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Indice de estações
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Niterói
Maruí
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Mapa de localização das três
estações de Niterói, nos anos 1930 Niterói-Gal.
Dutra, Niterói-Maruí
e Barreto. (cedido e preparado por Carlos Eduardo Soares da Cruz)
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2006
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E. F. Leopoldina
(1930-1971) |
NITERÓI
- GENERAL DUTRA
Município de Niterói, RJ |
Linha do Litoral - km 107,428 (1960) |
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RJ-1933 |
Altitude: 3 m |
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Inauguração: 20.09.1930 |
Uso atual: demolida - sobra a fachada |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1930 |
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HISTORICO DA LINHA:O
que mais tarde foi chamada "linha do litoral" foi construída por diversas
companhias, em épocas diferentes, empresas que acabaram sendo incorporadas
pela Leopoldina até a primeira década do século XX. O primeiro trecho,
Niterói-Rio Bonito, foi entregue entre 1874 e 1880 pela Cia. Ferro-Carril
Niteroiense, constituída em 1871, e depois absorvida pela Cia. E.
F. Macaé a Campos. Em 1887, a Leopoldina comprou o trecho. A Macaé-Campos,
por sua vez, havia consttuído e entregue o trecho de Macaé a Campos
entre 1874 e 1875. O trecho seguinte, Campos-Cachoeiro do Itapemirim,
foi construído pela E. F. Carangola em 1877 e 1878; em 1890 essa empresa
foi comprada pela E. F. Barão de Araruama, que no mesmo ano foi vendida
à Leopoldina. O trecho até Vitória foi construído em parte pela E.
F. Sul do Espírito Santo e vendido à Leopoldina em 1907. Em 1907,
a Leopoldina construiu uma ponte sobre o rio Paraíba em Campos, unindo
os dois trechos ao norte e ao sul do rio. A linha funciona até hoje
para cargueiros e é operada pela FCA desde 1996. No início dos anos
1980 deixaram de circular os trens de passageiros que uniam Niterói
e Rio de Janeiro a Vitória. Em 2007 desapareceram os trens que ainda ligavam Niterói a Visconde de Itaboraí. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Niterói foi inaugurada em 1930, como resultado de
três anos de obras resultantes de um acordo da Leopoldina com
o Estado do Rio de Janeiro. Ela foi construída sobre um aterro
que avançou sobre o mar, junto ao Cais de São Lourenço.
Ela substituiu a antiga estação de Maruí,
de onde partiam os trens da Leopoldina até essa data, e da
qual dista cerca de um quilômetro e meio. A linha foi estendida
de Maruí contornando a enseada até chegar à
estação nova.
"O edifício da estação que tem
três pavimentos, é de sólida construção e tem 50 metros de comprimento
por 10,60m de largura, e está provido de uma plataforma de 100 metros de comprimento por 5 de largura.
Na fachada principal da estação que fica voltada para a grande Avenida,
ha uma marquise de 6,10m de balanço por 9,40m de comprimento, para
proteger os passageiros que procuram ou deixam a estação. Do lado
da estação que fica voltado para as linhas, há também uma marquise
de 5,50 m de balanço e em todo o comprimento da estação. Ambas essas
marquises são de cimento armado e engastadas em consolo no esqueleto
do edifício.
Do 3º pavimento deste edifício, quer para o lado da cidade,
quer para o lado do mar, descortina-se excelente panorama alcançando
grande extensão da cidade e toda a enseada do Cais. O edifício está
provido de modernas instalações sanitárias, luz elétrica para a iluminação
e um bar restaurante, agência, residência para os funcionários da
estação, etc. Para os serviços da estação foram construídas duas caixas
d'agua de cimento armado, de 6.000 e 10.000 litros, ficando esta sob
o pavimento térreo e aquela sobre a cobertura, munida de uma bomba
elétrica para a elevação da água. Para o assentamento das linhas entre
a nova e a velha estação, foi necessário o desmonte de uma grande
pedreira, e o aterro do terreno, em toda a extensão.
A linha, ligando
a estação velha, que foi inaugurada em 1921, a que agora é inaugurada,
é dupla com desvios diversos na nova estação, permitindo, assim, movimentar
quatro ou mais trens ao mesmo tempo. Essas linhas ficarão ligadas
às linhas do cais, para ali permitirem a entrada e saída dos vagões. Além
do conforto que a nova estação proporciona aos passageiros, a ligação
com o cais permite com grandes vantagens, que a importação e exportação
com o interior do Estado se façam com a maior presteza e economia,
evitando baldeações sempre caras e prejudiciais."
A estação
foi renomeada nos anos 1940 como General Dutra. General
Dutra tinha um pátio muito acanhado e toda manobra, depósito de
locomotivas etc. ficava na estação seguinte, Marui, semelhante
a Júlio Prestes e Barra Funda em São Paulo.
Em 2018 estava abandonada e depredada. "A estação fica em
frente à praça Renascença e à av. Jansen de Melo, na av. Feliciano
Sodré. Quem passa em frente a ela apenas vê na sua fachada, em péssimo
estado, a denominação de Porto de Niterói, que atua precariamente
no local - é um porto pequeno e raso demais (toda aquela parte da
cidade é resultado do aterro de um braço da baía de guanabara que
avançava até quase o centro da cidade feito no início do sec. XX)
- na verdade acho que serve apenas de apoio aos estaleiros. O prédio
está vazio. Às vezes aparece nos jornais um projeto da prefeitura
para municipalizar a estação e transformá-la num centro cultural ou
de exposições. Com a construção da Ponte Rio-Niterói, nos anos 1970,
com mais uma parte aterrada, que passa por cima de onde estaria a
extensão dessa linha, essa estação foi desativada e os trilhos removidos,
voltando a ter ponto final na estação do Maruí, que fica no
bairro de Santana" (Carlos Eduardo Soares da Cruz, Niterói, RJ, 02/2004).
A estação de General Dutra,
de acordo com o relatório da Leopoldina de 1971, foi fechada
em 10 de julho desse ano.
Marcelo Almirante afirma que em 1973
(e não 1971), "devido às obras de construção da ponte
Rio-Niterói, é erradicada a linha de 1,5 km de extensão entre as estações
de Santana do Maruy e General Dutra, restando apenas o prédio da antiga
estação General Dutra, que passa para a administração da Companhia
Docas do Rio de Janeiro".
Em 2006 estava fechada e abandonada.
Em 2013, depois de ter sua fachada lacrada (tiraram todas as janelas)
ter sido pintada de branco e o resto do prédio ter sido demolido,
sobrava uma visão estranha e sem atrativos.
ACIMA: A estação de Nichteroy no dia
de sua inauguração em 20 de setembro de 1930 - CLIQUE
SOBRE A FOTO PARA VÊ-LA AMPLIADA (Revista Paratodos, 27/9/1930).
ACIMA: Patio de Niteroi em 10/1931. Será General Dutra ou Maruí? Fica a dúvida (Foto: Psulo Vaz).
ACIMA: Patio de Niteroi em 10/1931. Será General Dutra ou Maruí? Fica a dúvida (Foto: Psulo Vaz).
ACIMA: Na foto, a estação está
quase no centro, do lado do prédio alto, dando frente para
a avenida reta e antes do jardim que se vê em seguida (Foto
Manoel Bastos, início dos anos
1950 - acervo da DDP/FAN).
ACIMA: A praça Martim Afonso, em Niterói, por volta de 1955. Observar os ônibus elétricos e os bondes na praça (IBGE: Enciclopedia dos Municipios Brasileiros, vol. XXII, 1959, p. 335).
ACIMA: Trem de passageiros aeguindo para a linha do Cantagalo aguarda na plataforma
da estação de General Dutra em Niterói, em 1967 (Autor desconhecido).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Cleiton
Pieruccini; Carl Heinz Hahmann; Carlos Eduardo Soares da Cruz; Manoel
Bastos; acervo da DDP/FAN; Edmundo Siqueira: Resumo Histórico
da Leopoldina Railway, 1938; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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Fachada da estação de Niterói, em 1948.
Foto Carl Heinz Hahmann |
Plataforma da estação de Niterói, em 1948.
Vê-se o trem para Cabo Frio. Foto Carl Heinz Hahmann |
Estação de Niterói, em 04/02/2006. Foto
Ralph M. Giesbrecht |
Estação de Niterói, em 04/02/2006. Foto
Ralph M. Giesbrecht |
Estação de Niterói, em 8/2009. Foto Cleiton
Pieruccini |
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Atualização:
05.12.2022
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