A ESTAÇÃO: A estação do Cabedelo foi inaugurada em 1889 pela Conde D'Eu Railway Company Limited.

O trecho da Capital, então chamada de Paraíba, ao porto de Cabedelo foi bastante controverso, pois alguns não queriam a instalação da estação ali, pois isso impossibilitaria o maior tráfego no porto do Capim, na Capital (ver caixa abaixo, de 1883).

Mas com a criação do porto de Cabedelo em 1886, sendo este maior que o do Capim, houve a tendência de um maior escoamento dos produtos paraibanos para o novo porto. Devido à disputa entre o Capim e Cabedelo, houve uma maior demora em concluir a ligação Paraíba-Cabedelo, numa extensão de apenas 18 km.

Atualmente, existe um único trecho de tráfego de passageiros no Estado, ligando a região metropolitana de João Pessoa ao porto de Cabedelo. A estação atende os trens metropolitanos da Paraíba como ponto final. É uma das poucas estações do ramal que ainda mantém o estilo do tempo em que atendia a trens de longo percurso (não é, entretanto, a estação original de 1889).

Saindo da estação, ainda existe um ramal que servia para que os cargueiros que chegassem na estação pudessem seguir até o porto, mas o seu estado indica que já não é usado há décadas (ver caixa abaixo, de 2021).


ACIMA: Em 1883, a Assmbleia da Provincia da Parahyba do Norte não queria unir a Capital com o porto de Cabedelo para dar preferencia a outro porto, o do Capim, que já funcionava com bastante carga nesta época e, aparentemente, também dar preferencia ao prolongamento da ferrovia para o interior (A Provincia de S. Paulo, 18/10/1883).

ACIMA: Regulamento de descarga do porto de Cabedelo poucos meses após a inauguração da estação no porto, em 1889. CLIQUE NA FIGURA PARA VER A REPORTAGEM INTEIRA (Gazeta do Sertão, 2/8/1889).

ACIMA: Em 1906, jornalistas posando na plataforma da velha estação de Cabedelo (O Malho, 25/8/1906).

ACIMA: Ramal que sai da estação de Cabedelo em 2021, não mais utilizado (Foto Rodrigo Henrique em 29/07/2021).

(Fontes: Silvio Rizzo, 2022; Rodrigo Henrique Jônatas Rodrigues; Gazeta do Sertão, 1889; Guias Levi, 1932-84; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960)