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VXY Mogiana em MG
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Cel. Tiburcio Cavalcanti
Rio das Antas
Ipoméia
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Itararé-Uruguai, SC - 1965
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Mapa da linha
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2004
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C. E. F. São Paulo-Rio Grande (1910-1942)
Rede de Viação Paraná-Santa Catarina (1942-1975)
RFFSA (1975-1996)
RIO DAS ANTAS
(antiga CAMPOS NOVOS)

Município de Rio das Antas, SC
linha Itararé-Uruguai - km 678,940 (1935)   SC-0451
Altitude: 779 m (780,637 m na placa)   Inauguração: 01.05.1910
Uso atual: Museu Municipal (2023)   com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1910
 
 
HISTORICO DA LINHA: A linha Itararé-Uruguai, a linha-tronco da RVPSC, teve a sua construção iniciada em 1896 e o seu primeiro trecho aberto em 1900, entre Piraí do Sul e Rebouças, entroncando-se em Ponta Grossa com a E. F. Paraná. Em 1909 já se entroncava em Itararé, seu quilômetro zero, em São Paulo, com o ramal de Itararé, da Sorocabana. Ao sul, atingiu União da Vitória em 1905 e Marcelino Ramos, no Rio Grande do Sul, divisa com Santa Catarina, em 1910. Trens de passageiros, inclusive o famoso Trem Internacional São Paulo-Montevideo, este entre 1943 e 1954, passaram anos por sua linha. Os últimos trens de passageiros, já trens mistos, passaram na região de Ponta Grossa em 1983. Em 1994, o trecho Itararé-Jaguariaíva foi erradicado. Em 1995, o trecho Engenheiro Gutierrez-Porto União também o foi. O trecho Porto União-Marcelino Ramos somente é utilizado hoje eventualmente por trens turísticos de periodicidade irregular e trens de capina da ALL. O trecho Jaguariaíva-Eng. Gutierrez ainda tem movimento de cargueiros da ALL.
 
A ESTAÇÃO: Dia 28 de agosto de 1909, os trilhos chegaram à estação de Rio das Antas (José Lona, administrador: Pequenas lembranças do tempo da construção da SP-RG, data ignorada). A estação foi aberta em 1910 com o nome de Campos Novos.

Era ali, na época Campos Novos, que acontecia a carga e a descarga dos trens. Por isso, as estações possuíam cinco linhas diferentes, dizia a responsável pelo museu, Angela Maurer.

Desativada nos anos 1980, a estação foi pintada de marrom em 2004 e nessa época já estava sendo usada como escola. As placas de identificação estavam ao lado da mesma, mas não foram recolocadas.

Em 2021, a estação já era a sede do museu municipal.

Em Rio das Antas, a RFFSA e a Prefeitura restauraram o prédio em 1985, em comemoração aos 75 anos da Ferrovia do Contestado. Por triste conincidência, havia dois anos que o trem de passageiros deixara de passar, em consequência da destruição causada pelas enchentes de 1983. Só os cargueiros prosseguiam.

'Quando chegavam os trens, a mercadoria era transportada de mula até os armazéns ou diretamente aos compradores, no interior" (Diário Catarinense, 27/07/2002).


"Rio das Antas é realmente uma "cidade de interior". Estação, comércio, praça, ponte sobre o rio, igreja no alto da colina. casas de madeira, pinheiros e muito verde circundando o perímetro urbano. Deveria ser utilizada como modelo para cidades interioranas. Só que ela foi projetada para ter como meio de transporte o trem, daí que o acesso rodoviário é
complicado. A rua do Comércio, a única que corta a cidade de fora a fora, é estreita e cheia de curvas, acompanhando a encosta da montanha, pois a cidade fica entre o rio do Peixe e a montanha, muito mais para o rio do que para a montanha. A cidade ainda é via de passagem para a ligação entre Videira, Fraiburgo e Caçador. Imaginem só: caminhões trucados, carretas, biminhões, automóveis, etc., passando 24 horas por dia pela cidade... e pela rua do Comércio. As estruturas das casas suportam, porque a base é rocha, pois se fosse encosta argilosa, já teria vindo tudo para dentro do rio. Se não fossem os veículos pesados, e se este peso todo passasse pela ferrovia, deixando a rodovia somente para os veículos leves, seria realmente um brinco de cidade. O Rio do Peixe, serpenteando o vale, com as propriedades rurais nas encostas do vale, formam um cenário simplesmente fantástico. Só seria mais bonito, se ainda tivesse de quando em quando algumas golfadas de vapor e fumaça saindo por meio das árvores e aquele apito estridente anunciando que o "cavalo de aço" vem chegando" (Nivaldo Klein, Joinville, SC, 10/2005).


ACIMA: Mapa do loteamento de colônias feito pela Brazil Railway Co. nos anos 1910 - CLIQUE SOBRE A IMAGEM PARA VÊ-LA MAIOR - A estação está à margem do rio, assinalada do lado esquerdo do loteamento (Brazil Rw. Co., anos 1910).

ACIMA: A estação de Rio das Antas em 22 de novembro de 1994 (Foto Paulo Roberto Stradiotto).
ACIMA: Ponte ferroviária na saída do pátio da estação em 2010 (Foto Paulo Stradiotto).

(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local, 2004; Nilson Rodrigues;
Paulo Roberto Stradiotto; Joeli Laba; Mário Celso Paixão Pereira; Nivaldo Klein, 2003; Brazil Railway Company; ABPF-Paraná; Diário Catarinense, 2002; RVPSC: Horário dos Trens de Passageiros e Cargas, 1936; RVPSC: Relatórios oficiais, 1920-60; IBGE, 1957; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

A estação, sem data. Autor desconhecido

A estação em 1980. RFFSA

A estação de Rio das Antas, anos 1980. Foto do acervo da ABPF-Paraná

A estação em 1996. Foto Mário Celso Paixão Pereira

A estação em 09/2002. Foto Nilson Rodrigues

Pátio da estação de Rio das Antas. Foto Nilson Rodrigues, em 07/2003

Caixa d'água, a 800 metros do prédio da estação. Foto Nilson Rodrigues, em 07/2003

A estação de pintura nova, em 08/05/2004. Foto Nilson Rodrigues


A estação em 2/2011. Foto Nilson Rodrigues


A estação como museu, em 13/3/2021. Foto Vitor Hugo Langaro
   
     
Atualização: 04.09.2023
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.