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São Paulo
Railway (1898-1946)
E. F. Santos-Jundiaí (1946-1975)
RFFSA/CBTU (1975-1992)
CPTM (1992-) |
MOOCA
Município de São Paulo, SP |
Linha-tronco - km 74,627 (1935) |
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SP-1803 |
Altitude: 727 m |
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Inauguração: 07.09.1898 |
Uso atual: estação de trens metropolitanos |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1960 |
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HISTORICO DA LINHA: A São Paulo
Railway - SPR ou popularmente "Ingleza" - foi a primeira estrada de
ferro construída em solo paulista. Construída entre 1862 e 1867 por
investidores ingleses, tinha inicialmente como um de seus maiores
acionistas o Barão de Mauá. Ligando Jundiaí a Santos, transportou
durante muito anos - até a década de 1930, quando a Sorocabana abriu
a Mairinque-Santos - o café e outras mercadorias, além de passageiros
de forma monopolística do interior para o porto, sendo um verdadeiro
funil que atravessava a cidade de São Paulo de norte a sul. Em 1946,
com o final da concessão governamental, passou a pertencer à União
sob o nome de E. F. Santos-Jundiaí (EFSJ). O nome pegou e é usado
até hoje, embora nos anos 70 tenha passado a pertencer à RFFSA, e,
em 1997, tenha sido entregue à concessionária MRS, que hoje a controla.
O tráfego de passageiros de longa distância terminou em 1997, mas
o transporte entre Jundiaí e Paranapiacaba continua até hoje com as
TUES dos trens metropolitanos. |
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A ESTAÇÃO: A estação da
Mooca foi inaugurada em 1898 (ver caixa abaixo).
Na revolução de julho de 1924, batalhas e arruaças
ocorreram no seu pátio, como pode ser visto pela foto abaixo.
"Que coisa... entre 1960 e 1992 fizemos compras na Cooperativa
de Consumo do Banco do Brasil na Borges de Figueiredo, lá perto. Na
década de 1960 era incrível ver o movimento das fábricas e particularmente
de caminhões-tanque. Segundo meu pai, eles iam se abastecer no
terminal da Shell na Vila Carioca. E a Cooperativa dava fundos para
a EFSJ e o viaduto São Carlos, era só ficar na janela e volta e meia
passava um TUE ou, com sorte, um Cometa, um cargueiro puxado por English
Electric, etc. Lá perto também ficavam os armazéns da AGEF. De lá
pra cá a decadência foi lenta, mas inexorável. As fábricas foram fechando,
o movimento ferroviário diminuindo, surgiram ferros-velhos onde, na
década de 1980, ficaram estacionadas por vários meses diversas
locos elétricas box da CP. O terminal da Shell não só foi desativado
como criou um enorme passivo ecológico devido a vazamentos de hidrocarbonetos
no solo; a cooperativa, se não fechou, está para fechar. Outro dia
passei por lá e fiquei triste com a decadência. Onde foi parar a São
Paulo que não pode parar?" (Antonio Gorni, 09/2006).
Atrás da plataforma, a fábrica, hoje abandonada, das
Cervejas Antarctica.
Hoje a estação, que recebeu prédio novo em 1960,
atende aos trens metropolitanos da CPTM. Fica próxima
ao Viaduto São Carlos, de onde pode ser vista.
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1886
AO LADO: Doze anos antes de haver uma estação na Mooca, um desastre feio marcou o local (Correio de S. Paulo,
29/1/1886). |
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1897
AO LADO: Autorização para construção das estações da Lapa e da Mooca. Saiu MOCOCA, mas é MOOCA, mesmo (Correio de S. Paulo,
13/4/1897). |
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1898
AO LADO: A estação ia ser inaugurada e não tinha a infraestrutura pronta. Notem o nome do bairro: Villa Figueiredo (deve ser relativo à rua Borges de Figueireso, onde é a entrada da estação)
(O Estado de S. Paulo, 9/1/1898). |
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1898
AO LADO: A estação ainda estava em vias de conclusão
(O Estado de S. Paulo, 26/1/1898). |
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1898
AO LADO: A estação vai ser aberta em 7 de setembno
(O Estado de S. Paulo, 3/9/1898). |
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1900
AO LADO: Atropelamento e morte na Mooca(O Estado de S. Paulo, 3/9/1898). |
ACIMA: Pessoal da estação (O Malho, 25/4/1914).
ACIMA: Esquema do pátio da Mooca, certamente
posterior a 1915, mas de data ignorada. Notem as ruas com nomes diferentes
dos atuais (a rua Taubaté, em baixo, é a Borges de Figueiredo,
a cervejaria do outro lado da linha ainda se chama Bavária...
o sentido do mapa é Santos (para a esquerda, onde está
marcado o km 74) e Luz (para a direita, onde está marcado o
km 75). Veja este esquema da São
Paulo Railway em tamanho maior (Acervo Ralph M. Giesbrecht).
ACIMA: Patio da Mooca visto do viaduto São Carlos, anos 1920 provavelmente (Autor e data desconhecidos).
ACIMA: Acidente na estação da Mooca em 1935 (Correio de S. Paulo, 31/5/1935).
ACIMA: A estação da Mooca destelhada em 1935 após temporal (Correio de S. Paulo, 12/9/1935)
ACIMA: O pátio da estação da Mooca
em primeiro plano, e as várias fábricas e depósitos
ao longo da linha. A foto é de 1957, quando o movimento ali
era enorme e tudo funcionava (Acervo Thomas Correa).
ACIMA: Linhas
dos desvios, à esquerda, do lado da antiga Ford, as da direita,
do lado do supermercado Sonda. Veja
mais fotos destes desvios (Fotos Otavio de Camargo, 04/2008)
ACIMA:
Fachada da estação em 2/2/2013 (Foto Alexandre Giesbrecht).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Antonio Gorni; Adriana
Alves; William Gimenez; Mario Sandrini; Amadeu_; O Estado de S. Paulo,
12/5/1960; Revista Ferrovia 1964; Revista da Semana, 1924; Mapa -
acervo R. M. Giesbrecht) |
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Comboio ferroviário tombado no pátio da estação
da Mooca, durante a revolução de julho de 1924.
Foto da Revista da Semana, de 09/08/1924 |
A estação atual, anos 1990. Foto cedida por William
Gimenez |
Fachada da estação e bilheteria, em 2004. Foto
Adriana Alves |
Vista da estação, em 02/2007. A linha da direita
da foto parece ser a utilizada para carga, pois a plataforma
não a atinge. Foto Amadeu |
A estação, em 02/2007. Foto Amadeu |
A estação, em 02/2007. Foto Amadeu |
A estação, em 02/2007. Foto Amadeu |
A estação, em 02/2007. Atrás da plataforma,
a fábrica abandonada da Cerveja Antarctica. Foto Amadeu
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Nesta foto, a fábrica, vista mais longe da plataforma,
em 02/2007. Foto Amadeu |
Fachada da estação, entrada pela avenida Presidente
Wilson. Foto Ralph M. Giesbrecht, em 20/4/2008 |
Plataformas da estação da Mooca em 18/11/2016.
Foto Mario Sandrini |
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Atualização:
27.11.2021
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