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VXY Mogiana em MG
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No ramal de Jaú
(1887-1941)
Mineiros
Banharão-velha
Jaú-velha
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ramal de Jaú - 1910

IGGSP-1928
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 1999
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Cia. Rio-Clarense (1887-1888)
Rio Claro Railway (1888-1892)
Cia. Paulista de Estradas de Ferro (1892-1941)
BANHARÃO-VELHA
Município de Mineiros do Tietê, SP
Ramal de Jaú - km 94,043   SP-0552
Altitude: -   Inauguração: 19.02.1887
Uso atual: demolida   com trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d (já demolido)
 
 
HISTORICO DA LINHA: O ramal de Jaú foi construído pela Cia. Rio-clarense entre 1885 e 1887, ligando a estação original de Visconde do Rio Claro a Jaú. Entre 1929 e 1931, já com a Paulista, esse ramal sofreu uma retificação entre as estações de Campo Alegre e de Dois Córregos, mantendo apenas a estação de Torrinha em seu lugar entre os dois extremos da obra. Em 1941, o ramal foi totalmente reformulado e teve a bitola ampliada e foi eletrificado, além de ter sido juntado com os ramais de Agudos e de Bauru para formar o tronco oeste da Paulista. Nos anos 70, o nome ramal de Jaú ainda persistia nos horários de trens do Guia Levi, apesar de oficialmente não existir mais a denominação.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Banharão (velha) foi inaugurada em 1887 e servia ao ramal de Jaú.

A estação original de Banharão deveria ter sido inaugurada pela E. F. Rioclarense em 1/1/1887, como ponta da linha do então ramal de Jaú. Porém, algo aconteceu e a inauguração acabou sendo adiada para o dia 19 de fevereiro de 1887 (ver caixas abaixo de 1887).

Em 1909, o povoado deveria ter alguma importância: afinal, "ficaram concluídos esta semana todos os trabalhos da nova linha telephonica entre o centro desta cidade (Jaú) e o Banharão, numa extensão de cerca de 10 kilometros" (O Estado de S. Paulo, 2/4/1909).

Quem tinha terras em Banharão-velho era o ex-Presidente da República Campos Salles. O professor e escritor piracicabano Thales de Andrade (1890-1977) iniciou sua carreira no magistério em 1912 na Escola Rural de Banharão, posteriormente chamada de Escola da Saudade e hoje abandonada. Saudade é o nome de seu mais famoso livro, escrito em Porto Ferreira por volta de 1918.

A estação foi desativada e teve a linha retirada em 1941, na retificação do antigo ramal que deu origem ao tronco oeste.

Em 1999, quando o autor deste site lá esteva, ainda sobrava, à beira da estrada que ligava Jaú a Mineiros do Tietê, uma casa abandonada da vila ferroviária original, dentro de uma chácara com construções novas; a placa na estrada indicava "Banharão Velho". Seria a escola citada acima o prédio abandonado que aparece nas fotos que tomei nessa oporunidade? Já a estação, esta sim, já havia sido demolida.

"Quero dizer que esse local me lembra muitas boas e velhas lembranças da minha infância. Meu bisavô Dr. João Costa e posteriormente meu avô Alceu Ferraz Costa tiveram uma fazenda no bairro do Banharão Velho. Nas décadas de 1970 e 1980 passei muitas vezes por ali e cheguei a ver a bela estação que por ignorância do nosso povo foi destruída. Tenho uma foto antiga, não da estação, mas do sobradinho que havia do outro lado da rodovia" (Alceu Costa Neto, 21/4/2011) (ver fotografia acima).

(Veja também BANHARÃO-NOVA)

1887
AO LADO:
Correspondencia para a estação (A Provincia de S. Paulo, 13/5/1887).

1888
AO LADO:
Atentado contra o chefe da estação (A Provincia de S. Paulo, 15/6/1888).

1888
AO LADO:
Ainda sobre o atentado contra o chefe da estação (A Provincia de S. Paulo, 16/6/1888).

ACIMA: O proprietário da Fazenda Banharão, junto à estação do mesmo nome, era o ex-Presidente da República Campos Salles em 1906. Na revista, a pequena propaganda do "Sabonete Sanitario" mencionava a fazenda e o ex-presidente (O Malho, 22/9/1906).

ACIMA: A população do bairro espera na estação de Banharão pela passagem do trem especial conduzindo o Presidente Affonso Penna a Jaú em 1909 (O Malho, 22/5/1909).

ACIMA: Sobrado que existia no outro lado da rodovia em relação à estação do Banharão-velho (Acervo Alceu Costa Neto, sem data - possivelmente anos 1970).

(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local, 1999; Filemon Peres; O Estado de S. Paulo, 1909; O Malho, 1906; Cleila de Fátima Siqueira Stanislavski: Um estudo sobre a coleção Leitura Escolar de Thales Castanho de Andrade, UNESP, Marília, 2007; Listagem oficial da Cia. Paulista, 1938; Relatórios oficiais da Cia. Paulista, 1892-1945; Mapas - acervo R. M. Giesbrecht)
     

A estação em 1918. Foto Filemon Peres

Casa da antiga vila ferroviária ainda existente (Data da foto 10/10/1999). Foto Ralph M. Giesbrecht

Casa da antiga vila ferroviária ainda existente (10/10/1999). Foto Ralph M. Giesbrecht
     
     
Atualização: 03.03.2021
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.