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Mapa de 1924
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: S/D
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E. F. Tereza Cristina (1919-c.1975)
CRICIÚMA
Município de Criciúma, SC
Linha-tronco - km 109,330 (1960)   SC-2335
Altitude: 47 m   Inauguração: 01.1919
Uso atual: demolida e reconstruída   sem trilhos
Data de construção do prédio atual: anos 1950
 
 
HISTORICO DA LINHA: A E. F. Dona Teresa Cristina foi aberta por uma empresa inglesa em 1884 ligando o porto de Imbituba às minas de carvão de Lauro Müller. A ferrovia passou para o Governo da República em 1903 e foi arrendada à E. F. São Paulo-Rio Grande em 1910. Em 1918 o arrendamento foi passado para a Cia. Brasileira Carbonífera de Araranguá. Com a construção de um ramal a partir de Tubarão ligando a linha a Cresciúma, em 1919, e o prolongamento até Araranguá em 1923, aos poucos o trecho Imbituba-Araranguá passou a ser a linha-tronco, transformando o trecho Tubarão-Lauro Müller num ramal. Em 1940, a estrada passou a ser administrada novamente pelo Governo Federal, que em 1957 a colocou como uma das subsidiárias da recém-criada RFFSA. Em 1975, oficialmente, o nome Dona Teresa Cristina desaparece e ela se transforma numa das Superintendências Regionais da RFFSA. Em 1996, foi concessionada pelo Governo para uma empresa privada, que hoje a administra sob o nome de Ferrovia Teresa Cristina.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Cresciuma - hoje Criciúma, nome da cidade - foi inaugurada em 1919.

A cidade foi fundada em 1880 e elevada a município em 1925.

Por volta de 1975, uma variante tirou as linhas da cidade e a estação, que já havia sido substituída por outra maior e mais moderna, foi desativada. Foi em seguida demolida. Aliás, parece que tudo foi demolido no pátio da cidade.

Mesmo a casa do agente ferroviário, que se tornou museu em 2008, o foi, porém, foi reconstruída no mesmo local com o mesmo desenho original. O leito dos trilhos tornou-se o que é hoje a avenida Centenário.

Em 2010, alguém decidiu reconstruir a estação demolida havia 35 anos. Estava em obras então, mas, claro - em local diferente, meio fora da cidade, ao que parece. A reconstrução foi feita no Parque das Nações, bairro da cidade. A história, para quem não conheceu o pátio das estações, é confusa.

Lá nesse parque a ferrovia Tereza Cristina construiu pelos idos de 2010 as réplicas das estações de Criciúma. Isso mesmo: poucas pessoas sabem, mas existe uma linha de trem circular, com uma pequena réplica de locomotiva a vapor (mas movida a Diesel de bitola de 1 metro, que sai da réplica da estação original, passa pela réplica da 2ª estação, passa pelo galpão de manutenção e volta. Em 2021 o trem funciona diariamente, no período da tarde. É a primeira vez que conheço um lugar onde construíram réplicas da primeira e segunda estações da mesma cidade.

Seguem fotos das réplicas, e também da casa do agente ferroviário. O último resquício de onde era mesmo a estação original, e como você mesmo disse, onde um dia o trem passou por aqui. Estão distantes um do outro, a casa do agente fica a 2,2 km do Parque das Nações.


ACIMA: Recepção a autoridades na estação de Criciúma em 1932. A aparência da estação pela fotografia é de uma péssima conservação (História do carvão em Santa Catarina).
ACIMA: Criciúma em 1929: a estação ao centro (ao fundo) - e a casa do agente à sua direita (Autor desconhecido).

ACIMA e ABAIXO: A demolição da segunda estação de Criciúma, construída, até onde se sabe, no mesmo local da primeira, a de 1919. A demolição ocorreu em 1975 (Autor desconhecido).



ACIMA: Outra das estações que foi recuperada, em foto de Luiz Rafael Caratin em 2021

(Fontes: RrfaelCarat; Vitor Hugo Langaro; Italo Drifter; Danilo Gentili; Carlos Roberto de Almeida; Júlio Cesar de Paiva; Walter Zumblick: Teresa Cristina, A Ferrovia do Carvão, UFSC, 1987; História do carvão em Santa Catarina; Guias Levi, 1932-84; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

A estação em 1930. Autor desconhecido

Reconstrução da antiga estação em 29/11/2010. Foto Italo Drifter


A estação em 2019. Foto Vitor Hugo Langaro
     
     
Atualização: 07.02.2022
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.