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Rio Verde
Ponta Grossa
Oficinas
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Saída para o ramal de Curitiba: Desvio
Ribas
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IBGE - 1960
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2007
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Cia. E. F. S. Paulo-Rio
Grande (1900-1942)
Rede de Viação Paraná-Santa Catarina (1942-1975)
RFFSA (1975-1989) |
PONTA
GROSSA (NOVA)
Município de Ponta Grossa, PR |
linha Itararé-Uruguai - km 252,083
(1936) |
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PR-0490 |
Altitude: 938 m |
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Inauguração: 01.01.1900 |
Uso atual: abandonada (2019) |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1900 |
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HISTORICO DA LINHA: A
linha Itararé-Uruguai, a linha-tronco da RVPSC, teve a sua
construção iniciada em 1896 e o seu primeiro trecho
aberto em 1900, entre Piraí do Sul e Rebouças, entroncando-se
em Ponta Grossa com a E. F. Paraná. Em 1909 já se entroncava
em Itararé, seu quilômetro zero, em São Paulo,
com o ramal de Itararé, da Sorocabana. Ao sul, atingiu União
da Vitória em 1905 e Marcelino Ramos, no Rio Grande do Sul,
divisa com Santa Catarina, em 1910. Trens de passageiros, inclusive
o famoso Trem Internacional São Paulo-Montevideo, este entre
1943 e 1954, passaram anos por sua linha. Os últimos trens
de passageiros, já trens mistos, passaram na região
de Ponta Grossa em 1983. Em 1994, o trecho Itararé-Jaguariaíva
foi erradicado. Em 1995, o trecho Engenheiro Gutierrez-Porto União
também o foi. O trecho Porto União-Marcelino Ramos somente
é utilizado hoje eventualmente por trens turísticos
de periodicidade irregular e trens de capina da ALL. O trecho Jaguariaíva-Eng.
Gutierrez ainda tem movimento de cargueiros da ALL. |
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ESTAÇÃO: Pouso de tropeiros
desde priscas eras, a cidade de Ponta Grossa viu os trilhos
chegarem em 1894 provenientes de Curitiba e Paranaguá.
Porém, somente a partir da estação de Ponta
Grossa-nova, inaugurada em 1900 para substituir a original de
1894, muito pequena para o aumento de movimento que
fatalmente viria com o fato de o pátio se tornar agora um entroncamento
de linhas, partiram as linhas para o norte e para o sul, a linha Itararé-Uruguai,
construída pela E. F. São Paulo-Rio Grande e
que somente em 1908 faria jus ao nome, pois uniu a cidade de Itararé,
em São Paulo, com a de Marcelino Ramos, no Rio Grande
do Sul, ambas próximas às fronteiras com o Paraná
e Santa Catarina, respectivamente.
Todos os trens que seguiam do Estado de São Paulo, fosse de
Itararé ou, mais tarde, de Ourinhos, para o sul
ou para Curitiba, passavam por ali. A nova estação,
um prédio majestoso para a época, foi chamada (por algum
tempo) de Roxo de Rodrigues (Nota: Antonio Roxo de Rodrigues
foi presidente e acionista majoritário da E. F. São
Paulo-Rio Grande entre 1899 e 1906, quando vendeu suas ações
para a Brazil Railway. Também era chamado de Antonio Roxo Roiz.
Vivia, aparentemente, em Petrópolis, RJ. Seu outro nome,
Roxo Roiz, foi dado inicialmente também à estação
de Rio Azul, aberta em 1902, sendo alterado posteriormente para Rio
Azul, em 1918. E depois disso a estação de Jaboticabal,
aberta em 1900, teve seu nome alterado para o de Roxo Roiz).
O prédio da estação original, entretanto, foi
mantido como residência do chefe da estação e
passou a se situar num pequeno desvio que saída poucos metros
além da nova estação.
O movimento da nova estação seguiu até 1989,
quando, vinte anos depois da construção do pátio
de Uvaranas (esta, a leste da cidade, na variante que passava
por fora da cidade e que equivaleria a uma "Ponta Grossa-mais
nova ainda", e que passava a receber, a partir de 1975, as
novas linhas vindas de Pinhalzinho, no sul do Estado de São
Paulo, e também de Apucarana), foi finalmente desativada
com a retirada dos trilhos no centro da cidade, onde se situava.
Trens de passageiros ainda passaram por ali até meados de 1985.
A desativação da estação ocorreu somente
quando, em 1989, completou-se a ligação ferroviária
entre as estações de Desvio Ribas, na variante
Uvaranas-Engenheiro Bley, e de Rio Tibagi, na antiga
linha Itararé-Uruguai, permitindo que as composições
contornassem a cidade pelo leste e sul.
O prédio da estação funcionou por algum tempo
como biblioteca pública, mas em 2014 a biblioteca mudou-se
para outro local e em 2019 o prédio estava abandonado.
(Veja também PONTA
GROSSA-VELHA)
Ponta Grossa é
a terra natal de meu pai, Ernesto Giesbrecht (1921-1996). Filho
de Rosina Klein, de Joinville, SC, e de Hugo Giesbrecht, de
Jaguari (hoje Jaguariúna, SP), viveram ele, seus pais
e seus dois irmãos nessa cidade e em Curitiba, alternando-se
por causa de Hugo ser engenheiro da São Paulo-Rio Grande.
Em 1934, todos emigraram para a cidade de São Paulo,
onde Ernesto casou-se em 1946 com Astrea Mennucci, de São
Paulo, SP e minha mãe (do autor do site). |
AO LADO: Ernesto
Giesbrecht e Ponta Grossa
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ACIMA:
Meninos do Colégio Central do Paraná, em formação
na plataforma da estação de Ponta Grossa, na ocasião
da chegada do Presidente da República, Affonso Penna, em 1909 (Revista O Malho, 1/5/1909).
ACIMA: Ponta Grossa possivelmente nos anos 1920. À direita, no alto, comboio ferroviário (Acervo Paulo José da Costa).

ACIMA: Estação
de Ponta Grossa em 1924, na época em que ali desembarcaram
tropas do Exército para combater no sudoeste do Estado (região
de Catanduvas) os fugitivos da Revolução de julho de
1924 em São Paulo (Autor desconhecido).
1931
AO LADO: Assalto no trem em Ponta Grossa (O Estado de S. Paulo, 16/7/1931) |
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ACIMA: Por volta de 1940, patio da estação de Ponta Grossa, depois desmanchado nos anos 1980 (Autor: Arthur Wischral).

ACIMA: Cena triste para muitos: a retirada
dos trilhos em Ponta Grossa, em 1989. Eles ainda teriam hoje muita
serventia à cidade (Autor desconhecido).
ACIMA: A estação
e pátio de Ponta Grossa, nos anos 1980 (Foto José Roberto
Pavelec).
ACIMA: A estação
e pátio de Ponta Grossa, provavelmente anos 1980 (Autor desconhecido).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa
local; José Roberto Pavelec; Rafael Asquini; Reinaldo Emanuel
Hansen; Fernando Picarelli; Elvis Pfutzenreiter; Livraria Fígaro,
Curitiba; O Malho, 1/5/1909; RVPSC: Relatórios
oficiais, 1920-60; RVPSC: Horário dos Trens de Passageiros
e Cargas, 1936; IBGE: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros,
1958; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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Estação de Ponta Grossa, 1909. Acervo livraria
Fígaro, reproduzida com autorização |

Estação de Ponta Grossa, 1909. Acervo livraria
Fígaro, reproduzida com autorização |

Embarque de tropas na estação, provavelmente 1930.
Cartão postal |

Estação de Ponta Grossa, c. 1935. Este é
o prédio entregue em 1900 e que funcionou até
cerca de 1980, quando foi desativado. Foto dos relatórios
da RVPSC |

Casa do agente de linha próxima à estação
de Ponta Grossa, em 1937. Foto dos relatórios da RVPSC
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A estação em 2002. Foto Fernando Picarelli |

A estação em 1/5/2010. Foto Rafael Asquini |

A estação fechada em 01/2019. Foto Diario dos Campos, 30/1/2019 |
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Atualização:
28.04.2023
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