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E. F. Tereza Cristina
(1884-) |
TUBARÃO
Município de Tubarão, SC |
Linha-tronco - km 52,450 (1960) |
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SC-1764 |
Altitude: 10 m |
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Inauguração: 01.09.1884 |
Uso atual: A primeira: ficava onde hoje é o supermercado Atholf; A segunda: estação
rodoviária; A terceira: estação da FTC (2017) |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1969 |
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HISTORICO DA LINHA: A E. F. Dona
Teresa Cristina foi aberta por uma empresa inglesa em 1884 ligando
o porto de Imbituba às minas de carvão de Lauro Müller.
A ferrovia passou para o Governo da República em 1903 e foi
arrendada à E. F. São Paulo-Rio Grande em 1910. Em 1918
o arrendamento foi passado para a Cia. Brasileira Carbonífera
de Araranguá. Com a construção de um ramal a
partir de Tubarão ligando a linha a Cresciúma, em 1919,
e o prolongamento até Araranguá em 1923, aos poucos
o trecho Imbituba-Araranguá passou a ser a linha-tronco, transformando
o trecho Tubarão-Lauro Müller num ramal. Em 1940, a estrada
passou a ser administrada novamente pelo Governo Federal, que em 1957
a colocou como uma das subsidiárias da recém-criada
RFFSA. Em 1975, oficialmente, o nome Dona Teresa Cristina desaparece
e ela se transforma numa das Superintendências Regionais da
RFFSA. Em 1996, foi concessionada pelo Governo para uma empresa privada,
que hoje a administra sob o nome de Ferrovia Teresa Cristina. |
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A ESTAÇÃO: A estação
original de Tubarão foi inaugurada em 1884. Seu nome
original parece ter sido Piedade, visto que na relação
das estações originais da ferrovia ela aparece com este
nome - embora a cidade já tivesse o nome de Tubarão:
"A ferrovia possui sete estações, Imbituba,
Bifurcação, Laguna, Piedade, Pedras Grandes, Orleans
e Minas, tendo (também) pontos de paradas (...) Todos os edifícios
são de tijolos e pedras. Acha-se em estado regular. Tem armazéns
em todas as estações exceto Bifurcação
e Orleans (...)" (Relatório de 1887 apresentado
por João Caldeira d'Alvarenga Messeder, engenheiro fiscal da
estrada, ao Presidente da Província de Santa Catarina).
A estação original foi demolida quando da construção
da segunda estação, bem maior, possivelmente nos anos
1930.
Em 05/05/1969 (*Revista Refesa, 1969) foi entregue a variante
de 7.323 metros chamada de Congonhas-Passagem, que fez com
que a linha principal Imbituba-Araranguá fosse encurtada
em quase 1.400 metros, além de passar por fora da cidade de
Tubarão.
No ano seguinte, os trens de passageiros foram suprimidos e o ramal
de Lauro Müller, que saía desta estação,
também foi retirado. Como disse um jornalista na época,
"Autêntico despertador de todos os dias, o comboio cortava
a cidade que, meio cismarenta e estremunhada, dormitava à margem
da geografia de Santa Catarina".
O trem obstruía constantemente o tráfego da cidade de
Tubarão, soltando fagulhas e fumaça para todos
os lados. Mesmo numa época em que as locomotivas diesel já
imperavam no cenário ferroviário nacional, a EFTC não
havia ainda aposentado as suas máquinas a vapor. A segunda
estação foi transformada em rodoviária. Outra
estação (a terceira) foi construída no novo pátio,
em 1969.
"Hoje ela (a segunda estação) serve como ponto
de ônibus, barbearia, lanchonete, banheiro público (limpo) e feira
de bugigangas" (Paulo Szabadi, 06/2003).
Da variante sai um ramal que liga às oficinas de Tubarão,
as originais, mas que não estão muito perto da antiga
estação.
ACIMA: Pátio de Tubarão. Anos 1940? (Autor desconhecido).
ACIMA: Pátio da estação antiga de Tubarão,
em 1947 (Revista Ferroviaria, 08/2004).
ACIMA: pátio da estação de Tubarão em maio
de 1984 (Foto Carlos Roberto de Almeida).
(Fontes: Paulo Szabadi; J. C. Kuester; Revista
Ferroviária, 2004; João Caldeira d'Alvarenga Messeder,
engenheiro fiscal da estrada: relatório apresentado ao Presidente
da Província de Santa Catarina, 1887; Walter Zumblick: Teresa
Cristina, A Ferrovia do Carvão, UFSC, 1987; Revista Refesa,
1969; Correio dos Ferroviários; Cyro Diocleciano Ribeiro Pessoa
Jr.: Estudo Descriptivo das Estradas de Ferro do Brazil, Imprensa
Nacional, 1886; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960;
Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guias Levi, 1932-84;
Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação original de Tubarão. Data desconhecida |
Segunda estação de Tubarão. Autor desconhecido |
Segunda estação de Tubarão em 1940. Foto
da revista Correio dos Ferroviários, acervo J. C. Kuester |
Plataforma da terceira e atual estação de Tubarão,
em 2003. Foto Paulo R. Szabadi |
Fachada da terceira e atual estação de Tubarão,
em 2003. Foto Paulo R. Szabadi |
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Atualização:
24.11.2019
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