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VXY Mogiana em MG
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Ponte Alta
Gavião Peixoto
Nova Paulicéia
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Ramal de Rib. Bonito-1950
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2006
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C. E. F. do Dourado (1908-1949)
Cia. Paulista de Estradas de Ferro (1949-1969)
GAVIÃO PEIXOTO
Municípios de Araraquara (1908-1995)
Gavião Peixoto, SP (1995-)
Ramal de Ribeirão Bonito - km 96,554   SP-1965
Altitude: 485 m   Inauguração: 01.04.1908
Uso atual: moradia (2012)   sem trilhos
Data de construção do prédio atual: 1908?
 
 
HISTORICO DA LINHA: Em maio de 1894, foi entregue o ramal de Ribeirão Bonito pela Cia. Paulista, saindo da estação de São Carlos, no tronco, e com ponto terminal em Ribeirão Bonito, em bitola métrica. Em 1900, a Cia. E. F. do Dourado (Douradense) abriu uma linha que unia Ribeirão Bonito a Dourado, com bitola de 60 cm. Em 1910, o tronco da Douradense atingiu Ibitinga e mesmo ano sofreu modificações, aumentando-se a bitola para métrica e alterando a ligação Ribeirão Bonito-Trabiju, colocando a estação de Dourado como ponta de um curto ramal. Somente em 1939 a Douradense prolongou a linha, chegando até Novo Horizonte. Em 1949, a Paulista adquiriu a Douradense, adicionando a sua linha-tronco ao ramal de Ribeirão Bonito, que agora ligaria São Carlos a Novo Horizonte diretamente. Em 1966, a linha entre Ibitinga e Novo Horizonte foi suprimida, e em 3 de janeiro de 1969, todo o ramal de Ribeirão Bonito foi desativado. Os trilhos foram retirados pouco tempo depois.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Gavião Peixoto deu origem ao distrito do mesmo nome, no município de Araraquara e foi inaugurada em 1908, juntamente com as estações de Nova Paulicéia e Nova Europa, mais à frente na nova linha.

Era originalmente uma das três colônias resultantes do desmembramento em 1908 do Núcleo Colonial do Cambuhy, organizado pelo Governo já visando, ao que parece, a chegada da ferrovia.

As terras da agora cidade foram doadas no final de 1906 ao Governo do Estado pelo Conselheiro Gavião Peixoto: daí a origem do nome. No início, o distrito era Nova Paulicéia, mas Gavião Peixoto cresceu mais e tornou-se a sede.

Logo no início de operação, em 2008, a estação chegou a se chamar Alabama (ver caixa abaixo).

Em 1930, o pátio da estação foi "fechado" por exigência da Câmara Municipal (de Araraquara), ou seja, foi cercado com ripões de madeira, no caso.

Em 1949, a estação passou a fazer parte do ramal de Ribeirão Bonito, da Cia. Paulista.

Foi desativada em 1969. Em 1978, o edital de concorrência no. SAP.8I.05/78 da FEPASA pôs à venda a estação, diversas casas e um depósito de Gavião Peixoto, com 734,25 m2 de terreno.

No entanto, a estação, pelo menos, ficou abandonada até meados da década de 1980, quando foi comprada e restaurada por um casal da cidade, os srs. Luiz e Maria Azolino. Maria em 2002 contava que a mãe de Luiz, uma alemã imigrante, chegou à cidade de trem descendo ainda numa estação provisória, situada segundo ela antes da atual, uma paradinha coberta. Os laços com a estação ficaram muito fortes e os Azolino decidiram que a estação deveria ser preservada. A casa em que eles moravam era a própria estação, com um grande jardim, bonito e arborizado, sendo que a plataforma estava praticamente igual ao que era nos áureos tempos.

Quanto à cidade, Gavião Peixoto tornou-se município em 1995, mas ainda era muito pequena e calma nessa época.

Em abril de 2012, o terreno de 6.300 m2 com a casa estava à venda.


ACIMA: Horário do trem para Gavião Peixoto, em 1908, então estação terminal. Porém, o surpreendente é o nome dado à estação nesse horário: Alabama (Fonte desconhecida, acervo Antonio Carlos Belviso).
ACIMA: A localidade na época da construção da ferrovia em 1908 (Autor desconhecido).

ACIMA: A notícia do jornal O Estado de S. Paulo de 2 de abril de 1908 foi reproduzida na seção especial do jornal cem anos mais tarde: inaugurada a estação de Gavião Peixoto (O Estado de S. Paulo, 2/4/2008).

ACIMA: O núcleo de Gavião Peixoto, em 1918. A estação não aparece na foto. (Da revista A Vida Moderna, 1918).

1920
AO LADO: O envio de mercadorias a partir da estação não era confiável (O Estado de S. Paulo, 1/3/1920).

AO LADO: Quem foi Gavião Peixoto (de A Folha de S. Paulo, 1959)
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Antonio Carlos Belviso; Maria Azolino; http://gaviaopeixoto.olx. com.br, entrada em 2012; E. F. Dourado: Relatório anual, 1909; Museu do Imigrante de São Paulo; A Vida Moderna, 1918; Folha de S. Paulo, 15/6/1961; Arquivo do Estado de São Paulo; O Estado de S. Paulo, 21/12/1906 e 2/4/2008; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

Capa do estudo que deu origem aos núcleos de Gavião Peixoto, Nova Paulicéia e Nova Europa, no início do século. Acervo do Arquivo do Estado de São Paulo


Ao fundo, à direita, a estação de Gavião Peixoto. Foto de cerca de 1911, a partir de original do Museu do Imigrante de São Paulo


Em 30/04/2002, a velha estação de Gavião Peixoto ainda existe, imponente...

...com detalhes do passado glorioso...

...quando nesta plataforma desembarcavam imigrantes cansados...

...mas numa época de esperanças, onde a bilheteria funcionava a todo vapor. Fotos Ralph M. Giesbrecht

   
     
Atualização: 04.04.2019
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.