devia-se à minha família que lá próximo residia: meu avô, Francisco Antonio Rocha (1874-1962) e meu pai João Ayres Rocha (1903-1976) e eu, que também morei lá até meus 10 anos. Meu pai era dono do sítio que faz divisa com a ferrovia onde ficava a parada, hoje o sítio é

ACIMA: Km 177, próximo à parada Rocha, em agosto de 2008 (Foto Mauro B. Rocha).
do meu irmão João. Em agosto de 2008 eu tirei algumas fotos do que restou: o quebra-corpo e uma caixa d'água, sendo que nesta última estão eu e meus filhos Maurinho e Gabriel. Infelizmente o Maurinho, o de óculos de sol, morreu em dezembro de 2008. A respeito da caixa d'água ela não pertencia à ferrovia: foi meu pai que a fez, e está a poucos metros do local onde ficava a parada. Meu pai tambem foi homenagiado com a nome da principal rua do Distrito de Morro do Alto
" (Mauro Balmiza da Rocha, 12/2009). A parada, um estribo provavelmente, não consta das relações da Sorocabana, Guia Levi ou outros guias pesquisados. "Conversei com meu pai sobre a parada. O que ele fala: 'Como esta existiram inúmeras outras paradas no ramal de Itapetininga, no tronco, na linha de Jurubatuba, etc. Eram paradas para coleta de insumos, como leite e embarque/desembarque de crianças escolares, além de trabalhadores do trecho. Não eram paradas que constassem dos guias e horários formais e os trens autorizados a parar eram poucos. Somente os trens mistos ou paradores. Diz que tais trens eram conhecidos como leiteiros". Já o próprio Carlos comenta: "Não me lembrava desta parada, mas me lembro de ver em diversos pontos pequenas plataformas feitas com dormentes, em geral. Como sempre viajava no P3 para Itapetininga, era claro que não via estes pontos, pois este trem não parava ali. No tempo FEPASA, entre 1972 a 1977, havia um trem misto, MS6, que saía de Itapetininga aos domingos e feriados às 16h55 para conectar com o P4 em Iperó. Embora de prefixo misto, raramente era conectado com vagões de carga. Ele fazia parada nos pontos pré-determinados (estação ou parada), de acordo com a demanda, havendo passageiros para embarque/desembarque. Como, em geral, era apenas um carro, o chefe do trem sabia o destino de todos os passageiros. Se houvesse alguém para desembarcar em tal local, ele acenava com um pano vermelho para o maquinista, indicando que deveria parar. Sem o sinal do chefe e não havendo passageiros na parada, o trem passava direto. Agora, nas estações, com ou sem passageiros, a parada era obrigatória. Uma lembrança que me veio agora, foi de uma viagem que o trem saiu com cerca de 10 vagões e um carro na cauda. O maquinista tinha dificuldade em ver os sinais do chefe quando alguma parada ou estação ficava em curva, pois tinha que puxar o trem até que o carro parasse na plataforma. Então, a locomotiva ficava fora de visão para o chefe e o carro fora de visão para o maquinista. Quando a viagem entrava noite adentro, o pano vermelho já não servia para nada. Entrava em ação, a lanterna, item obrigatório de todo chefe/ajudante de trem" (Carlos R. de Almeida, 24/12/2009). Segundo Balmiza, a parada era uma construção em alvenaria em formato de “u” medindo mais ou menos 6 por 6 metros com bancos em alvenaria, coberta com telha de fibrocimento e a estrutura do telhado era de metal e madeira tinha plataforma que deveria medir uns 20 metros.
(Fontes: Mauro Balmiza da Rocha, 2009; Carlos Roberto de Almeida, 2009; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

Guarda-corpo junto à parada em 8/2008. Foto Mauro B. Rocha

Caixa d'água junto à parada em 8/2008. Foto Mauro B. Rocha
     
     
Atualização: 06.08.2010
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.