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VXY Mogiana em MG
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Pratápolis
Itaú
Taguaúna
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ramal de Passos - 1950

Guia Levi - 1941
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2007
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Cia. Mogiana de Estradas de Ferro (1921 -1971)
FEPASA (1971-1998)
ITAÚ
Município de Itaú de Minas, MG
Ramal de Passos - km 147,098 (1938)   MG-2086
Altitude: 710 m   Inauguração: 21.04.1921
Uso atual: Casa da Cultura (2017)   sem trilhos
Data de construção do prédio atual: 1921
 
 
HISTORICO DA LINHA: O ramal de Passos foi inaugurado em seu primeiro trecho de 15 quilômetros ligando Guaxupé a Guaranésia, em 1912. Foi sendo prolongado aos poucos, chegando a Passos, onde terminava, somente em 1921. Em fevereiro de 1977, o tráfego de passageiros foi eliminado, sobrando os cargueiros, que, com o tempo, passaram a atender somente ao carregamento de cimento da fábrica de Itaú de Minas, e vindo não por Guaxupé, mas por São Sebastião do Paraíso, ali chegando pela antiga linha da São Paulo-Minas. Com isso, o trecho entre Guaxupé e S. S. Paraíso foi abandonado, e teve os trilhos retirados por volta de 1990. O trecho entre Paraíso e Itaú de Minas ainda tem seus trilhos, mas as cargas de cimento deixaram de circular já há anos e o abandono da linha é total. O trecho final até Passos teve também os trilhos retirados.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Itaú foi inaugurada em 1921 juntamente com o trecho final do ramal de Passos. O nome da estação teria sido dado pela Mogiana, que construiu a mesma junto à localidade de Córrego do Ferro, e ambos os nomes, segundo alguns autores, teria o mesmo significado. De qualquer forma, o distrito criado nos anos 1930 incorporou o nome da estação, e também a fábrica de cimento ali construída o fez.

"Realizou-se aos 21-04-921 passado, a inauguração da estação de Itaú, a primeira do Município de Passos. Desde a madrugada desse dia e véspera, grande afluência de famílias desta cidade àquela estação. Seguramente às 9 horas e 45 minutos chegou àquela estação o comboio inaugural que foi recebido ao espocar de fogos e uma bateria de 21 tiros ao som do Hino Nacional. Neste trem inúmeras famílias de São Sebastião do Paraíso, Pratápolis e outros lugares" (Transcrito do Jornal Diocesano, 15/05/1921 - Olavo Amadeu de Assis, "O Ferroviário nos trilhos da saudade", 1985).

Nos anos 1940, recebeu o nome de Itaú de Minas, por determinação do CNG. A fábrica ficou no novo município.

Em 1986, a estação estava em bom estado, segundo o relatório da Fepasa daquele ano.

Em 2001, a situação era outra: embora ainda com os trilhos, e na prática ser a ponta do ramal, posto que daí para a frente os trilhos não tinham mais função (a ferrovia atendeu até os anos 1980 a fábrica de cimento da Votorantim, Cimentos Itaú, que fica nessa cidade), a estação estava fechada e abandonada: "A estação está em mau estado, com pichações na antiga plataforma, além de fechada, e aparentar abandono. Uma faixa na parede informa que o imóvel pertence à RFFSA, seguido de um número de telefone. Está com trilhos, que chegam pelo menos até a usina de cimento, a cerca de 500 metros da estação. Quanto ao estado dos trilhos de paraíso a Itaú, vão ter de refazer tudo caso a linha seja reativada, como pude constatar, além de ouvir isso de ex-funcionários com quem conversei. Meu pai ouviu boatos, há pouco tempo, de que estão estudando um novo contrato para o transporte de cimento" (Rossana Romualdo, 07/2001).

Em 02/2005, Flavio Alves informava que a estação havia sido recentemente restaurada e agora abrigava a Casa da Cultura do município. Os trilhos foram retirados.

Na verdade, em 2007, a linha continuava abandonada, não havia transporte algum por ela, mas os trilhos estavam ainda debaixo do mato até próximo à entrada do pátio de Itaú. Paravam logo depois de uma pontilhão ferroviário que passava sobre uma pequena rua próxima à estação.

1938
AO LADO:
A fábrica de cimento, que realmente utilizou o ramal para transporte do material até a capital paulista, ainda funciona nos dias de hoje. O transporte, no entanto, acabou nos anos 1980. Quanto à estrada de ferro sugerida pelo prefeito, no mesmo artigo, esta jamais foi construída (O Estado de S. Paulo, 10/9/1938).


ACIMA: Construções da ferrovia no pátio de Itaú em 1986 (FEPASA: Relatório de Instalações Fixas, 1986).

ACIMA: Esquema do patio de Itaú com as construções existentes em 1986 (E-estação, C - casa CS - (o que?) e CD-caixa d'água) (FEPASA: Relatório de Instalações Fixas, 1986).

ACIMA: Estação de Itaú com vagão da São Paulo-Minas à sua frente (Foto Tales Oliveira Campos Cardoso em agosto de 2013).

(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Tales Oliveira Campos Cardoso; Márcio Amorim; Rossana Romualdo; Nilson Rodrigues; Flavio Alves; Cia. Mogiana: Relação oficial de estações, 1937; Olavo Amadeu de Assis: "O Ferroviário nos trilhos da saudade", 1985; FEPASA: Relatório de Instalações Fixas, 1986)
     

A estação ainda funcionando, sem data. Foto cedida por Nilson Rodrigues

Estação de Itaú, em 07/2001. Foto Rossana Romualdo

Pátio da estação de Itaú, em 07/2001. Foto Rossana Romualdo

Estação de Itaú, em 07/2001. Foto Rossana Romualdo

A estação reformada, em 05/2005. Foto Flavio Alves, da Secretaria da Cultura de Itaú de Minas

A estação reformada, em 05/2005. Foto Flavio Alves, da Secretaria da Cultura de Itaú de Minas

Estação de Itaú em 8/2013. Foto Tales Oliveira Campos Cardoso

Estação de Itaú em 27/2/2017. Foto Tales Oliveira Campos Cardoso
 
     
Atualização: 15.05.2019
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.