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          | E. F. Oeste de Minas 
            (1891-1931) Rede Mineira de Viação (1931-1965)
 V. F. Centro-Oeste (1965-1967)
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          |  ITAPECERICA Município de Itapecerica, MG
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          | Ramal de Itapecerica - km 347,287 
            (1960) |  | MG-0079 |   
          | Altitude: 776 m |  | Inauguração: 01.04.1891 |   
          | Uso atual: demolida |  | sem trilhos |   
          | Data de construção do 
            prédio atual: n/d |   
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          | HISTORICO DA LINHA: O 
            ramal de Itapecerica foi aberto em 1891 pela E. F. Oeste de Minas, 
            saindo da estação de Gonçalves Ferreira, na linha 
            da Barra do Paraopeba, e fechado em 17/01/1967, já pela Viação 
            Férrea Centro Oeste (VFCO). Tinha pouco mais de 35 quilômetros 
            e três estações. |   
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          | A ESTAÇÃO: A estação 
            de Itapecerica foi inaugurada em 1891 como ponta do ramal do 
            mesmo nome. 
 Em 1931, quando da formação da RMV, havia um projeto 
            para ligar a estação de Itapecerica à 
            de Formiga, esta na que passaria a ser a linha-tronco da nova 
            ferrovia (Angra-Goiandira).
 
 A estação, desativada em 1967, foi demolida. Em seu 
            lugar construíram a estação rodoviária 
            da cidade.
 
 
  ACIMA: Nos bons tempos, na estação 
            de Itapecerica, funcionários da ferrovia e possivelmente curiosos 
            posam para a posteridade num local que hoje não existe mais 
            (Autor desconhecido. Época da foto: provavelmente anos 1910).
 
 
              
                | Capistrano de Abreu, 
                  escritor e poeta cearense, percorreu em 1918 boa parte da EFOM 
                  então existente. Ele relata a viagem, onde uma das estações 
                  citadas era Itapecerica, a seu amigo João Lucio de 
                    Azevedo em carta de 7 de agosto de 1918 enviada do Rio 
                      de Janeiro: "Semana passada reuni-me a uma comitiva 
                        que ia percorrer uma parte de Minas Gerais servida pela E. F. 
                        Oeste de Minas que ainda não visitara. Fomos pela E. F. Central 
                        até Barra Mansa, donde fizemos rumo à Mantiqueira, beiramos 
                        depois um trecho navegável do rio Grande (alto Paraná), passamos 
                        depois à bacia do S. Francisco até Belo Horizonte e só a deixamos 
                        pela do Paraibuna e Paraíba, primeira estrada entre o rio e 
                        as serras do Ouro, por onde a E. F. C. B. nos restituiu ao ponto 
                        de partida. Embarcamos 5ª feira às 11 da noite, chegamos 2ª 
                        quase às mesmas horas. Pouco faltou para completarmos 2.000 
                        quilômetros. Iam o Ministro da Viação, com quem tenho relações 
                        vagas, e o Presidente de Minas, eleito Vice-Presidente da República 
                        no próximo quatriênio (nota deste autor: trata-se de Delfim 
                        Moreira), a quem fui apresentado um pouco a contragosto. Houve 
                        almoços, jantares, discursos, hino nacional a valer. Passamos 
                        por Turvo, Lavras, Oliveira, Itapecerica, Divinópolis e Belo 
                        Horizonte. Não havia veículos, exceto em Lavras, onde existe 
                        uma linha de bondes, e de tantas cidades só apreciei o que é 
                        visível da estação ou do trem. Em Lavras, além de um grupo escolar 
                        dirigido por pessoa competente, há um colégio protestante com 
                        internato numeroso para meninos, escola agrícola e curso para 
                        meninas. Com o diretor, Dr. Gammon, conversei bastante: pareceu-me 
                        homem de valor. É natural de Virginia, portanto, estadunidense, 
                        como começam a dizer. De sete em sete anos tem uma licença e 
                        vai refazer-se. Em geral não volto satisfeito de excursões ferroviárias. 
                        O traçado primitivo devia cortar plantações, mas hoje à beira 
                        das linhas apenas se avista uma vegetação que não teve ainda 
                        tempo de virar capoeira. Só em um ponto ou outro veem-se cabeças 
                        de gado. Ainda mais aborrecem os cortes, que por baixo de uma 
                        tênue camada de terra aproveitável mostram jazidas de rocha 
                        em grau variado de decomposição". |   ACIMA: No mapa de 1931, a ligação projetada entre 
            Itapecerica e Formiga, jamais construída (Rede Mineira de Viação, 
            1931).
 
  ACIMA: Demolição da estação (autor 
            e data desconhecidos). 
 (Fontes: Robson e Carlos Humberto; Wanderley 
            Duck; Rede Mineira de Viação, 1931; Estrada de Ferro 
            Oeste de Minas - Trabalho Historico-Descriptivo, Mucio Jansen Vaz, 
            1922; Bruno N. Campos; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 
            1960; Correspondência de Capistrano de Abreu, José Honório Rodrigues, 
            volume 1, Rio de Janeiro, 1954)
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                |   A estação em 1906. Foto cedida por Robson e Carlos 
                  Humberto
 |  A estação de Itapecerica, em 1913. Foto cedida 
                  por Wanderley Duck
 |  A estação em 1922. Foto do livro "Estrada de 
                  Ferro Oeste de Minas - Trabalho Historico-Descriptivo" de 
                  Mucio Jansen Vaz (1922), cedida por Bruno N. Campos
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                |   A estação em 1929. Foto cedida por Wanderley Duck, 
                  Robson e Carlos Humberto
 |  A estação, sem data. Foto cedida por Robson e 
                  Carlos Humberto
 |  A fachada da estação, sem data. Foto cedida por 
                  Robson e Carlos Humberto
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                |  Sobre a porta da entrada da estação, o detalhe 
                  da foto anterior com o nome da estação.
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          | Atualização: 
            25.07.2018 |  |