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Q R S T U
VXY Mogiana em MG
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Rio das Almas
Teixeira Soares
Diamantina
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IBGE - 1960

RVPSC - 1935
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: S/D
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Cia. E. F. S. Paulo-Rio Grande (1900-1942)
Rede de Viação Paraná-Santa Catarina (1942-1975)
RFFSA (1975-1996)
TEIXEIRA SOARES
Município de Teixeira Soares, PR
linha Itararé-Uruguai - km 325,379 (1936)   SC-0401
Altitude: 918 m   Inauguração: 01.01.1900
Uso atual: em pé; uso desconhecido (2015)   com trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d (já demolido)
 
 
HISTORICO DA LINHA: A linha Itararé-Uruguai, a linha-tronco da RVPSC, teve a sua construção iniciada em 1896 e o seu primeiro trecho aberto em 1900, entre Piraí do Sul e Rebouças, entroncando-se em Ponta Grossa com a E. F. Paraná. Em 1909 já se entroncava em Itararé, seu quilômetro zero, em São Paulo, com o ramal de Itararé, da Sorocabana. Ao sul, atingiu União da Vitória em 1905 e Marcelino Ramos, no Rio Grande do Sul, divisa com Santa Catarina, em 1910. Trens de passageiros, inclusive o famoso Trem Internacional São Paulo-Montevideo, este entre 1943 e 1954, passaram anos por sua linha. Os últimos trens de passageiros, já trens mistos, passaram na região de Ponta Grossa em 1983. Em 1994, o trecho Itararé-Jaguariaíva foi erradicado. Em 1995, o trecho Engenheiro Gutierrez-Porto União também o foi. O trecho Porto União-Marcelino Ramos somente é utilizado hoje eventualmente por trens turísticos de periodicidade irregular e trens de capina da ALL. O trecho Jaguariaíva-Eng. Gutierrez ainda tem movimento de cargueiros da ALL.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Teixeira Soares, o grande nome da ferrovia no Estado do Paraná, foi inaugurada em 1900. A região em volta da estação chamava-se na época Boa Vista, mas a estação já foi aberta com o nome do já famoso engenheiro, que, não por acaso, era diretor e acionista da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande.

"A construção da estrada de ferro na localidade trouxe muitos empregados e forasteiros. A população da vila aumentava. Terrenos eram vendidos aos novos moradores pelo capitão Ogero Dias à base de 40 a 50 mil réis o alqueire. Inaugurada a estação ferroviária, chegam à vila o capitão João Negrão Junior, vindo de Morretes, José Antonio Bueno e Martin Wytkoski, entre outros. Em 1905, chega Antonio Maria Correia de Sá e, no ano seguinte, Manoel de Azevedo Machado. O setor ervateiro ganha impulso em 1908, quando o coronel João Ribeiro de Macedo montou o primeiro engenho de serrar, juntamente com um soque de erva, confiando a direção do empreendimento ao filho Manoel de Azevedo Macedo. Com transporte facilitado, pela passagem da ferrovia, logo a exploração madeireira teve início. No início do século XX, um pinheiro de vinte polegadas valia muito. O embarque da madeira era feito em qualquer ponto da linha férrea" (João Quaquio, 2008).

Em volta da estação foi-se criando um arraial, que, em 26/03/1917, tornou-se município, vivendo de serrarias e hervais. A igreja foi construída com fundos dados pelo próprio Teixeira Soares.

Da estação, ou próximo a ela, saíam pelo menos três desvios, em 1936: o de Teófilo Cunha, o de Aldo Vergani e um do Banco do Estado do Paraná.

Em 2003 a estação estava num estado de abandono que não condizia com as obras realizadas e a fama de Teixeira Soares. Um caso gritante de descaso tanto da prefeitura local, como da própria população. Enquanto que em Fernandes Pinheiro, mais adiante, encontrávamos uma estação reformada, cuidada, aqui nem sequer uma foto decente pôde ser feita, em função do propício local achado pelo pessoal da propaganda do conjunto que faria um show na cidade. Ao invés de "Teixeira Soares" a fachada da estação portava o cartaz do "Terceira Dimensão". Verdadeira aberração.

Em 2015, a situação do prédio era melhor. Não se sabia sua utilidade.


ACIMA: A estação em 1909 (Fon-Fon, 17/4/1909).


ACIMA:Desvio existente próximo à estação de Teixeira Soares, no km 324, chamado de Desvio Teófilo Cunha, de Teófilo Cunha & Cia. O trem de passageiros que passa está na linha principal; a linha não ocupada, ao centro da foto, é o desvio, ao lado de uma pilha de madeiras (Foto de autor desconhecido, em 1924).

ACIMA: A estação em 2006, como sede da AGRODIB (Foto Carlos Roberto de Almeida).

(Fontes: Nilson Rodrigues; Vitor Hugo Langaro; Paulo R. Stradiotto; Carlos Roberto de Almeida; João Quaquio; Acervo Carlos Cornejo; Fon-Fon, 1909; RVPSC: Horário dos Trens de Passageiros e Cargas, 1936; RVPSC: Relatórios oficiais, 1920-60; IBGE, 1960; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960;
Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

A estação por volta de 1928. Autor desconhecido

A estação em 27/12/1998. Foto Carlos R. Almeida

Estação de Teixeira Soares, em 07/2003. Foto Nilson Rodrigues

Estação de Teixeira Soares, em 07/2003. Foto Nilson Rodrigues

Estação de Teixeira Soares, em 07/2003. Foto Nilson Rodrigues

A estação em 23/11/2008. Foto Paulo R. Stradiotto

A estação em 23/11/2008. Foto Paulo R. Stradiotto

A estação em 2015. Foto Vitor Hugo Langaro

A estação em 21/3/2019. Foto Alejandro Polvorines
     
Atualização: 07.06.2019
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.