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E. F. Bragança
(1906-1964) |
MAGUARI
Município de Belém, PA |
E. F. Bragança - ramal de Pinheiro
- km 20,000 (1960) |
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RS-4174 |
Altitude: - |
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Inauguração: 07.01.1906 |
Uso atual: desconhecido |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: O ramal de
Pinheiro foi aberto em 1906 com 22 quilômetros de extensão,
partindo da estação de Entroncamento. Em 1964, em péssimas
condições de operação, fechou de vez: o fechamento do ramal foi determinado
pela RI-50 emitida pela RFFSA em 27/5/1964. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Maguari foi inaugurada provavelmente com o ramal, em 1906.
Também existiu uma parada - a 11a parada da linha - em 1896
com esse nome na linha-tronco da EFB. Esta ou trocou de nome ou foi
extinta, tendo o seu nome sido dado À estação
do ramal.
"O trenzinho recebeu em Magoarí o pessoal do matadouro e tocou
para Belém. Já era noite. Só se sentia o cheiro doce do sangue. As
manchas na roupa dos passageiros ninguém via porque não havia luz.
De vez em quando passava uma fagulha que a chaminé da locomotiva botava.
E os vagões no escuro. Trem misterioso. Noite fora, noite dentro.
O chefe vinha recolher os bilhetes de cigarro na boca. Chegava a passagem
bem perto da ponta acesa e dava uma chupada para fazer mais luz. Via
mal e mal a data e ia guardando no bolso. Havia sempre uns que gritavam:
- Vai pisar no inferno! Ele pedia perdão (ou não pedia) e continuava
seu caminho. Os vagões sacolejando. O trenzinho seguia danado para
Belém porque o maquinista não tinha jantado até aquela hora. Os que
não dormiam aproveitando a escuridão conversavam e até gesticulavam
por força do hábito brasileiro. Ou então cantavam, assobiavam. Só
as mulheres se encolhiam com medo de algum desrespeito. Noite sem
lua nem nada. Os fósforos é que alumiavam um instante as caras cansadas
e a pretidão feia caía de novo. Ninguém estranhava. Era assim mesmo
todos os dias. O pessoal do matadouro já estava acostumado. Parecia
trem de carga o trem de Magoarí" (Alcântara Machado, Apólogo
Brasileiro sem Véu de Alegoria).
ACIMA: O Matadouro do Maguari, foto sem data
(Acervo Wanderley Duck).
(Fontes: Wanderley Duck; Folha
do Norte, 1896; Alcântara
Machado: Apólogo Brasileiro sem Véu de Alegoria; Guia Geral das Estradas
de Ferro do Brasil, 1960). |
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Atualização:
21.02.2017
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