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Aguapeí
Mirandópolis
Machado de Mello
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Tronco NOB - 1935
mapa-1946
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: S/D
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E. F. Noroeste do
Brasil (1936-1975)
RFFSA (1975-1996) |
MIRANDÓPOLIS
(ANTIGA
SÃO JOÃO DA SAUDADE e PATRIMONIO PAULICEIA)
Município de Mirandópolis, SP |
Variante de Jupiá - km 93,700 (1937)
Linha-tronco - km 374,700 (1949) |
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SP-1656 |
Altitude: 428 m |
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Inauguração: 31.03.1936 |
Uso atual: moradia (2014) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1936 |
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HISTORICO DA LINHA: A Estrada
de Ferro Noroeste do Brasil foi aberta em 1906, seguindo a partir
de Bauru, onde a Sorocabana havia chegado em 1905, até Presidente
Alves, em setembro de 1906. Em janeiro de 1907 atingia Lauro Müller,
em 1908 Araçatuba e em 1910 atingia as margens do rio Paraná,
em Jupiá, de onde atravessaria o rio, de início com balsas, para chegar
a Corumbá, na divisa com o Paraguai, anos depois. O trecho entre Araçatuba
e Jupiá, que até 1937 costeava o rio Tietê em região infestada de
malária, foi substituído nesse ano por uma variante que passou a ser
parte do tronco principal, enquanto a linha velha se tornava o ramal
de Lussanvira. Em 1957, a Noroeste passou a fazer parte da RFFSA.
Transportou passageiros até cerca de 1995, quando esse transporte
foi suprimido. Em 1996, a RFFSA deu a concessão da linha para a Novoeste,
que hoje é da ALL. |
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A ESTAÇÃO: A cidade de Mirandópolis
foi fundada em 1934, com o nome de São João da Saudade,
dois anos antes da inauguração da estação
ferroviária, que passaria a ser a ponta da variante de Jupiá,
em 1936. Também se chamou Patrimônio Pauliceia (ver caixa abaixo, de 1947). Ambos os nomes vieram antes de a estação receber o nome atual, o de Mirandopolis.
Em 1940, a estação passou a integrar a linha-tronco
da Noroeste. Por algum tempo, nos anos 1930, chamou-se Comandante
Arbués (por causa do comandante Pedro Arbués,
da Força Pública do Estado), mas curiosamente a estação
já tinha o nome de Mirandópolis, em homenagem
ao senador Rodolfo Miranda, e acabou nomeando a cidade.
Tornou-se
município em 1944. Em dezembro de 1946, o descarregamento de
um vagão que estava parado na pátio da estação
semidestruiu a ainda pequena cidade com então, pouco mais de
mil residências (veja box mais acima): "em Mirandopolis
verificou-se violenta explosão que causou a morte instantânea
de duas pessoas. Registraram-se cerca de 80 feridos. Os prejuízos
materiais são elevados. Um vagão da Noroeste, carregado
com formicida e tubos de oxigênio, estava sendo descarregado,
quando uma caixa do primeiro produto caiu ao chão Um dos operários
que auxiliava o serviço aproximou-se com uma lanterna e, agindo
com imprudência, deixou-a cair, ateando fogo ao formicida. Sendo
o produto facilmente inflamável, as chamas imediatamente atingiram
o vagão, sem que pudessem ser debeladas" (Folha
da Manhã, 17/12/1946). Seguiu-se então a violenta
explosão.
"Durante o início de minha infância e até
os 11 anos (1985) eu brinquei muito nesses trilhos e o quintal do
Hotel Paz, da minha avó, dava nos trilhos, quase do lado da estação"
(Carlos Eduardo Vercelino, 01/2007).
A estação
estava abandonada em 2014, servindo aparentemente como moradia em
uma pequena parte dela (a estação é grande e
comprida) e com a passagem subterrânea aberta, utilizada para
cruzar os trilhos (embora hoje em dia o movimento de cargueiros ali
seja mínimo).
ACIMA: Tragédia em 15 de dezembro de 1946: a cidade toda de Mirandopolis - 1.100 edifícios - sofreu algum
tipo de dano devido à explosão de um vagão da
Noroeste com formicida e tubos de oxigênio. As fotos têm
uma reprodução ruim, mas mesmo assim dão uma
ideia dos danos ocorridos (CLIQUE SOBRE A FOTO PARA VER EM TAMANHO
MAIOR) (Folha da Manhã, 22/12/1946).
ACIMA: Mapa rodoferroviário de Mirandopolis em 1947 (CLIQUE SOBRE A FOTO PARA VER EM TAMANHO
MAIOR) (Instituto Geografico e Geologico).
ACIMA: Meninas na plataforma da estação
abandonada de Mirandópolis, em 2003. Ao fundo, o trem cargueiro
vem e passará direto pela estação, ao contrário
dos dias de outrora (Foto Ana Cristina Caldatto).
(Fontes: José H. Bellorio; Odilio
Pereira de Queiroz Neto; Marcello Tallamo; Antonio A. G. Mietto; Marcelo
Braguini Ferreira; Folha da Região, Araçatuba, 13/9/2009;
IGC; E. F. Noroeste: relações oficiais de estações,
1937/49; Mapas - acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação, sem data. Foto cedida por Marcello
Tálamo |
A estação em 10/1979. Foto José H. Bellorio |
A praça em frente à estação, em
07/1986. Foto José H. Bellorio |
A estação de Mirandópolis, ainda ativa,
em 07/1986. Foto José H. Bellorio |
A estação em janeiro de 2001. Foto Antonio A.
G. Mietto |
Fachada da estação, em janeiro de 2001. Foto Antonio
A. G. Mietto |
Dístico da estação em janeiro de 2001.
Foto Antonio A. G. Mietto |
A estação em 2006. Foto Marcelo Braguini Ferreira |
A estação em 2014. Foto Odilio Pereira de Queiroz
Neto |
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Atualização:
01.11.2022
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