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Q R S T U
VXY Mogiana em MG
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Usina Ester
Cosmópolis
Artur Nogueira
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Ramal de P. Salles - 1935

IGG-SP-1942
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 1999
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Cia. Carril Funilense (1899-1921)
E. F. Sorocabana (1921-1960)
COSMÓPOLIS
(antiga BARÃO GERALDO DE REZENDE)

Município de Cosmópolis, SP
Ramal de Pádua Salles - km 225,980 (1934)   SP-0009
Altitude: 556 m   Inauguração: 18.09.1899
Uso atual: demolida   sem trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d (já demolida)
 
 
HISTORICO DA LINHA: A Cia. Carril Funilense foi inaugurada em 18/09/1899 pela Cia. Agrícola Funilense, de Funil (hoje Cosmópolis), com bitola de 60 cm, saindo do centro de Campinas e chegando até a atual Cosmópolis, na época chamada de Barão Geraldo de Rezende. Em 1904, por parte de um empréstimo não honrado, o Governo do Estado ficou com a ferrovia. Em 1906, a bitola foi ampliada para a métrica; em 1913, a ferrovia já chegava ao seu ponto máximo, em Pádua Salles, margem do rio Mogi-Guaçu. Em 01/09/1921, a Sorocabana incorporou a linha, que em 1924 passou a sair da nova estação da EFS em Campinas, e com o nome de Ramal de Pádua Salles, com 93 quilômetros. A linha foi fechada no início de 1960, tendo os trilhos arrancados pouco tempo depois. Hoje são bem poucos os resquícios da velha Funilense.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Cosmópolis foi aberta em 1899, como uma das duas únicas estações da linha (as outras eram "chaves"), foi construída para atender ao florescente Núcleo Campos Salles. A estação recebeu o nome de Barão Geraldo de Rezende, então presidente da Cia. Funilense, e proprietário de terras na região.

Em abril de 1900, a estação já ganhava uma agência postal.

Quando da morte do Barão (1905), o nome de Barão Geraldo foi passado para a "chave" de Santa Genebra, mais próxima a Campinas, na fazenda do mesmo nome, pertencente também ao Barão Geraldo. A estação terminal e a vila junto à estação, então, tomaram o nome de Cosmópolis, enquanto o núcleo Campos Salles entrava em decadência (veja caixa abaixo de 1902).

No relatório a seguir, a estação de Cosmópolis ainda se chama Barão Geraldo: "A Carril Agrícola Funilense sofreu várias denúncias junto à Secretaria Estadual de Viação e Obras sobre suas tarifas, que eram mais baixas que as demais e que, por isso, não conseguia obter o mínimo necessário para se automanter. Em 1904, de fato, a diretoria da linha férrea a entregou ao Estado pelo valor de R$ 161:040$000 "além do privilégio, direitos e ações, o patrimônio da Carril Agrícola Funilense (...) que consiste de 40.685 metros de leito, com 0,60m. de bitola e trilhos de 14,9 quilos por metro; uma locomotiva em más condições e quatro gôndolas com rodeiros inutilizados; de um carro de segunda classe imprestável, de 200 trilhos de 14,9 kg (...) da linha telegráfica; das estações de José Paulino e Barão Geraldo; das chaves Santa Genebra, Deserto, Engenho, João Aranha e Funil; de três casas de pau-a-pique para as turmas; de quatro caixas d'água feitas de madeira, em mau estado; da ponte de madeira sobre o rio Atibaia, com vão de 30 metros e outro de 40 metros, necessitando substituição de vigas e dormentes; e da ponte de viga metálica, para pequena carga, sobre o Jaguari, de 45 metros" (Secretaria Estadual de Viação e Obras Públicas, Carta hypotecaria sobre a Cia. Carril Agrícola Funilense APESP - 1904, citada na Revista Nossa Estrada, número 03).

A estação de Cosmópolis foi fechada com a linha, em 1960. Mais tarde, a estação foi demolida.

Hoje, em seu lugar, há apenas uma pracinha com um coreto. No final de 2005, uma ponte ferroviária também foi para o saco: "A ponte que passava por cima de um córrego logo depois da Escola Alemã em Cosmópolis foi demolida este mês para dar mais vazão ao esgoto. É uma pena, perdemos mais uma prova de que um dia existiu trem em Cosmópolis" (J. C. Bratfich, 12/2005).

1898
AO LADO:
O núcleo colonial aguarda a ferrovia (O Estado de S. Paulo, 13/12/1898).

1902
AO LADO:
Situação da linha e do próprio núcleo colonial era já ruim neste ano - CLIQUE SOBRE O TEXTO PARA VER O RESTO DO ARTIGO (O Estado de S. Paulo, 8/4/1902).

ACIMA: Mapa de Cosmopolis em 1913; Notar a linha da Funilense vindo de noroeste para sudeste, o triângulo de reversão e a estação já no limite da cidade - CLIQUE SOBRE O MAPA PARA VÊ-LO MAIOR E COM MAIS DEFINIÇÃO (Cessão: Miler Haggen).

1914
AO LADO:
Linha telefônica liga o nucleo colonial à estação (O Estado de S. Paulo, 13/7/1914).

OBRAS OCORRIDAS NA ESTAÇÃO E SEU PÁTIO DE ACORDO COM RELATÓRIOS DA EFS: 1934 - Reparação e pintura do deposito de locomotivas

ACIMA: A estação, fechada no final de 1960, na época em que estavam retirando os trilhos do ramal, em 1961. Aparecem o chefe da estação (de boné) e sua família (Foto Rui Roldan).

(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Rui Roldan; José Flávio Simeoni; Nilson Rodrigues; José Carlos Bratfich; ongaquarius.blogspot.com; O Estado de S. Paulo, 1914; Secretaria Estadual de Viação e Obras Públicas: Carta hypotecaria sobre a Cia. Carril Agrícola Funilense APESP, 1904, citada na Revista Nossa Estrada, número 03; E. F. Sorocabana: relatórios anuais, 1922-61; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

Pátio da estação de Cosmópolis, no início do século. Autor desconhecido

Locomotiva nos depósitos do pátio de Cosmópolis, em 1928. Foto José Flávio "Mogiana"

A estação nos anos 1940. Foto cedida por Nilson Rodrigues

O ano é 1961. A estação já não funciona. Os trilhos estão sendo retirados. O chefe ainda mora ali. Foto Rui Roldan

O ano é 1961. A estação já não funciona. Os trilhos estão sendo retirados. O chefe ainda mora ali. Foto Rui Roldan

O trem chega na estação (ou seria o armazém?) de Cosmópolis, sem data. Foto cedida por J. Carlos Bratfich

A estação em 1960, já desativada. Foto ongaquarius.blogspot.
com

Local exato da antiga estação - hoje a praça do coreto, em 01/2006. Foto José Carlos Bratfich
 
     
Atualização: 28.04.2020
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.