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E. F. Oeste de Minas
(1891-1931)
Rede Mineira de Viação (1931-1965)
V. F. Centro-Oeste (1965-1975)
RFFSA (1975-1994) |
VELHO
DA TAIPA
(antiga MARTINHO DE CAMPOS)
Município de Pitangui, MG |
Linha do Paraopeba - km 436,928
(1960) |
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MG-1163 |
Altitude: 585 m |
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Inauguração: 01.07.1891 |
Uso atual: desconhecido (2017) |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: A
Estrada de Ferro Oeste de Minas (EFOM) foi aberta em 1880, ligando
com bitola de 0,76 cm as estações de Sitio (Antonio Carlos) e Barroso.
Mais tarde foi prolongada até São João Del Rey (1881), atingindo Aureliano
Mourão em 1887, onde havia uma bifurcação, com uma linha chegando
a Lavras em 1888 e a principal seguindo para o norte atingindo finalmente
Barra do Paraopeba em 1894. Dela saíam diversos e pequenos ramais.
A linha foi extinta em pedaços, tendo sido o primeiro em 1960 (Pompeu-Barra)
e o último, em 1984 (Antonio Carlos-Aureliano), com exceção do trecho
S.J. Del Rey-Tiradentes que e conserva em atividade até hoje. Também
se conserva o trecho Aureliano-Divinópolis, ampliado para bitola métrica
em 1960, ligando hoje Lavras a Belo Horizonte. |
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A ESTAÇÃO: Antônio
Rodrigues Velho, figura legendária, conhecida também pelo nome
de Velho da Taipa, foi um dos primeiros bandeirantes a chegarem
a Pitangui, depois dos primeiros sucessos na Guerra dos Emboabas.
Descendente de bandeirantes, tornou-se capitão-mor de Pitangui
e, na 1ª Câmara da vila, tornou-se seu juiz ordinário.
A estação que levou o nome pelo qual Antonio era conhecido
e foi inaugurada em 1891 pela Oeste de Minas, já teve o nome
de Martinho de Campos durante um período.
A partir de 1921, a estação, na linha original de bitola
de 76 cm da EFOM, passou a ser o ponto de saída da linha da
E. F. Paracatu, de bitola métrica, que atingiu, em seu
ponto máximo, Barra do Funchal, em 1937, sem jamais
ter alcançado a cidade de Paracatu. Nessa época
o trecho já era parte da Rede Mineira de Viação
e seria ligado a Azurita, na linha que ligava Belo Horizonte
a Garças de Minas.
"O local é bonito, às margens do Rio Pará, a ocupação humana
desordenada ainda não é tão agressiva. Um local me contou que o
político João Leite, deputado a antigo goleiro do Atlético Mineiro,
estaria angariando recursos para a reforma do prédio" (Gutierrez
L. Coelho, 11/2003).
O incrível é que, depois de tantos anos, ainda se podia
ler no dístico, abaixo das letras já meio apagadas onde
se lê embaixo da pintura de Velho da Taipa, o nome Martinho
de Campos, apagado...
Em 2010, a estação já aparece reformada.
Em 2017, estava muito bem conservada externamente, mas seu uso era-me
desconhecido.

ACIMA: Mapa de parte do município
de Pitangui, em 1958. A estação de Velho da Taipa é
o ponto de cruzamento das linhas de Barra do Paraopeba (bitola 0,76
m, de sul a norte) e do ramal de Paracatu (linha métrica, de
leste a oeste). Pouco além, o ramal Água Suja-Pitangui
(Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, IBGE, 1958).
ABAIXO: Procissão saindo da estação (ao
fundo, à direita) em Velho da Taipa. Parece anos 1950-50 (Autor
desconhecido).
ACIMA:
A estação em 1982, ainda com os trilhos do ramal de
Paracatu (Foto Robson Rodrigues Santiago).
(Fontes: Alejandro Polvorines; Vandeir Santos; Robson Rodrigues
Santiago; Nicodemos Rosa; Gutierrez L. Coelho; Bruno Nascimento Campos;
IBGE: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, 1958;
Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960) |
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A estação em julho de 1982. Foto Robson Rodrigues
Santiago |

A estação ainda com trilhos, provavelmente anos
1980. Foto cedida por Bruno Campos |

A estação em 2003. Foto Gutierrez L. Coelho |

A estação em 2003. Foto Gutierrez L. Coelho |

A estação em julho de 2010. Foto Nicodemos Rosa |

A estação em 27/8/2017. Foto Alejandro Polvorines |
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Atualização:
03.11.2017
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