|
|
V. F. F. Leste Brasileiro
|
IRARÁ
Município de Irará, BA |
Ramal de Feira - km - |
|
BA-4466 |
Altitude: - |
|
Inauguração: não
aberta |
Uso atual: demolida |
|
sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: não terminada |
|
|
|
HISTORICO DA LINHA: O trecho
entre Cachoeira e Feira de Santana foi o aberto pela E. F. Central
da Bahia, no ano de 1886. a foi o primeiro trecho aberto pela E. F.
Central da Bahia, no ano de 1876. Em 1942, com a remodelação
geral das linhas da região, o trecho entre Conceição
de Feira e Feira de Santana passou a ser um ramal, que foi extinto
oficialmente em 16/05/1975, mas que não operava, pelo menos
com passageiros, desde 1963 ou 1964 (a data não pôde
ser confirmada). O resto do trecho original entre Cachoeira e Conceição
passou a fazer parte da Linha Sul desde 1942. Os trilhos do ramal
foram retirados. |
|
A ESTAÇÃO: A história das estaçoes do prolongamento do ramal de Feira de Santana começaram nos anos 1890 (ver caixa de 1911 abaixo) e foram abandonadas por ordem do vice-presidente da República, Manoel Victorino. O presidente na época era Prudente de Moraes. Manoel substituiu-o algumas vezes quando Prudente estava ausente ou doente e por isso lêse no artigo mais abaixo que ele era presidente.
No artigo de 1911
(ver caixa de 1911 abaixo) também são citadas outras estações, como Entroncamento (que, no caso, parece ter sido a estação da cidade, Irará) e também Ouriçanguinhas e Água Fria, estas duas últimas ficavam na linha do São Francisco.
Depois de interrompidas em 1905, as obras seriam retomadas nos anos 1950, mas também interrompidas pouco depois.
Os restos da estação de Irará que ainda existiam em 2010 (ver caixa abaixo de 2010) são referentes às obras dos anos 1950 no ramal.
"Na região
do Recôncavo, a cidade de Cachoeira se tornou um ponto importante
para a Bahia devido à ligação com mais de uma
cidade, entre elas a principal, Salvador. A linha que corta Alagoinhas
a Agua Fria seguindo para Juazeiro era a mais utilizada por nossa
cidade (Irará). Através dela ia-se para as cidades de
Salvador, Serrinha e Alagoinhas. Em Irará, o primeiro projeto
(ferroviário) foi iniciado no final do século XIX (...)
O desvio vinha do Tabuleiro de Iraí e passava pela região
da atual avenida Elísio Santana. Sua estação
seria onde hoje é o Posto de Saúde, próximo à
EMBASA. Chegaram a marcar o local colocando alicerce (...) Esse projeto
teve andamento até 1905. Tinha como objetivo chegar a Feira
de Santana, mas não foi adiante, não se sabe o por quê.
Em 1946, a região de Irará estava em desenvolvimento
(...) quando surge um projeto novo (...) Logo apareceram topógrafos
para marcar a 'variante' (...) dessa vez o projeto foi alterado. Seu
desvio era em um trecho abaixo de Ouriçanguinhas, vinha cortando
fazendas passando por onde hoje é o conhecido túnel,
seguindo no sentido de Feira de Santana (...) no final de 1949, chegam
a Irará as máquinas (...) Até hoje está
lá para quem quiser ver uma pequena alteração
na planície objetivando criar um apoio para a linha do trem.
O esqueleto de onde seria a estação (ferroviária de Irará)
continua no mesmo local. É localizada na saída da cidade,
próxima à rua do Cajueiro. Esse local foi escolhido
após uma reivindicação da população
que modificou o projeto inicial, visto que a primeira variante foi
tirada deixando a estação muito distante do centro da
cidade (...) Então construíram o conhecido túnel
como alternativa para desviar a linha e dar passagem para a estrada
de Água Fria (...) Este corte se estendeu pela região
chamada hoje de Açougue Velho e Quebra Fogo, seguindo pelos
povoados da Caroba e Saco do Capim. Neste trecho, foi preciso transferir
o velho cemitério da Caroba, pois a marcação
da linha passava exatamente por cima do mesmo (...) Em agosto de 1953
começou. Foi uma verdadeira luta, trabalho duro (...) Entraram
no ano de 1954 sem parar o trabalho (...) No primeiro trecho (em)
que meu avô trabalhou foram feitos treze túneis e bueiros.
Eram obras que necessitavam de muita atenção (...) Prova
disto é o velho túnel localizado na saída de
Irará-Água Fria. Lá está ele firme e forte
há mais de 50 anos da construção. Mais tarde,
entre os anos de 1956 e 1958, ele foi trabalhar em outra no trecho
mais à frente até Feira de Santana. Lá foram
fazer uma nova estação" (Emerson Nogueira
Pinho: A Construção - Histórias de Mestre Januário,
Irará, BA).
Em 15/11/2010, Roberto Martins informou que "a Prefeitura Municipal está fazendo uma obra de entrada
da cidade pela Av. Pedro Nolasco de Pinho. O esqueleto da estação
foi demolido e no seu lugar será o prolongamento da referida avenida,
ligando-a à BA 504, que liga Alagoinhas à BR 116, passando
por Aramaria, Ouriçangas, Irará e Santanopolis".
Foi o fim do
pouco que restava.
 |
1911
AO LADO: Primeira menção à Terceira Parada, em 31 de dezembro
- CLIQUE SOBRE O TEXTO PARA LER MAIS DADOS SOBRE IRARÁ (Almanaque Laemmert, 68° ano, 1911-12). |

ACIMA: Aterro feito para o leito da ferrovia nos anos
1950 e que sobrevive até hoje. (Foto Débora Martins Dantas
e Oliveira em 2010).

ACIMA: Dá para ver o leito da ferrovia,
jamais com trilhos assentados, do satélite, até hoje,
entre Irará e Feira de Santana (reparem a linha em S. A cidade
à direita é Irará (Google Maps, 2010).
(Fontes: Roberto Martins; Roosevelt Reis; Débora
Martins Dantas e OliveiraEmerson Nogueira Pinho: A Construção
- Histórias de Mestre Januário, Irará, BA) |
|
|
|

Esqueleto abandonado da que seria a estação ferroviária
de Irará. Foto Débora Martins Dantas e Oliveira em 2010. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Atualização:
25.04.2020
|
|