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          E. F. do Cantagalo 
            (1886-1887) 
            E. F. Leopoldina (1887-1965)  | 
         
         
           MACUCO 
            Município de Cordeiro, RJ (1886?-1995) 
            Município de Macuco, RJ (1995-) (veja 
            a cidade) | 
         
         
          | Ramal de Macuco - km 220,100 (1960) | 
            | 
          RJ-0275 | 
         
         
          | Altitude:  | 
            | 
          Inauguração: 16.09.1886 | 
         
         
          | Uso atual: demolida  | 
            | 
          sem trilhos | 
         
         
          | Data de construção do 
            prédio atual: n/d (já demolido)  | 
         
         
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          | HISTORICO DA LINHA: O 
            trecho Cordeiro-Macuco teve sua autorização dada ao 
            mesmo tempo que a ligação Cachoeira de Macacu a Nova 
            Friburgo, em 1868. A linha foi entregue em 1873 até Nova Friburgo, 
            não ficando clara quando foi inaugurado o tráfego no 
            trecho Nova Friburgo-Macuco. Com a construção da linha 
            entre Cordeiro e Portela entre 1876 e 1890, o final do trecho do Cantagalo, 
            Cordeiro-Macuco, passou a ser apenas um curto ramal. Este foi desativado 
            em 24/03/1965, um trecho de 20 quilômetros que o trem, em 1962, 
            percorria em 50 minutos.   | 
         
         
          |   | 
         
         
          A ESTAÇÃO: A estação 
            de Macuco foi inaugurada por volta de 1885. Era a ponta de 
            um curto ramal de quase 20 km.  
             
            Segundo trabalho da ABPF, a Cooperativa 
            Macuco foi implantada bem depois da inauguração da linha férrea que, 
            na realidade, quando depois de chegar a Cordeiro, seguiu de fato para 
            Macuco, já que o projeto aprovado para a concessão rezava que deveria 
            ir até Santa Maria Madalena, município a que a esta estação pertencia na época, passando pelo município de Cantagalo. 
            Nessa época a lavoura de café predominava na região, o que trazia 
            muitos fretes para a ferrovia.  
             
            Em 1890 a estrada já pertencia à 
            Leopoldina, porém como a monocultura do café exauria o solo deixando-o 
            fraco para outras culturas e não existia tecnologia de recuperação, 
            a lavoura ia procurando terras aptas para novas lavouras. Em virtude 
            deste fato os fretes que advinham do café deixaram de existir. Dessa 
            forma o prolongamento da linha até Santa Maria Madalena estava 
            fadado ao fracasso.  
             
            Esse foi o motivo que levou a companhia a adquirir 
            uma grande área próxima a Macuco, onde implantou uma grande 
            fazenda produtora de leite e carne bovina. A estrada fez este investimento 
            para negociar com o governo a não construção da continuação da linha 
            de acordo com o projeto. A Leopoldina, tentando recuperar a rentabilidade 
            da ferrovia, decidiu implantar na região a agropecuária. A fazenda 
            (modelo) estava   ali até 2021, pois foi cedida a fazendeiros locais. 
            Chama-se Fazenda Benfica.  
             
            Nos anos 1950, a população do distrito de Macuco era de 2.196 pessoas. 
 
            Em 1969 a linha já não funcionava: "A RFFSA  decidiu autorizar 
            a venda, pela Urbanizadora Ferroviária, sua subsidiária, 
            de imóveis pertencentes ao patrimônio da E. F. Leopoldina, 
            entre os quais se destacam a estação e a casa de turma de Macuco (...), localizados 
            em ramais antieconômicos, já extintos" (Revista 
            REFESA, maio de 1969).  
             
            O município, emancipado em 1995, tinha no ano de 2020 5.623 pessoas (Wikipedia) 
 
            Em 2021, já
            estava muito mal trabalhada (a fazenda) e em péssimas 
            condições. Esse embrião lançado pela ferrovia criou raízes e Macuco passou a liderar a produção de leite e derivados na região. Pela quantidade 
            de latões de 50 litros que se vê na foto (abaixo), empilhados ao lado 
            da plataforma, pode-se ter noção da quantidade de leite recebida. 
            Da mesma forma, nesse ano em Cordeiro ainda haiva criação de gado Guzerá de 
            grande fama. Dessa forma, o transporte de leite junto com o de passageiros 
            tornou a ferrovia menos deficitária. 
 
            
            
              
                   | 
                 1886 
                  AO LADO: A inuaguração da estação ainda pela Linha do Cantagalo  (A Provincia de S. Paulo, 22/9/1886).  | 
               
                
             
            
               
                  | 
                1897                   
                  À esquerda, 
                  carimbo de 1897 da estação de Macuco do Rio de Janeiro. Permutava malas 
                  diariamente com o Distrito Federal - Rio de Janeiro. A mala 
                  seguia por via férrea pelo ramal de Macuco até Cordeiros, na 
                  linha do Cantagalo e daí a Maruí. Em seguida pelas barcas 
                  da Companhia Leopoldina (interessante!) até o Rio de Janeiro. 
                  A agência postal foi criada em 1877 e provavelmente tinha grande 
                  movimento, já que era classificada como de 3ª classe, fato pouco 
                  comum nas agências de estação. Esse carimbo, como afirma R. 
                  Koester no seu livro Carimbologia do Brasil Clássico, 
                  surgiu no império e, nesse caso está obliterando um selo já 
                  com 8 anos de república (Texto e reprodução 
                  Márcio Protzner, 02/2009). | 
               
                
             
              
            ACIMA: Aspecto da Cooperativa Agropecuária de 
            Macuco que recolhia leite do município (de Cordeiro, na época, 
            onde ficava Macuco) como também dos municípios vizinhos. 
            A quase totalidade do leite era enviada para o Distrito Federal (na 
            época, a cidade do Rio de Janeiro) transportada em caminhões 
            ou em vagões da Estrada de Ferro Leopoldina. Notar que o prédio 
            é de 1949 e foi construído junto ao pátio ferroviário 
            de Macuco, onde se destaca o girador de locomotivas. Havia um desvio 
            que ligava a Cooperativa à estação de Macuco 
            e também ao girador de locomotivas. Os trilhos se foram, mas 
            a Cooperativa está lá até hoje funcionando (Fotografia 
            da Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, volume VII, 
            IBGE, 1957). 
             
            (Fontes: Pablo Freitas; Márcio Protzner; Jornal de 
            Macuco, anos 1910;  Boletim da ABPF 
            no. 100, junho de 2011; IBGE: Enciclopédia dos Municípios 
            Brasileiros, volume VII, 1957; Reihold Koester: Carimbologia 
            do Brasil Clássico; Revista REFESA, 1969; IBGE: Enciclopédia 
            dos Municípios Brasileiros, 1958; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) 
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                  A estação e a locomotiva, provavelmente anos 1950. 
                  Ao lado, a locomotiva no girador. | 
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                  Estação de Macuco, anos 1950. Fotos de Sergio 
                  Felga, publicadas no extinto Jornal de Macuco, cedidas 
                  por Pablo Freitas. | 
               
             
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          | Atualização: 
            29.11.2022 
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